A-RED Walking Robot: o simulador de robô de brinquedo que promete conquistar jogadores de todas as idades

Prepare-se para mergulhar em um universo onde nostalgia e tecnologia se encontram. Desenvolvido pelo estúdio independente Jookitooz em parceria com a Dojo System, A-RED Walking Robot chega como uma das experiências mais criativas da temporada, oferecendo um simulador de robô de brinquedo que mistura diversão, desafio e muito charme.

No comando de A-RED, um simpático robô movido a corda, os jogadores enfrentam um gigantesco e caótico ateliê cheio de obstáculos, inimigos e surpresas. O objetivo é simples, mas envolvente: explorar cada canto do ambiente, resolver enigmas e coletar chaves douradas que mantêm o robô funcionando. Sem essas chaves, o tempo de A-RED se esgota, e com isso, vêm mais de 300 expressões faciais hilárias e dramáticas que refletem sua frustração ou alegria.

A-RED Walking Robot

Com visual realista, física sofisticada e um sistema de progressão inteligente, o jogo aposta em mecânicas acessíveis, integrando tutoriais diretamente ao ambiente. A-RED pode caminhar ou voar com seu jetpack, empurrar objetos, enfrentar adversários e até manipular o cenário para avançar. Tudo isso ao som de uma trilha japonesa original composta por Atsushi Moriya (DJ Guinzy), que completa a imersão com um toque cultural autêntico.

O projeto é a estreia de David Kampa como desenvolvedor de jogos. Com mais de 25 anos de experiência em publicidade e cinema como artista 3D, Kampa decidiu, durante a pandemia, transformar seu conhecimento em uma experiência jogável. Aprendeu Unity por conta própria e criou, sozinho, um universo que une a estética dos brinquedos clássicos à tecnologia de ponta.

A-RED Walking Robot não é apenas um jogo, é uma jornada encantadora que homenageia a criatividade e a engenhosidade humanas com muito bom humor. Para mais informações, acesse a página do game na Steam ou na PSN.

Abaixo tem o trailer de A-RED Walking Robot:

O mercado de trabalho para desenvolvedor de games no Brasil

Você já pensou em se aventurar no mundo dos jogos eletrônicos? Se a resposta é sim, você está no caminho certo! A indústria de games está em plena expansão, e o Brasil está acompanhando esse crescimento de forma vibrante. Neste artigo, vamos analisar se vale a pena investir nessa carreira e o que você precisa saber para se destacar nesse mercado.

O trabalho de um desenvolvedor de games é multifacetado e empolgante. Esse profissional é responsável por criar e implementar todos os aspectos técnicos e interativos dos jogos. Aqui está um resumo das principais funções:

        • Programação: O coração do desenvolvimento de jogos está na programação. Isso inclui codificação em linguagens como C++, C# e Python. O programador escreve o código que faz o jogo funcionar, desde a física até a lógica do jogo.
        • Design de Jogos: Embora o design de jogos muitas vezes seja atribuído a designers especializados, o desenvolvedor também precisa entender os conceitos de design para implementar as ideias corretamente.
        • Criação de Gráficos e Animações: Alguns desenvolvedores também se envolvem na criação de gráficos e animações, especialmente em estúdios menores onde os papéis podem se sobrepor.
        • Integração de Áudio: O áudio é crucial para a experiência do jogo. Os desenvolvedores trabalham com designers de som para garantir que os efeitos sonoros e a trilha sonora estejam sincronizados e aprimorem a experiência do jogador.
        • Testes e Otimização: Após o desenvolvimento, é essencial testar o jogo para encontrar e corrigir bugs. A otimização também garante que o jogo funcione bem em diferentes dispositivos e plataformas.

O Panorama do Mercado de Trabalho

O mercado para desenvolvedores de games no Brasil está aquecido e com boas perspectivas. O crescimento do setor de entretenimento digital, aliado ao aumento da base de consumidores, está impulsionando a demanda por profissionais qualificados. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o mercado:

        • Expansão da Indústria: O Brasil é um dos países com o mercado de games em crescimento mais rápido. Estúdios de todos os tamanhos estão surgindo, e grandes empresas internacionais também estão investindo no país. De acordo com a Pesquisa Game Brasil 2023, o setor continua a expandir, com um número crescente de consumidores e jogadores.
        • Oportunidades de Trabalho: Há diversas oportunidades, tanto em empresas estabelecidas quanto em startups e projetos independentes. Estúdios como Tapps Games e Wildlife Studios estão sempre em busca de novos talentos. Além disso, o crescimento das plataformas independentes e o trabalho freelance também são opções viáveis para muitos desenvolvedores.
        • Competição: A demanda crescente vem acompanhada de uma competição acirrada. As empresas buscam não apenas habilidades técnicas, mas também criatividade e capacidade de resolver problemas. Ter um portfólio sólido e experiência prática pode ser um diferencial importante.

