“Synergy”: jogo de construção de cidades com pegada ecológica e visual inspirado em Moebius é lançado oficialmente para PC

O jogo “Synergy”, desenvolvido pelo estúdio francês Leikir Studio e publicado pela Goblinz Publishing, foi lançado nesta quarta-feira (16) em sua versão 1.0 para PC. Após um período em acesso antecipado, o título chega oficialmente às plataformas Steam, GOG e Epic Games, com desconto promocional de 24% nas duas primeiras semanas.

Ambientado em um planeta desconhecido, o jogo convida os jogadores a construírem uma cidade próspera enquanto mantêm a harmonia com o meio ambiente. “Synergy” chama atenção por sua estética artística inspirada nas obras do quadrinista francês Moebius, combinando cenários relaxantes com desafios de sobrevivência e gestão urbana.

Ao contrário de outros jogos do gênero, “Synergy” não apresenta inimigos ou combates. Em vez disso, o foco está no equilíbrio entre o desenvolvimento humano e a sustentabilidade ambiental. O jogador deve estudar o ecossistema local para ampliar o chamado “Livro de Conhecimento”, um recurso que orienta o uso consciente dos elementos naturais. O jogo também incentiva a pesquisa científica e cultural, permitindo a evolução de técnicas e estruturas civis.

A construção da cidade envolve a criação de distritos estratégicos, cada um com bônus específicos que afetam diretamente o bem-estar da população. A felicidade dos cidadãos, inclusive, é um dos pilares centrais do jogo, sendo essencial para o crescimento da colônia. Expedições pelo território também fazem parte da jogabilidade, ampliando a exploração e a coleta de recursos.

A versão 1.0 traz uma nova campanha com três cenários inéditos, além de melhorias gráficas, novas espécies de plantas e construções, sistema de negociação e mecânicas ambientais mais complexas, como controle de temperatura e água.

Com preço base de R$ 73,99, “Synergy” reforça uma tendência crescente no mundo dos games: aliar entretenimento e reflexão sobre sustentabilidade. Para mais informações, acesse a página do game na Steam.

Abaixo você confere o trailer de Synergy:

Review – South of Midnight é videogame em sua essência

São tempos difíceis para jogos mainstream. A ambição por gráficos realistas e mundos abertos com dezenas de horas de gameplay pode facilmente cansar o público que não quer um jogo chato, mas também não quer algo longo demais. Em uma era em que Final Fantasy VII Rebirth leva 80 horas para ser concluído, Dragon Age: Veilguard e outros seguem o mesmo caminho. Ver um jogo como South of Midnight traz uma nostalgia de 2008 a 2012.

Na época do PS3 e Xbox 360, tivemos jogos como Alice: Madness Returns, Remember Me, Devil May Cry 4, o reboot de Devil May Cry, Vanquish, Enslaved, entre outros que tinham uma coisa em comum: uma jogabilidade com, no máximo, 14 horas. Eram os AAA ou AA da época, com ambição suficiente para garantir diversão em um período curto, mas com qualidade que podia ser considerada muito boa.

A Compulsion Games trouxe uma joia rara para a indústria — uma surpresa positiva, principalmente para quem não esperava algo tão bom. Depois do mediano Contrast e do desastroso We Happy Few, o terceiro jogo do estúdio é South of Midnight, um jogo de ação e aventura com elementos de plataforma e foco narrativo. Ele faz um pouco de tudo — e faz muito bem. Pode soar improvável, mas mostra que um estúdio pode dar a volta por cima e entregar grandes surpresas. South of Midnight é uma delas.

No jogo, você controla Hazel, uma garota com problemas familiares que testemunha um evento misterioso envolvendo um furacão e o desaparecimento de sua mãe. Em seguida, o mundo real começa a se fundir com um mundo de fantasia, e Hazel descobre que é uma “Tecelã”, uma entidade com poderes capazes de restaurar o mundo e trazer sua mãe de volta.

Sua história é baseada no folclore da região sul dos Estados Unidos. Você encontrará diversas criaturas desse imaginário — muitas delas são personagens carismáticos e divertidos, como Bagre, um peixe gigante contador de histórias, além de outros seres igualmente interessantes.

De modo geral, é uma história que funciona e é bastante sólida. Tem carisma e prende o jogador logo de cara. O ritmo é bom, sem enrolação, com bastante conteúdo e uma conclusão satisfatória. Não deixa um gancho explícito, mas abre espaço para uma possível sequência.

O jogo não é isento de problemas. O que mais incomoda é a limitação no combate: Hazel utiliza apenas duas agulhas e os combos são praticamente os mesmos durante todo o jogo. É possível alternar entre diferentes poderes para criar vantagens nas batalhas, mas, no geral, o modo de atacar os inimigos muda pouco.

Tirando isso, o jogo apresenta uma estrutura repetitiva, mas funcional: explorar o mapa, coletar pontos de experiência para melhorar habilidades, encontrar documentos que aprofundam a história, lutar contra inimigos e viver momentos musicais misturados com plataforma.

