Top 7 – Maiores polêmicas envolvendo videogames

Produtos voltados aos jovens sempre estiveram envoltos em polêmicas das boas e você provavelmente já vivenciou algumas. Recentemente uma reportagem da TV Record associou o anime Death Note a transtornos mentais. Quem é das antigas já viu a emissora fazer algo semelhante com os videogames, como na vez em que associou o Massacre de Realengo aos videogames. Pensando nesses episódios elencamos sete vezes em que os videogames se viram envoltos em polêmicas grandes demais para os produtores. Tem polêmica envolvendo violência, jogo mal produzido e até loot boxes abusivas. Vem ver!

 

GTA e um “Café quente”

O ano de 2004 foi extremamente positivo para os fãs de videogames, afinal foi nesse ano que os jogadores colocaram as mãos em preciosidades como Ninja Gaiden, Silent Hill $: The Room, Half Life 2, Need for Speed: Undergroud 2 e The Legend of Zelda: The Minish Cap. Mas nenhum jogo da época foi mais grandioso que Grand Theft Auto: San Andreas. Além de se tornar o número 1 em vendas globais, o título ainda colecionou aclamação da crítica e do público. A Rockstar estava nas nuvens.

O jogo era gigantesco para os padrões da época, com variadas missões e coisas a fazer nas três cidades do Estado. Com tanta gente jogando o game era certo que uma hora alguém encontraria segredos que nem mesmo a Rockstar gostaria. Pois bem, apesar de retratar assassinatos, roubos de carro e violência urbana gratuita, a sociedade não estava preparada para encarar o minigame “Hot Coffee”, que retratava CJ em momentos calientes com uma das suas namoradas.

Quem não curtiu nada foi a ESRB, que mudou a classificação do game para “adulto”, o que dificultava o acesso de muitos adolescentes ao título. Você deve se lembrar que era a época das lan houses e muita gente ia nesses ambientes para jogar GTA tranquilamente e por conta da nova classificação o game foi impedido de rodar em máquinas do tipo. Após muita reclamação e começar a perder dinheiro, a Rockstar mudou o código do game a fim de retirar o conteúdo, possibilitando que adolescentes voltassem a ter acesso ao game.

 

“Compre o Xbox 360”

Após uma geração extremamente bem sucedida com o Xbox 360, parecia que a Microsoft ditaria o ritmo mais uma vez com o Xbox One, uma máquina que prometia revolucionar os videogames com melhorias na rede online, sequencias de franquias matadoras e apoio das third parties. Porém Don Mattrick, CEO da divisão Xbox da época  jogou um balde de água fria nos fãs da marca. Durante o evento de revelação damáquina, o executivo disse que o console demandava que o jogador estivesse online permanentemente, não haveria possibilidade de comprar uma versão sem o Kinect, você não poderia trocar ou vender seus jogos usados e teria um preço de 499 dólares (100 a mais que o Playstation 4).

Obviamente as notícias não agradaram a todos. Um jornalista questionou Mattrick sobre o fato de há muitos fãs do Xbox sem conexão com a internet ao redor do mundo, ao que o executivo disse: “Felizmente nós temos um produto para as pessoas que não tem infelizmente a condição de ter um Xbox One e que se acha Xbox 360.”

A frase foi captada em vídeo e circulou a internet, angariando a fúria de muitos jogadores e desconfiança em relação ao futuro do Xbox One.

 

Loot Box demais em Star Wars: Battlefront 2

Star Wars Battlefront II de 2017 aparentava ser tudo o que os fãs da franquia queriam: batalhas espaciais viscerais na terra e no espaço, diversos planetas para conquistar e diversos veículos. É bom lembrar que na época os fãs estavam em uma relação de puro amor com a franquia. Assim, a EA achou que seria de bom tom tentar lucrar o máximo possível com o jogo e ninguém iria reclamar. A versão beta veio com tantas loot boxes que davam vantagens injustas aos compradores que ficou claro que o game era “pay to win” da forma mais grotesca possível.

Ao invés de mudar o game, a EA decidiu postar uma declaração no Redditexplicando porque tomaram essa decisão. Evidentemente a desculpa não foi aceita e a pressão popular foi mais forte do que os produtores podiam segurar. Ao final a EA removeu essas mecânicas e lançou um game mais amigável para quem não tinha condições de comprar loot boxes a cada minuto.

 

Cyberpunk 2077 se torna a maior decepção em décadas

Cyberpunk prometia ser o maior e mais ambicioso da CD Projekt RED. Parecia impossível dar errado, afinal esses caras haviam entregado o ótimo The Witcher 3 pouco antes e Cyberpunk 2077 estava em produção ainda antes da geração Playstation 5 ser oficialmente lançada. Os produtores inclusive se gabavam de que o mapa de jogo seria uma escala jamais vista antes.

Entretanto foi os jogadores colocar o game para rodar que a decepção começou: no geral parecia um game não terminado, com muitos bugs e mal acabamento. O título até se encerrava sozinho durante a jogatina, carros caiam do céu ou explodiam e os NPCs pareciam realmente burros. A crítica da IGN disse que o game é injogável e indesculpável vindo do mesmo estúdio de The Witcher 3. A Sony ficou tão aborrecida com as reclamações e as insistentes solicitações de reembolso que decidiram retirar o game da loja do Playstation.