Remuneração e Benefícios

Quanto ganha um desenvolvedor de games? A remuneração pode variar bastante dependendo da experiência, localização e porte da empresa. Aqui está uma visão geral:

        • Salário Inicial: Para quem está começando, o salário médio gira em torno de R$ 4.000 a R$ 6.000 por mês. Esse valor pode variar de acordo com o tamanho da empresa e a complexidade dos projetos.
        • Experiência: Com alguns anos de experiência, é possível ver um aumento significativo. Desenvolvedores com mais experiência ou em empresas maiores podem ganhar entre R$ 8.000 e R$ 12.000 mensais.
        • Especializações: Áreas altamente especializadas, como realidade virtual, inteligência artificial e design de jogos complexos, podem oferecer salários ainda mais altos.

O Que as Empresas Esperam?

Para se destacar e conseguir um bom emprego na indústria de games, é importante saber o que as empresas estão buscando. Aqui estão algumas das principais expectativas:

        • Habilidades Técnicas: Proficiência em linguagens de programação relevantes, conhecimento de motores de jogos como Unity e Unreal Engine, e compreensão das ferramentas de desenvolvimento são fundamentais.
        • Criatividade e Inovação: Jogos são produtos criativos. As empresas valorizam desenvolvedores que podem pensar fora da caixa e trazer novas ideias para a mesa.
        • Trabalho em Equipe: A criação de um jogo envolve várias etapas e colaborações. Saber trabalhar bem com designers, artistas e outros desenvolvedores é essencial.
        • Resolução de Problemas: A capacidade de identificar e resolver problemas rapidamente é crucial, especialmente em um campo onde os bugs e falhas podem impactar a experiência do usuário.
        • Atualização Constante: A tecnologia de jogos está sempre evoluindo. Manter-se atualizado com as últimas tendências e tecnologias é um diferencial importante.

Educação e Formação

Para seguir qualquer uma dessas especializações, uma boa formação é essencial. Cursos de graduação e pós-graduação em Desenvolvimento de Jogos Digitais, Ciência da Computação com ênfase em jogos, e cursos técnicos em áreas específicas são boas opções.

        • Graduação: Existem cursos de graduação específicos em Desenvolvimento de Jogos Digitais oferecidos por universidades renomadas como PUC-Rio, UFSC e Senac. Esses cursos fornecem uma base sólida em programação e design de jogos.
        • Cursos Técnicos e de Extensão: Para quem busca uma formação mais prática e direta, cursos técnicos e de extensão também são uma ótima opção. Eles focam em habilidades específicas e ferramentas de desenvolvimento.
        • Educação Online: Além dos cursos presenciais, várias plataformas oferecem cursos online sobre desenvolvimento de jogos. Essas opções podem complementar sua formação e permitir uma aprendizagem mais flexível.

Especializações e Áreas de Foco

Existem várias especializações dentro do desenvolvimento de games, e a escolha certa pode depender de suas habilidades e interesses específicos. Aqui estão algumas das principais áreas de especialização:

        • Programação de Jogos: Foco em codificação e desenvolvimento de algoritmos para mecânicas de jogo. Essa especialização é essencial para a criação de jogos funcionais e eficientes.
        • Design de Jogos: Envolve o desenvolvimento das regras e estrutura do jogo, incluindo mecânicas, dinâmicas e estéticas. Ideal para quem tem uma visão criativa e gosta de pensar em como o jogo deve ser jogado.
        • Arte e Animação 3D: Especializa-se em criar e animar modelos 3D. Se você tem um talento para artes visuais e modelagem, essa pode ser a área para você.
        • Áudio para Jogos: Envolve a criação e integração de efeitos sonoros e trilhas sonoras. É uma área crucial para a imersão do jogador.
        • Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR): Foca em desenvolver jogos para plataformas VR e AR, que estão se tornando cada vez mais populares. Essa especialização requer conhecimentos específicos em tecnologias imersivas.

Qual Especialização Escolher?

A especialização mais indicada pode depender do seu perfil e interesses pessoais. Se você é apaixonado por programação, focar em Programação de Jogos pode ser a melhor escolha. Se sua paixão está em criar experiências visuais incríveis, então Arte e Animação 3D pode ser mais adequada. Para aqueles interessados em novas tecnologias, VR e AR são áreas empolgantes e com grande potencial de crescimento.

