Webedia se prepara para final de mega torneio de PUBG com personalidades brasileiras dos games

Esta é para quem é fã de PlayerUnknown’s Battlegrounds (PUBG): a Webedia, gigante francesa de mídia digital acaba de anunciar uma parceria com o Facebook para lançar um novo torneio entre personalidades reconhecidas do mundo dos jogos. O torneio foi batizado de Facebook Gaming Creators Cup powered by IGN e promete reunir milhares de brasileiros para acompanhar partidas eletrizantes.

A ideia básica foi reunir alguns dos gamers mais famosos do Facebook em partidas competitivas utilizando a estrutura da Webedia Gaming, em São Paulo. Entre os participantes estão nomes de peso do streaming como Netenho, Ellen Simili, Diana Zambrozuski, Forever, Davy Jones, Jon Vlogs, Tixinha, Kalera, Malena0202, Monark e Patriota. De acordo com os organizadores, o torneio deve ajudar gamers e novos streamers a construir e fortalecer suas comunidades na rede social.

“Hoje, não se pode falar em gaming sem considerar o aspecto social do mercado: fãs enxergam os jogadores como estrelas, influenciadores. Um projeto como este, onde conseguimos unir a expertise que temos em produção e transmissão de campeonatos, com um programa interessante que pode criar novos influenciadores e renovar o mercado faz com que elevemos a outro nível o entretenimento gaming”, afirma Aydin Sarmadi, diretor geral da Webedia Gaming.

Os organizadores escolheram o PUBG, por ser um game bastante popular e capaz de atrair multidões. Afinal, o shooter atingiu recentemente a marca de 400 milhões de jogadores cadastrados e é nome forte nos principais torneios de eSports mundo afora. Outro ponto de interesse é que as partidas terão cobertura jornalística in loco dos sites IGN e Versus. A expectativa é que a transmissão bata recordes de visualizações no Facebook.

“Os games são perfeitos para criar e aproximar comunidades e o nosso objetivo é oferecer recursos e formatos que cultivem um profundo engajamento e interação entre criadores e fãs. O Facebook Gaming Creators Cup é um evento que une gamers, seus amigos e fãs para competir, assistir e compartilhar em um ambiente descontraído e divertido”, destaca o gerente de Esports e Competitive Gaming no Facebook, Patrick Chapman.

A competição teve início dia 03 de dezembro com uma fase de grupos. As duplas foram divididas em dois times e, ao longo das semanas foram realizadas seis partidas em três dias de transmissão online para definir os melhores.

FINAL

A etapa final reunirá cinco duplas em duplas de cada grupo, que irão para a final presencial, que acontece em 16 de dezembro, em São Paulo, na Arena IGN. O evento será transmitido na Página do IGN Brasil no Facebook, das 14h às 15h, e terá apresentação de Carol Costa e de Nyvi Estephan. A narração fica a cargo de Murillo Shooow, Gordox e BiDa.

Confira abaixo os líderes das duplas que disputam a final neste domingo no torneio da Webedia:

  • Netenho
  • Romaniqs
  • Magalzao
  • Fiaspo Games
  • DiddyBR
  • Forever
  • Davy Jones
  • Patriota
  • Tixinha
  • Malena0202

 

A nova polêmica do jornalismo de games e o que o plágio nos ensina

Imagine a cena: você dedica seu tempo e dinheiro em algo que gosta, transformando sua paixão em trabalho. Você não apenas quer ser reconhecido por atuar em determinada área, mas também por suas ideias sobre determinado assunto. Ainda que seu público seja pequeno, ele é fiel e é isto que o impulsiona a continuar neste caminho. De repente, do nada mesmo, uma empresa maior pega suas ideias e as coloca no ar sem nem mesmo lhe dar crédito ou pedir permissão. Plágio não é nada legal, certo?

O plágio não é nenhuma novidade no jornalismo, sempre aconteceu e sempre irá acontecer (sim, isto é um fato). O caso envolvendo a IGN BR e o Youtuber escocês Hamish Black é apenas o mais recente envolvendo apropriação indevida de propriedade intelectual alheia, mas desta vez o frisson é maior e mais emblemático pelo simples fato de que a IGN é um canal reconhecido mundialmente, cujo prestígio e confiança estão a par com o Kotaku ou a Eurogamer. Ou seja, inimaginável que isto ocorra naquele veículo.

E claro, não sejamos precipitados em acusar o veículo de conivência com o erro. A equipe da IGN BR é composta por profissionais respeitados que passaram por dezenas de veículos prestigiados antes. Muitos dos quais já até me deram aulas ou palestras. Então se tiver de apontar o erro, que seja do redator, não de todo o site.

Do que diabos estamos falando?

Para quem não estava ciente (e há um bom motivo pra isso), o Marcus Oliveira, da IGN Brasil utilizou o roteiro de um vídeo do canal “Writing on Games” do youtuber Hamish Black para redigir um artigo sobre The Legend of Zelda: Breath of The Wild (vídeo abaixo). Utilizar conteúdo alheio como base para seu próprio artigo não é de todo modo surpreendente, visto que em TODAS as editoras isso acontece. O problema é que ao invés de tomar o vídeo como fonte de inspiração, o texto basicamente era uma tradução sem fontes. Deste modo, os leitores eram levados a pensar que se tratava de conteúdo original. Algumas pessoas até mesmo elogiaram o texto após ser publicado. Psiu, se você quer ler o texto, dá pra ver aqui.

O que nem mesmo M. Night Shyamalan podia apostar é que o plágio seria descoberto pelos próprios leitores da IGN. Afinal, o canal do youtuber Hamish Black não é tão conhecido como o do Pew Die Pie, ou mesmo do brasileiro Zangado. Não bastasse isso, Hamish ficou ciente do caso e denunciou em redes sociais a tremenda patetada. Dizer que a internet parou seria exagerar as coisas, mas a repercussão foi circulando os diversos grupos do Facebook e as redes de amigos do Twitter. Se você estivesse em casa (como o meu caso) alguém chegaria falando “ei, ficou sabendo da treta na IGN?”. Resultado: todo mundo já sabe.

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Marcus fez o que se esperaria, ou seja, se desculpou. A IGN publicou sua carta ao leitor e vida que segue. De certa forma a justiça foi feita: Hamish recebeu seus créditos e seu canal está mais famoso do que nunca (a maioria dos vídeos de seu canal tem cerca de 20 mil views, este em questão ultrapassa a marca de 180 mil). Não se sabe o que aconteceu com Marcus, e isto nem é relevante afinal de contas, afinal o que o público precisava saber era que a IGN reconheceu uma falha e desculpou-se imediatamente. O futuro profissional de Marcus depende dele e dos chefões da IGN.

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Mais importante do que segurar forcados e pedir cabeças é exigir que episódios assim não se tornem comuns. E a repercussão negativa do caso vai ajudar bastante com isso, pois o burburinho nas pequenas e grandes comunidades da internet serviram para mostrar que todo o mundo está atento e conectado. Mesmo que você pense ser o único espectador brasileiro de um canal pequeno da Escócia, é possível que seu próprio leitor também seja assinante daquele canal e ele vai apontar o longo e assustador dedo de acusação direto para a sua cara.

O início da ameaça

Imagino que no começo da internet e do jornalismo de games era mais difícil produzir conteúdo inédito, algo saído tão somente da sua imaginação. Pois as grandes produtoras sequer tinham assessorias no Brasil e as revistas eram produtos de nicho que não abarcavam todo o conteúdo tecnológico de hoje em dia. Os leitores também não tinham tanto acesso à informação da mesma forma que hoje. Talvez até ocorresse plágio no jornalismo de games no início dos anos 90, mas ser pego era muito mais difícil. E mesmo assim, os jornalistas da época conseguiam criar ótimo conteúdo único. Algo de se tirar o chapéu e de se admirar.

Imediatismo é um problema das editorias

Hoje em dia todos estão conectados e o espaço para criação própria é ainda menor. Deixe-me explicar: muito do que você lê nos sites de games e tecnologia já vêm prontos das assessorias. Ou seja, quase não há espaço criativo, principalmente se você trabalha em um grande veículo que trabalha hard news. Se seu editor te pedir uma matéria para daqui uma hora, ela terá de ser feita. Do contrário alguém mais “competente” o fará. Talvez isto explique alguns casos de plágio.

Some-se a essa pressão o fato de que se você não está mais adiantado que seus leitores, seu veículo cairá no ostracismo. Ou seja, você não apenas deve ter uma opinião sobre tudo, mas essa opinião deve captar algo que ninguém mais percebeu, transcendendo de fato toda a massa de apertadores de botões e redatores de reviews rápidos.

Pense no padrão de reviews e previews de games que você lê por aí. Não lhe parece que é tudo muito parecido? Fala-se sobre o enredo, a trilha sonora, gráficos e “porque você precisa ou não comprar este game”. Em God of War, por exemplo, você vai ver muita gente falando o quanto Kratos é sanguinolento e como as cenas são iradas, mas dificilmente você vai ler algum artigo sobre como as ações vingativas do espartano apenas serviram para tornar o mundo pior. Sabe por que não existe esse artigo? Por que não há tempo! Ninguém teve tempo para apreciar as consequências de determinados atos nos games ou meditar qual a mensagem que os produtores queriam passar em Breath of the Wild.

A comunidade é a melhor criadora de conteúdo

Quem vai analisar todos esses aspectos serão os próprios jogadores, aqueles que passaram mais tempo absorvendo cada aspecto filosófico do game. E não são todos os games que permitem essa reflexão. As notícias que você mais viu pós-lançamento foram “fulano terminou Breath of the Wild em 60 minutos”. Onde estão as matérias sobre “qual o futuro de Zelda após BoTW”, ou “Seriam as notas um reflexo do hype em BoTW?”. Essas matérias estão com youtubers do interior da Escócia.

E não, não estou justificando o plágio. Apenas dizendo que se você quer um conteúdo mais autêntico, vai ter de procurar bastante. Nos grandes veículos isso somente vai acontecer em raras ocasiões. O que aconteceu provavelmente é que Marcus tinha uma pauta, mas não tinha tempo para trabalhá-la de modo apropriado, então ele utilizou um conteúdo que lhe apeteceu.

Fazer um texto reflexivo sobre Silent Hill ficou a serviço dos fãs

Sou do tempo (me sinto velho falando assim) em que as comunidades conjecturavam o significado da morte de Aerith em Final Fantasy ou a simbologia de Walter Sullivan na mitologia de Silent Hill. Mas isto só se via em fóruns da internet e em fã-sites. Ver isto em revistas e sites grandes não era impossível, mas improvável. Quem fazia isso tornou-se lenda no jornalismo de games brasileiro.

Quer fazer uma mega reflexão sobre o novo Zelda? Vá em frente! Jogue bastante, absorva tudo que for possível. Se seu chefe pedir este texto para daqui duas horas, dispense a pauta e arque com as consequências. Quando achar que estiver pronto, publique para seus leitores, eles vão gostar de um conteúdo rico, sem pressa.

Não precisamos dizer muito que mesmo com toda essa pressão sofrida pelos redatores, não é justificável (nem aceitável) plagiar outras pessoas. Seu nome e carreira ficarão marcados para sempre e, querendo ou não, todos se conhecem de algum evento. Faça besteira em um site grande e todos vão ficar sabendo. Felizmente a camaradagem também ajuda nessas horas, de modo que se você construiu bons relacionamentos seu nome será lembrado mais rápido do que os erros que cometeu no passado. Mas se as editorias perdoam erros, os leitores não.

Lições aprendidas sobre o plágio:

1 – O mundo está todo conectado, então não pense que ninguém vai perceber;

2 – Se você quer um conteúdo mais analítico, ele existe, mas você vai encontrá-lo nos lugares mais improváveis.

Então se você conhece, ou produz um conteúdo bacana, espalhe por aí. Deixe todos conhecerem esse trabalho. Talvez você não ganhe dinheiro, mas com certeza vai ganhar reconhecimento e fãs que brigarão contigo quando necessário. Penso que o recente caso de plágio é apenas um reflexo desses tempos de imediatismo, informação rápida e pouco tempo de apreciação.

Ainda não coloquei as mãos no novo Zelda, mas quando puder jogá-lo, melhor que seja para minha própria apreciação, sem pressa nem ninguém exigindo seis mil caracteres pra ontem.

IGN Brasil apresenta a primeira edição da IGN Game Jam

Desde que chegou ao Brasil a IGN adotou como lema e objetivo “fazer o Brasil jogar mais”, e hoje vemos que tal frase não são apenas palavras. O portal de notícias gamer acaba de anunciar o IGN Game Jam, uma maratona de criação de jogos que colocará seis equipes de desenvolvedores para produzir um jogo completo em apenas 48 horas. O evento acontece na sede do site no dia 15 de janeiro às 20h e termina às 22h de 17 de janeiro.

O tema da Jam já foi definido pela comissão julgadora (composta pelos jornalistas Flávia Gasi, Gustavo Petró, Marcus Oliveira e Pablo Miyazawa). Entretanto, o tema apenas será revelado momentos antes do início do evento. De acordo com a IGN, os jogos desenvolvidos durante a Game Jam serão distribuídos gratuitamente através do IGN Brasil. Os participantes contarão com todo o suporte da IGN, incluindo espaço, estrutura e refeições.

“O principal objetivo da IGN Game Jam é oferecer para essas equipes independentes a oportunidade de ter seus games divulgados com a mesma grandeza de um título AAA, expandindo os horizontes de nossos desenvolvedores e mostrando a qualidade do cenário independente nacional”, afirma Aydin Sarmadi, Diretor do IGN Brasil.

Os participantes são os estúdios indie  Big Green Pillow, Catavento, Miniboss, Pocket Trap, Rogue Snail e Retromaze. Segundo os organizadores, as escolhas levaram em consideração o aproveitamento dos grupos em jams anteriores. Após o prazo de 48 horas, os jogos finalizados serão avaliados pela comissão julgadora com base em critérios de apropriação do tema da maratona, inovação, mecânicas e ludologia.

O estúdio vencedor receberá um vale-presente da loja Kabum no valor de R$ 5.000 e mais R$ 50 mil em divulgação para os projetos da equipe no site do IGN Brasil durante todo o ano de 2016. Já a vice-campeã da maratona também receberá um vale-presente da loja Kabum no valor de R$ 2.000, enquanto a terceira equipe colocada receberá um vale-presente da loja Kabum no valor de R$ 1.000.

Como acompanhar a IGN Game Jam

Pelo calibre desses estúdios podemos esperar grandes jogos, ainda que o tempo de uma Jam seja curto. Vamos ficar de olho, pois as possibilidades de jogos interessantes surgirem são muito grandes. Para mais informações, basta acessar o site da IGN Game Jam.