 

Watch Dogs ensina que demo é demo e jogo é jogo

Quando um trailer parece bom demais pra ser verdade fique alerta! Se Killzone já se mostrou um desastre e Dead Island foi traumaticamente ruim em comparação ao que o trailer prometia, nada pode ter sido mais decepcionante do que comparar a primeira aparição em 2012 de Watch Dogs com o que foi lançado um ano depois.

A impressão que a primeira aparição deu foi que se tratava de um jogo de nova geração, fotorrealista, com uma mecânica nova e uma cidade vibrante. O que foi lançado não estava nem perto do que foi anunciado, tão pouco de ser um jogo de nova geração. Os gráficos eram bem simples e a jogabilidade estava abaixo até mesmo de GTA IV. Tal como ocorreu com Cyberpunk 2077, muita gente pediu reembolso, mas muitas lojas negaram, uma vez que o jogo era de fato funcional.

 

Mortal Kombat e o selo de classificação

Se hoje em dia existe um órgão de classificação de jogos eletrônicos, você pode (e deve) botar a culpa em Mortal Kombat. Em uma época em que os jogos tentavam ser o mais fofos possíveis, MK continha fatalidades e mortes impiedosas em lutas viscerais. Em 1993, o Congresso dos EUA convocou uma audiência para debater o tema da violência nos videogames, onde muitas autoridades disseram que games do título deviam ser banidos e seus produtores passar um tempo na prisão. Até mesmo Ed-Boom, produtor do game concordou que não deixaria seu filho menor ter acesso ao game.

Seguido dessa polêmica, Mortal Kombat se viu proibido de chegar em alguns países, enquanto que em outros ele teve de ser censurado. Notoriamente a versão de SNES trocou a cor do sangue dos personagens. A polêmica acabou ajudando a franquia de certo modo, pois a fama rendeu muito lucro, mas não há como negar que MK 2 foi o grande divisor de águas quando se fala de videogames e violência.

 

Doom e o Massacre de Columbine

Já contamos essa história uma vez, mas vale a pena relembrar essa polêmica: em 1999 dois adolescentes entraram armados até os dentes e atiraram contra seus colegas de escola e professores, ceifando a vida de 12 pessoas antes de cometerem suicídio. Na época o episódio foi visto como a maior tragédia envolvendo armas de fogo em solo americano.

Quando a polícia investigou o passado dos alunos, descobriram que ambos eram viciados em Doom, tendo até mesmo criado uma versão da escola no jogo. Pronto, a confusão estava armada. Associações de pais e a mídia logo apontaram os videogames como os responsáveis pela carnificina. Quanto mais investigavam Doom, mais parecia que o jogo era um elaborado plano para desvirtuar os jovens americanos, desde os símbolos nazistas até os portais que traziam demônios. Tal como ocorreu com Mortal Kombat, Doom teve de passar pelo crivo da justiça, pois diversos pais dealgumas das vítimas processaram os produtores do game, mas sem sucesso.

John Romero, criador de DOOM, vem ao Brasil para participar da BGS 2019

Se você é fã de jogos de tiro, certamente já ouviu falar de John Romero, afinal é ele a mente por trás dos icônicos Doom, Wolfestein 3D e Quake, dois dos jogos mais influentes de todos os tempos. Pois bem, o “pai” dos jogos de tiro em primeira pessoa virá ao Brasil pela primeira vez para participar da Brasil Game Show 2019, a maior feira de jogos eletrônicos da América Latina, que acontece entre  9 e 13 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Romero virá ao evento para cumprir uma série de atividades com seus os fãs, como sessões de fotos e autógrafos na área gratuita de meet & greet, apresentações no BGS Talks, onde revelará aos fãs curiosidades de sua carreira, participação como jurado de concursos de cosplay e  painel no BGS Summit, atração criada em 2018, voltada para profissionais do mercado de jogos eletrônicos. Além disso, Romero será um dos grandes homenageados da BGS 2019, onde deixará a marca de suas mãos gravadas no Wall of Fame e receberá o prêmio Lifetime Achievement Award.

“John Romero é uma das mentes mais brilhantes da indústria de games, por sua capacidade de inovar e se reinventar. Sua trajetória é inspiradora, tanto para aqueles que jogam quanto para os que desejam trabalhar no setor”, disse Marcelo Tavares, CEO e fundador da BGS. “Lembro que ia para lan houses jogar Doom com os amigos. Depois, um dos jogos que mais curti foi Quake. Será uma honra ter Romero na BGS deste ano. Como eu, tenho certeza que milhares de fãs vibrarão com sua presença. Estou ansioso por promover e testemunhar esse encontro”.

Além de John Romero, a organização da BGS também já confirmou a participação de Charles Martinet, dublador de Mario, icônico personagem da Nintendo, e Shota Nakama, criador da Video Game Orchestra, que, pela primeira vez, trará sua banda para o Brasil. Para mais informações sobre a Brasil Game Show, acesse o site oficial do evento.

 

Serviço – BGS 2019

Quando: 09 a 13 de outubro (1º dia exclusivo para imprensa e negócios)

Onde: Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo/SP

E3 2018 – Bethesda aposta em Rage 2, Wolfstein e o bombástico Elder Scrolls VI

Uma das conferências mais aguardadas neste ano era a da Bethesda, afinal muitos rumores indicavam um novo capítulo de Elder Scrolls, além das prováveis surpresas que a empresa poderia trazer. A conferência começou um pouco mais desanimada do que o esperado, porém foi numa crescente incrível.

Confira o resumo do que de  melhor aconteceu na apresentação da Bethesda na E3 2018:

Rage 2 ganha novo trailer

A primeira coisa a ser revelada foi Rage 2. O game não era exatamente uma surpresa, visto que o Walmart já havia vazado a informação (como bem lembrou a Bethesda em sua apresentação). O game conta com um mundo aberto caótico, onde os jogadores vivenciam um ambiente de puro medo e ódio. O trailer não revela muito, mas mostra um Walker e paisagens devastadas. Ao que parece haverá muita explosão e um ambiente desolador. A produtora confirmou Rage 2 para 2019.

Doom Eternal será o novo capítulo da saga infernal

Na esteira do sucesso de Doom (2016), surge Eternal. A sequência foi confirmada com um trailer que mostra um ambiente infernal e repleto de monstros. Infelizmente não havia nada em tempo real, nem detalhes adicionais, contudo a produtora disse que os jogadores enfrentarão o dobro dos inimigos do game anterior. Ficou prometido que o primeiro vídeo gameplay sai na QuakeCon em meados de Agosto.

Relembrar é viver

Para quem curte relançamentos, a Bethesda não esqueceu de seu jogo de cartas The Elder Scrolls: Legends. Para quem não conhece, o game teve versões para PC e smartphones há poucos meses. O relançamento é para PC, Xbox One e PS4. De acordo com a Bethesda, os jogadores podem esperar por novas mecânicas de jogo e um game que faz jus a sua franquia mais amada, mesmo sendo um spin-off.

E já que a pauta da vez eram relançamentos, a produtora decidiu lembrar de Prey, o jogo de ação em 1º pessoa. O game chegou a receber um reboot no ano passado. O título recebeu neste domingo (10) uma atualização gratuita chamada Mooncrash. Sabemos que o pacote inclui uma nova campanha , o modo new game plus e um modo de sobrevivência.

Fallout 76 ganha primeiros detalhes

Chegou a hora de mostrar Fallout 76. O game recebeu um novo trailer gameplay que serve para revelar um pouco mais dos ambientes que os jogadores encontrarão. Sabe-se que a aventura se passa em West Virginia, EUA, e que os jogadores devem descobrir segredos escondidos pelo governo. Conforme previamente divulgado, o jogo serve como prequela dos acontecimentos dos jogos anteriores.

Outro detalhe importante: Fallout 76 é voltado para a jogatina online, ou seja, todos os personagens e monstros encontrados são controlados por outros jogadores. De acordo com a produtora, você até pode jogar sozinho, porém muito da diversão é construir uma base com outros jogadores, unir-se a um grupo de amigos para derrotar criaturas maiores e trabalhar junto para acabar com ataques de jogadores rivais. O lançamento está programado para 14 de novembro de 2018.

Wolfstein Youngblood é anunciado

A Bethesda também aposta suas fichas na saga anti-nazismo. De acordo com o anúncio, o game vai mostrar um pouco mais do passado dos irmãos Blazkowicz. Wolfenstein Youngblood levará os jogadores até Paris dos anos 80. Outra informação prévia é que o foco será na cooperação, ainda que possa ser jogado online. Como a empresa não divulgou mais detalhes, a comunidade conjectura que a mecânica possa ser semelhante a Army of Two. O lançamento será em algum momento de 2019, ainda sem plataformas definidas.

Elder Scrolls VI está em produção

Antes de finalizar a conferência havia um sentimento de insatisfação no ar. Todos esperavam algo sobre Elder Scrolls. Atendendo os desejos da galera, a empresa começou a falar sobre The Elder Scrolls: Blades. O título é para mobile e deve seguir o mesmo esquema aventuresco dos jogos grandes. Além disso, o jogo apresenta gráficos impressionantes para mobile e também terá compatibilidade com o VR. Espera-se um lançamento para PCs e consoles no futuro.

Quase no final da conferência a Bethesda anunciou uma nova IP chamada Starfield, mas não deu qualquer detalhe de como ele será, além de que será lançado para as próximas plataformas a serem desenvolvidas.

De repente um silêncio tomou conta do público quando os executivos mencionaram a franquia Elder Scrolls. Sim, o sexto game está em produção e deve ser ainda maior que Skyrim. Infelizmente o game também será lançado apenas para a próxima geração de videogames. Pelo menos o teaser serviu para mostrar que ele está em produção.