QUByte Connect 2024: novos jogos, parcerias e lançamentos imperdíveis

A QUByte Interactive realizará o evento digital anual QUByte Connect em 31 de outubro, às 17h (BRT), trazendo uma série de novidades para o setor de games. Sob apresentação de Rodrigo Coelho, o evento vai revelar datas de lançamento, novos títulos e atualizações exclusivas, com destaque para lançamentos aguardados e parcerias estratégicas.

Entre os principais anúncios, a QUByte revelará Blades & Battles, um jogo de ação em estilo beat’em up, ambientado em um universo de fantasia onde o jogador enfrenta forças malignas para resgatar o mago Merlin. Outro destaque é Rage of the Dragons NEO, um clássico dos arcades que chega ao mercado em 14 de novembro com versões atualizadas para diversas plataformas, incluindo PC, Playstation, Xbox e Nintendo Switch. O título promete uma experiência nostálgica com mecânicas modernas.

A empresa também destaca o lançamento de Hannah, desenvolvido em parceria com o estúdio mexicano Spaceboy, trazendo uma narrativa reflexiva em um universo retrô surreal. O jogo explora a infância da protagonista, unindo desafios de plataforma e quebra-cabeça.

A QUByte anuncia ainda parcerias com a Kiloo e a Atari. Com a Kiloo, lançou recentemente o jogo MetroLand, enquanto com a Atari, trará a coleção Accolade Sports Collection, reunindo cinco clássicos de esportes com novas funcionalidades.

Outros títulos em destaque no evento incluem o jogo de horror Saborus, o clássico de plataforma Glover, e Extinction Rifts, jogo de tiro original da QUByte. Para mais informações, acesse o site oficial da empresa.

Review: Mars 2120 é um bom jogo, mas expõe as dificuldades de desenvolver jogos

Mars 2120 é um jogo no estilo metroidvania desenvolvido pelo estúdio brasileiro QUBYTE Interactive, lançado em agosto de 2024 para Steam, PS4, PS5, Nintendo Switch, Xbox One e Series X|S.

Em Mars 2120, o jogador assume o papel da Sargento Anna “Thirteen” Charlotte, enviada para Marte para responder a um misterioso chamado. Ao chegar, ela se depara com uma colônia dominada por inimigos e precisa descobrir o que está acontecendo. Grande parte da trama de Mars é contada através de audio-logs, então encontrá-los é essencial para compreender mais sobre o universo do jogo.

O jogo rapidamente dá controle total ao jogador, que já começa com o pulo duplo, o que torna a exploração, um elemento crucial em metroidvania, bastante agradável. A exploração é dividida em diferentes áreas, com biomas que são fundamentais para aumentar o desafio do jogo. Na área de gelo, por exemplo, qualquer descuido pode resultar em congelamento ou até mesmo morte. É um jogo que sabe punir o jogador: cair em abismos pode significar o fim da exploração, portanto, salvar o progresso em cada ponto de salvamento é crucial.

Em Mars, o combate é dividido entre tiros e ataques corpo a corpo. Alguns inimigos morrem mais rapidamente no combate físico, enquanto outros resistem mais. Cabe ao jogador identificar isso durante a jogatina e planejar a melhor forma de derrotar os inimigos. Habilidades e melhorias podem ser encontradas ao longo da jornada, aprimorando esses aspectos. O sistema de upgrade está vinculado ao acúmulo de experiência obtida no mapa ou derrotando inimigos. No entanto, além de ter os pontos necessários para “comprar” as melhorias, o jogador precisa encontrá-las no mapa, o que incentiva a exploração e a revisita de áreas já exploradas com o uso de habilidades adquiridas posteriormente. Esses elementos são o que tornam o gênero metroidvania interessante, e Mars faz isso muito bem.

Ao longo do jogo, o jogador encontra diversos tipos de tiros que também funcionam como chaves para abrir portas ou acionar botões. No que diz respeito às mecânicas, algo que incomodou foi a necessidade de mirar com o segundo analógico, semelhante ao jogo quase esquecido Shadow Complex. Inclusive, se a memória não falha, o desenvolvedor mencionou na BGS 2023 que esse jogo foi uma das inspirações nesse aspecto. É bastante trabalhoso acertar um inimigo com o analógico, devido a uma certa imprecisão no comando. Andar, atirar, esquivar e trocar de tipo de tiro durante o combate com múltiplos inimigos tornou-se algo burocrático. No entanto, a opção de mira automática, disponível nas configurações de acessibilidade, ajudou a contornar essa dificuldade.

Mars 2120 é um jogo cheio de potencial, desde seu mapa bem desenhado, com diversos biomas que impactam diretamente a exploração e o combate, até seus chefes e a trama, que são envolventes o suficiente para prender a atenção do jogador. No entanto, aqueles que desejarem chegar ao final desta aventura terão que enfrentar situações que evidenciam as dificuldades de desenvolver um jogo, como a necessidade de tempo para polir o trabalho.