Que as Empresas Esperam de um Desenvolvedor de Games?

Quando você está se preparando para entrar no mercado de desenvolvimento de jogos, é crucial entender o que as empresas esperam de seus candidatos. Aqui estão os principais pontos que as empresas costumam buscar:

Habilidades Técnicas

        • Programação: Conhecimento sólido em linguagens de programação como C++, C# e Python é fundamental. Além disso, familiaridade com motores de jogo como Unity e Unreal Engine é extremamente valorizada.
        • Design de Jogos e UI/UX: Embora a programação seja a principal competência, o entendimento de design de jogos e princípios de UI/UX (Interface e Experiência do Usuário) pode ser um diferencial importante. Isso ajuda a criar jogos que não são apenas funcionais, mas também atraentes e fáceis de usar.
        • Conhecimento em Ferramentas de Desenvolvimento: Proficiência em ferramentas como Blender, Maya para modelagem 3D, e software de edição de áudio é frequentemente requerida, especialmente em estúdios menores onde você pode ter que lidar com múltiplas funções.
O Livro “ESTUDOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE GAMES” do Prof. David Lemes é obrigatório para novos desenvolvedores.

Soft Skills

        • Criatividade: Jogos são produtos criativos e as empresas valorizam desenvolvedores que trazem ideias inovadoras e soluções criativas para os desafios.
        • Trabalho em Equipe: O desenvolvimento de jogos geralmente é um esforço colaborativo. Ter habilidades para trabalhar bem com designers, artistas e outros desenvolvedores é essencial.
        • Resolução de Problemas: A capacidade de identificar e resolver problemas rapidamente é crucial, especialmente quando surgem bugs ou desafios técnicos durante o desenvolvimento.
        • Comunicação: Boa comunicação é importante para entender os requisitos do projeto e colaborar efetivamente com a equipe.
        • Tecnologia e Tendências: A tecnologia de jogos está em constante evolução. Manter-se atualizado com as últimas tendências e ferramentas é um diferencial importante e ajuda a manter sua relevância no campo.

Carga Horária e Ambiente de Trabalho

O ambiente e a carga horária de um desenvolvedor de games podem variar bastante dependendo da empresa e do tipo de projeto. Aqui estão algumas considerações gerais:

        • Carga Horária: Em geral, a carga horária padrão é de 40 horas semanais, mas pode haver variações. Em projetos com prazos apertados, é comum trabalhar mais horas, especialmente em fases finais do desenvolvimento. Em startups ou estúdios menores, a carga horária pode ser mais flexível, mas também pode exigir mais dedicação.
        • Ambiente de Trabalho: O ambiente de trabalho pode variar de grandes estúdios com estruturas bem definidas a pequenos estúdios independentes ou trabalho remoto. Em grandes empresas, você pode ter um ambiente mais estruturado, com equipes especializadas em diferentes áreas. Em estúdios menores ou startups, a rotina pode ser mais dinâmica e você pode ter que assumir várias funções.

Conclusão

Investir em uma carreira como desenvolvedor de games no Brasil é uma escolha promissora e empolgante. Com uma indústria em crescimento, uma variedade de oportunidades e a possibilidade de se especializar em áreas específicas, você pode encontrar um caminho que se encaixa com suas habilidades e interesses.

Se você está pronto para mergulhar nesse universo, adquirir as habilidades necessárias e se manter atualizado com as tendências, a carreira de desenvolvedor de games pode ser extremamente gratificante. O mercado está aguardando por novos talentos que possam trazer criatividade e inovação para a indústria de jogos.

Review: Mars 2120 é um bom jogo, mas expõe as dificuldades de desenvolver jogos

Mars 2120 é um jogo no estilo metroidvania desenvolvido pelo estúdio brasileiro QUBYTE Interactive, lançado em agosto de 2024 para Steam, PS4, PS5, Nintendo Switch, Xbox One e Series X|S.

Em Mars 2120, o jogador assume o papel da Sargento Anna “Thirteen” Charlotte, enviada para Marte para responder a um misterioso chamado. Ao chegar, ela se depara com uma colônia dominada por inimigos e precisa descobrir o que está acontecendo. Grande parte da trama de Mars é contada através de audio-logs, então encontrá-los é essencial para compreender mais sobre o universo do jogo.

O jogo rapidamente dá controle total ao jogador, que já começa com o pulo duplo, o que torna a exploração, um elemento crucial em metroidvania, bastante agradável. A exploração é dividida em diferentes áreas, com biomas que são fundamentais para aumentar o desafio do jogo. Na área de gelo, por exemplo, qualquer descuido pode resultar em congelamento ou até mesmo morte. É um jogo que sabe punir o jogador: cair em abismos pode significar o fim da exploração, portanto, salvar o progresso em cada ponto de salvamento é crucial.

Em Mars, o combate é dividido entre tiros e ataques corpo a corpo. Alguns inimigos morrem mais rapidamente no combate físico, enquanto outros resistem mais. Cabe ao jogador identificar isso durante a jogatina e planejar a melhor forma de derrotar os inimigos. Habilidades e melhorias podem ser encontradas ao longo da jornada, aprimorando esses aspectos. O sistema de upgrade está vinculado ao acúmulo de experiência obtida no mapa ou derrotando inimigos. No entanto, além de ter os pontos necessários para “comprar” as melhorias, o jogador precisa encontrá-las no mapa, o que incentiva a exploração e a revisita de áreas já exploradas com o uso de habilidades adquiridas posteriormente. Esses elementos são o que tornam o gênero metroidvania interessante, e Mars faz isso muito bem.

Ao longo do jogo, o jogador encontra diversos tipos de tiros que também funcionam como chaves para abrir portas ou acionar botões. No que diz respeito às mecânicas, algo que incomodou foi a necessidade de mirar com o segundo analógico, semelhante ao jogo quase esquecido Shadow Complex. Inclusive, se a memória não falha, o desenvolvedor mencionou na BGS 2023 que esse jogo foi uma das inspirações nesse aspecto. É bastante trabalhoso acertar um inimigo com o analógico, devido a uma certa imprecisão no comando. Andar, atirar, esquivar e trocar de tipo de tiro durante o combate com múltiplos inimigos tornou-se algo burocrático. No entanto, a opção de mira automática, disponível nas configurações de acessibilidade, ajudou a contornar essa dificuldade.

Mars 2120 é um jogo cheio de potencial, desde seu mapa bem desenhado, com diversos biomas que impactam diretamente a exploração e o combate, até seus chefes e a trama, que são envolventes o suficiente para prender a atenção do jogador. No entanto, aqueles que desejarem chegar ao final desta aventura terão que enfrentar situações que evidenciam as dificuldades de desenvolver um jogo, como a necessidade de tempo para polir o trabalho.

MARS 2120

Não se sabe ao certo se o estúdio teve tempo para melhorar as animações. Sabe-se que houve a transição da Unreal para Unity, de acordo com o documentário divulgado (inserir link), mas o que se vê no jogo demonstra essa carência. Isso pode prejudicar a experiência, causando estranheza. Muitas das animações são desengonçadas; é possível entender o que o personagem está fazendo, mas a execução não é das melhores. Comparando com a versão testada na BGS 2023, o jogo final está bem melhor, e ele vem recebendo atualizações que estão melhorando a experiência. Contudo, os pontos que fazem dele um jogo mediano ainda estão presentes. Vale lembrar que se trata de um jogo de baixo orçamento, e seu preço reflete isso: R$59,90 em todas as plataformas. A jornada leva cerca de 6 horas, e o jogo está legendado e dublado em português brasileiro.

Desenvolver jogos nunca foi uma tarefa fácil. As dificuldades variam entre animações, design de níveis, enredo, programação, engine gráfica, marketing e, claro, polimento e otimização. Esses dois últimos tópicos são muito comentados atualmente: se um jogo apresenta quedas de desempenho ou bugs, é comum culpá-los. O que poucos sabem é que são raros os jogos que têm o luxo de serem lançados com um bom polimento.

 

Casos como Zelda: Tears of the Kingdom, onde a Nintendo reservou um ano apenas para otimizar o jogo para o Switch, ou Baldur’s Gate 3, que entrou em Early Access e conseguiu um impacto significativo, são exceções, mesmo no cenário dos jogos AAA. Comparar um jogo indie, feito com dedicação por uma equipe pequena, com esses gigantes não faz sentido, mas evidencia a diferença entre um jogo indie de baixo orçamento e os colossos da indústria. Ao considerar esses fatores, a nota atribuída ao jogo reflete uma análise justa de um título que levou cinco anos para ser desenvolvido.

Há muita expectativa para o próximo trabalho da QUBYTE. O estúdio demonstrou competência, e certamente Mars 2120 foi uma experiência que trouxe aprendizados valiosos para o futuro, permitindo que evoluam em projetos ainda melhores. O título está disponível na Steam.

Nota: 7

Texto por: Victor Cândido