Quase todas as fases (ou capítulos) seguem essa estrutura. O jogo não tem medo de ser linear — e isso funciona muito bem. Sempre que se encontra um caminho alternativo, vale explorá-lo, pois geralmente há algo útil e logo o jogador retorna à trilha principal. O ritmo é ótimo, a progressão é rápida e a sensação de aproveitar ao máximo a experiência é real.

O sistema de combate é semelhante ao de jogos character action como Devil May Cry, com arenas fechadas onde surgem ondas de inimigos. As variações incluem inimigos corpo a corpo, tanques resistentes, atiradores e aqueles que fortalecem os demais. O jogador não tem itens de cura, mas pode restaurar parte da vida ao derrotar inimigos ou usar um orbe disponível em quase todas as arenas (utilizável apenas uma vez por combate). Isso incentiva o jogador a se dedicar ao máximo em cada luta, sabendo que terá recuperação ao final.

O combate tem seus desafios. Em dificuldades mais altas, o jogo é bastante punitivo. Na dificuldade padrão, o equilíbrio é muito bom, exigindo do jogador todo o aprendizado adquirido ao longo da campanha. Há um ciclo eficaz entre entender o comportamento dos inimigos e enfrentá-los em combinações cada vez mais desafiadoras.

Também há batalhas contra chefes — personagens ligados diretamente à narrativa e com pequenos arcos próprios. Cada chefe tem uma mecânica específica, e aprender os padrões não é difícil. No entanto, falta um chefe que exija o uso completo das mecânicas do jogo. Ainda assim, as batalhas são divertidas. E, para quem busca desafio, há troféus por vencer cada chefe sem tomar dano.

Um dos aspectos que mais chamam atenção é o visual. Desde o anúncio, South of Midnight impressiona com animações que simulam stop motion e uma direção de arte única. A ambientação em regiões pantanosas é ricamente detalhada e sempre oferece algo novo para observar. Apesar de não ser um jogo com gráficos de ponta, o uso da Unreal Engine aliado à direção de arte entrega um visual belíssimo.

A trilha sonora é um show à parte. Jazz e blues permeiam toda a jornada. Cada chefe tem sua própria música, e as letras fazem referência direta ao personagem em questão. Para aproveitar o jogo da melhor forma, vale a pena jogar com o volume alto e apreciar essa trilha fantástica.

Conclusão

South of Midnight é exatamente o tipo de jogo que faz falta na indústria: pequeno em escopo, mas com uma história boa e divertida, mecânicas bem aplicadas ao seu conceito e uma experiência única. Não precisa ser excelente — apenas bom o suficiente para entreter sem exigir dezenas de horas diante da tela. Suas 14 horas (ou menos) provam que ainda é possível criar algo de qualidade com foco, ritmo e personalidade. Se o mercado voltasse a olhar para jogos assim, viveríamos tempos muito melhores na indústria.

South of Midnight está disponível para Steam, Windows e Xbox por R$199,00 — um preço justo para um jogo claramente AA. Caso o jogador seja assinante do Game Pass Ultimate, pode jogá-lo por lá, sendo essa a maneira mais acessível de conhecê-lo.

Texto por: Victor Candido

Football Life Simulator – Novo simulador mergulha na rotina de um jogador de futebol dentro e fora dos campos

Lançado em 11 de abril na plataforma Steam, Football Life Simulator é um jogo que vai muito além das quatro linhas. Desenvolvido pelo estúdio independente Ludu Arts, sediado em Istambul, na Turquia, o título aposta em uma proposta diferenciada: simular não apenas a carreira, mas toda a vida de um jogador de futebol profissional.

Desde o início, o jogador assume o papel de um atleta já atuando profissionalmente. O grande desafio, no entanto, está fora do gramado. O game convida os usuários a administrarem todas as áreas da vida de um jogador moderno: contratos, treinos, entrevistas, fama, redes sociais, relacionamentos, festas, hobbies, investimentos e até decoração da casa.

Com mecânicas inspiradas em jogos de simulação de vida, Football Life Simulator oferece um sistema de progressão aberto, em que as escolhas feitas durante a jornada têm impacto direto no rumo da carreira. É possível sair para bares, adotar animais de estimação, cuidar da forma física, conceder entrevistas e até jogar partidas de futebol de rua. Há ainda atividades como assistir televisão, ler revistas e se divertir em cassinos.

O jogo também apresenta um sistema econômico detalhado, que permite controlar gastos, investir o dinheiro ganho e contratar empregados domésticos. Além disso, inclui minijogos de treinamento, gestão de lesões, personalização de personagem e momentos de lazer, como viagens e descanso entre partidas.

A versão em acesso antecipado já está disponível e, segundo os desenvolvedores, será expandida gradualmente com base no retorno da comunidade. A proposta é oferecer uma experiência completa, com profundidade e liberdade para que cada jogador crie sua própria trajetória.

Voltado a quem busca uma abordagem mais realista e completa da vida de um atleta, o jogo se destaca pela riqueza de detalhes e pela variedade de possibilidades. Para mais informações, acesse a página do game na Steam.

Abaixo você confere o trailer de Football Life Simulator: