World of Warcraft: Midnight estreia em março e inaugura sistema de recompensas que conecta jogos da Blizzard

A Blizzard definiu a data para o próximo grande capítulo do universo de World of Warcraft. Midnight, segunda parte da Saga da Alma do Mundo, será lançado globalmente em 2 de março e dará continuidade à trama que envolve Xal’atath e a Hoste Devoradora, agora em avanço direto sobre Luaprata. A expansão marca um novo ponto de virada na narrativa do MMORPG, que entra em mais um ciclo de conteúdo após The War Within.

Embora o lançamento esteja programado para março, uma parte importante das novidades poderá ser acessada antes. Jogadores que adquirirem Midnight na pré-venda terão acesso antecipado ao sistema de Moradias a partir de 2 de dezembro, com a chegada da atualização 11.2.7, intitulada O Aviso. O recurso representa um dos pedidos mais antigos da comunidade, permitindo criar e personalizar espaços próprios dentro do jogo.

A implementação das Moradias não ficará restrita a World of Warcraft. A Blizzard transformou o recurso em um evento comemorativo que se estende para outras franquias da empresa. Quem completar a missão introdutória e garantir a conquista “Boas-vindas ao lar” desbloqueará recompensas especiais em diferentes títulos, reforçando a integração entre os universos.

World of Warcraft: Midnight

Entre os itens distribuídos estão conteúdos cosméticos inéditos:

Hearthstone
• Verso de card Meu Lar, inspirado no novo recurso de WoW

Overwatch 2
• Cartão de nome temático
• Spray exclusivo
• Visual da Symmetra baseado em Xal’atath
• Ícone de jogador Coração Sombrio

StarCraft II
• Visuais de console alusivos à Horda e à Aliança

 

As recompensas serão liberadas automaticamente após a conquista, sem a necessidade de códigos ou resgates manuais.

Hearthstone retorna à Cratera Un’Goro com nova expansão e 145 cards inéditos

A nova expansão de Hearthstone, intitulada A Cidade Perdida de Un’Goro, já está disponível e convida os jogadores a uma jornada por um território misterioso e selvagem. Ambientada na mesma região da expansão “Jornada a Un’Goro”, lançada em 2017, a novidade traz um pacote robusto de conteúdo: são 145 cards inéditos, o retorno de mecânicas conhecidas e a chegada de uma nova palavra-chave, além de um evento temporário com recompensas especiais.

Entre as principais novidades, destaca-se a palavra-chave “Afinidade”, que confere efeitos bônus a determinados cards quando o jogador joga, no turno anterior, um card do mesmo tipo de lacaio ou escola de feitiço. A mecânica exige planejamento estratégico e promete renovar as possibilidades táticas do jogo.

Outra mecânica consagrada que retorna é “Missão”: cards de feitiço com custo 1 que aparecem logo na mão inicial do jogador e oferecem recompensas poderosas após o cumprimento de objetivos específicos durante a partida. Cada classe do jogo recebe uma nova missão lendária, ampliando a diversidade de estratégias possíveis.

A expansão também aposta na narrativa para aprofundar o envolvimento dos jogadores. Os novos cards de história resgatam a tradição oral dos tortollanos e relatam eventos importantes da última expedição à Cratera. Já os cards de mapa permitem que o jogador descubra uma carta e, se jogá-la no mesmo turno, ganhe uma segunda carta entre as opções. No total, a expansão inclui sete cards de história e seis de mapa.

Velhos conhecidos dos fãs também estão de volta. Loh, o explorador tortollano, lidera a nova missão, acompanhado de Elise Mirestela, veterana das aventuras anteriores, e Umbra, antiga líder dos tortollanos que promete surpreender durante a jornada.

Para celebrar o lançamento, o jogo promove um evento especial entre os dias 8 e 29 de julho, no qual os jogadores poderão escolher um dos três exploradores icônicos e completar suas missões específicas em troca de recompensas dentro do jogo.

Combinando nostalgia, novos desafios e uma ambientação vibrante, A Cidade Perdida de Un’Goro promete agitar o metajogo de Hearthstone e reacender o espírito de aventura entre os fãs.

Abaixo tem o trailer “The Lost City of Un’Goro”:

Top 7 – Polêmicas que abalaram a indústria dos games

A indústria dos videogames sempre esteve cercada de entusiasmo, inovações e momentos marcantes. No entanto, nem tudo são flores: diversas polêmicas abalaram empresas, jogadores e até mesmo governos. Algumas dessas controvérsias geraram processos judiciais, mudanças em regulamentações e até banimentos de jogos. Neste artigo, exploramos sete dos casos mais impactantes que deixaram cicatrizes na história dos games.

1. O lançamento catastrófico de “Cyberpunk 2077”

Cyberpunk 2077

Poucos jogos na história dos videogames foram tão aguardados quanto Cyberpunk 2077. Desenvolvido pela CD Projekt Red, o título prometia um RPG de mundo aberto revolucionário, com gráficos impressionantes e uma narrativa envolvente. No entanto, quando finalmente foi lançado em dezembro de 2020, o que os jogadores receberam foi um produto repleto de bugs, falhas técnicas e um desempenho terrível, especialmente nos consoles da geração anterior. A situação foi tão crítica que a Sony decidiu remover o jogo da PlayStation Store, e a CD Projekt Red precisou oferecer reembolsos em massa.

Além dos problemas técnicos, a desenvolvedora foi acusada de enganar os consumidores, pois havia restringido a divulgação de análises da versão para consoles antes do lançamento, impedindo que os jogadores soubessem da real condição do jogo. A situação resultou em processos judiciais contra a empresa, perda de credibilidade e uma reestruturação interna para recuperar a confiança do público. Somente após diversas atualizações e a expansão Phantom Liberty, Cyberpunk 2077 conseguiu se reerguer, mas sua história continua sendo um dos maiores exemplos de hype descontrolado e gerenciamento desastroso na indústria.

2. O infame “Hot Coffee” de GTA: San Andreas

Grand Theft Auto: San Andreas foi um dos jogos mais vendidos e aclamados de sua época, mas também ficou marcado por uma das maiores controvérsias da indústria. O escândalo começou quando modders descobriram um minigame escondido no código do jogo, conhecido como Hot Coffee, que permitia ao jogador interagir em cenas de sexo explícito. Apesar de a Rockstar Games ter desativado esse conteúdo no lançamento oficial, os arquivos ainda estavam presentes no jogo e puderam ser desbloqueados por meio de modificações feitas por jogadores.

A descoberta causou um grande alvoroço, levando a Entertainment Software Rating Board (ESRB) a reclassificar GTA: San Andreas como Adults Only nos Estados Unidos, uma mudança drástica que resultou na retirada do jogo de diversas lojas. A polêmica também envolveu processos judiciais e até debates políticos sobre a regulamentação de conteúdos impróprios nos videogames. No fim, a Rockstar teve que relançar o jogo com a remoção definitiva do código problemático, mas a reputação da empresa ficou manchada por anos.

3. A microtransação excessiva em “Star Wars Battlefront II”

Star Wars Battlefront II

A Electronic Arts (EA) já era conhecida por suas práticas agressivas de monetização, mas a polêmica em torno de Star Wars Battlefront II em 2017 levou a indignação dos jogadores a outro nível. O jogo incluía um sistema de progressão baseado em loot boxes, onde personagens icônicos, como Darth Vader e Luke Skywalker, só podiam ser desbloqueados após dezenas de horas de jogo — ou com pagamentos exorbitantes. Isso gerou um enorme descontentamento, pois muitos viram o sistema como um esquema de “pague para ganhar” (pay-to-win), favorecendo quem gastasse mais dinheiro real no jogo.

A insatisfação dos jogadores explodiu nas redes sociais e chegou a órgãos reguladores, que começaram a investigar as loot boxes como uma possível forma de jogo de azar. O caso foi tão grande que até políticos se pronunciaram sobre o tema, levando a EA a remover temporariamente as microtransações para conter os danos. No entanto, a empresa já havia deixado sua marca como um dos exemplos mais notórios de ganância corporativa na indústria dos games.

4. A proibição de “Manhunt” em vários países

Manhunt

A Rockstar Games sempre esteve envolvida em polêmicas, mas Manhunt talvez seja seu jogo mais controverso. Lançado em 2003, o título era um jogo de terror e stealth extremamente violento, no qual os jogadores assumiam o papel de um prisioneiro forçado a cometer assassinatos brutais enquanto tentava sobreviver. As cenas de violência gráfica eram tão intensas que o jogo foi proibido em diversos países, incluindo Alemanha, Nova Zelândia e Austrália.

O caso se tornou ainda mais preocupante quando, no Reino Unido, Manhunt foi associado a um crime real: um adolescente que assassinou um amigo supostamente teria se inspirado no jogo. Embora as investigações tenham descartado essa relação direta, a polêmica gerou um debate sobre o impacto da violência nos videogames. Apesar das críticas, Manhunt se tornou um jogo cult, mas continua sendo um dos exemplos mais extremos de como o conteúdo violento pode provocar reações explosivas na sociedade.

5. A quebra de exclusividade de “Fortnite” com a Apple e o Google

Fortnite

Em 2020, a Epic Games decidiu desafiar as gigantes Apple e Google ao lançar um sistema de pagamento direto dentro de Fortnite, evitando as taxas cobradas pelas lojas de aplicativos. Como resposta, tanto a App Store quanto a Google Play removeram o jogo de suas plataformas, iniciando uma batalha judicial que envolveu bilhões de dólares.

O conflito se tornou um dos maiores casos de monopólio na tecnologia, com a Epic acusando a Apple de práticas anticompetitivas. O caso gerou debates sobre o controle das grandes empresas sobre os mercados digitais e resultou em mudanças nas regras das lojas de aplicativos. No entanto, Fortnite permaneceu fora da App Store por anos, e a disputa deixou marcas na relação entre desenvolvedores e as gigantes da tecnologia.

6. O escândalo da Blizzard e os protestos de Hong Kong

Blitzchung

A Blizzard Entertainment se viu no centro de uma grande polêmica em 2019, quando baniu o jogador profissional Blitzchung por expressar apoio aos protestos de Hong Kong durante um torneio de Hearthstone. A decisão foi amplamente criticada, pois muitos enxergaram o ato como um movimento para agradar o governo chinês, já que a empresa possuía interesses comerciais na região.

O caso gerou boicotes, protestos de funcionários e até reações políticas nos Estados Unidos. A Blizzard tentou amenizar a situação reduzindo a punição do jogador, mas a reputação da empresa já havia sido profundamente afetada. O episódio levantou discussões sobre censura e a influência do mercado chinês na indústria dos games.

7. “No Man’s Sky” e a publicidade enganosa

No Man’s Sky

Quando No Man’s Sky foi anunciado, a desenvolvedora Hello Games prometeu um universo gigantesco, mecânicas inovadoras e interações multiplayer de tirar o fôlego. No entanto, quando o jogo foi lançado em 2016, os jogadores perceberam que muitas das promessas feitas pelo criador Sean Murray não estavam no produto final. A ausência de multiplayer, biomas repetitivos e jogabilidade limitada levaram a uma onda de críticas e até investigações por propaganda enganosa.

A Hello Games, no entanto, conseguiu um feito raro: ao longo dos anos, lançou diversas atualizações gratuitas que transformaram No Man’s Sky no jogo que havia sido prometido. Hoje, o game é um exemplo de reviravolta positiva, mas sua estreia permanece como um dos casos mais notórios de marketing enganoso nos videogames.