MARS 2120

Não se sabe ao certo se o estúdio teve tempo para melhorar as animações. Sabe-se que houve a transição da Unreal para Unity, de acordo com o documentário divulgado (inserir link), mas o que se vê no jogo demonstra essa carência. Isso pode prejudicar a experiência, causando estranheza. Muitas das animações são desengonçadas; é possível entender o que o personagem está fazendo, mas a execução não é das melhores. Comparando com a versão testada na BGS 2023, o jogo final está bem melhor, e ele vem recebendo atualizações que estão melhorando a experiência. Contudo, os pontos que fazem dele um jogo mediano ainda estão presentes. Vale lembrar que se trata de um jogo de baixo orçamento, e seu preço reflete isso: R$59,90 em todas as plataformas. A jornada leva cerca de 6 horas, e o jogo está legendado e dublado em português brasileiro.

Desenvolver jogos nunca foi uma tarefa fácil. As dificuldades variam entre animações, design de níveis, enredo, programação, engine gráfica, marketing e, claro, polimento e otimização. Esses dois últimos tópicos são muito comentados atualmente: se um jogo apresenta quedas de desempenho ou bugs, é comum culpá-los. O que poucos sabem é que são raros os jogos que têm o luxo de serem lançados com um bom polimento.

 

Casos como Zelda: Tears of the Kingdom, onde a Nintendo reservou um ano apenas para otimizar o jogo para o Switch, ou Baldur’s Gate 3, que entrou em Early Access e conseguiu um impacto significativo, são exceções, mesmo no cenário dos jogos AAA. Comparar um jogo indie, feito com dedicação por uma equipe pequena, com esses gigantes não faz sentido, mas evidencia a diferença entre um jogo indie de baixo orçamento e os colossos da indústria. Ao considerar esses fatores, a nota atribuída ao jogo reflete uma análise justa de um título que levou cinco anos para ser desenvolvido.

Há muita expectativa para o próximo trabalho da QUBYTE. O estúdio demonstrou competência, e certamente Mars 2120 foi uma experiência que trouxe aprendizados valiosos para o futuro, permitindo que evoluam em projetos ainda melhores. O título está disponível na Steam.

Nota: 7

Texto por: Victor Cândido

Extinction Rifts: novo jogo da QUByte Interactive inicia testes com jogadores

A desenvolvedora e publicadora brasileira QUByte Interactive deu início à fase de playtest fechado de seu mais novo jogo, Extinction Rifts. Este momento crucial no desenvolvimento do jogo marca a oportunidade de coletar valiosos feedbacks dos jogadores, permitindo à equipe de desenvolvimento ajustar e refinar a experiência antes do lançamento oficial.

Extinction Rifts é um shooter em primeira pessoa que resgata a essência dos clássicos jogos de tiro do Playstation 1, com um ritmo frenético e desafios que exigem precisão e agilidade. Os jogadores são incentivados a alcançar o maior combo possível em cada fase, combinando tiros certeiros, uso estratégico de itens especiais e o devastador Adreno-Gauntlet, um soco poderoso que pode virar o jogo a seu favor.

Uma História de Sobrevivência em um Futuro Distópico

A trama de Extinction Rifts se passa em um futuro onde a humanidade é ameaçada por misteriosos monólitos que surgiram repentinamente na Terra. A presença desses artefatos gerou pânico e especulações sobre sua origem e propósito. Em meio ao caos, um grupo terrorista paramilitar conhecido como Novo Mundo assume o controle de cinco desses monólitos, planejando usá-los para uma agenda sombria: a extinção seletiva da raça humana.

O jogador, equipado com o poderoso Adreno-Gauntlet, é o último bastião da resistência, encarregado de destruir os monólitos e salvar a humanidade da aniquilação. A missão é intensa e exige que o jogador navegue por ambientes hostis, enfrentando inimigos perigosos em busca de sucesso.

O Processo de Playtest: Como Participar?

A fase de playtest fechado de Extinction Rifts está aberta para inscrições até o dia 2 de setembro. Os interessados devem preencher um formulário disponibilizado pela QUByte Interactive. Aqueles que forem selecionados receberão uma chave de acesso ao jogo e instruções detalhadas sobre como participar. O feedback será coletado principalmente via Discord, onde os jogadores poderão compartilhar suas impressões e discutir o desenvolvimento do jogo diretamente com a equipe. Além disso, mesmo os não selecionados poderão acompanhar as discussões e interagir com a comunidade de jogadores.

Essa etapa de playtest é essencial para garantir que Extinction Rifts atenda às expectativas dos jogadores, oferecendo uma experiência de jogo imersiva e desafiadora. A QUByte Interactive, conhecida por seu compromisso com a qualidade, promete ouvir atentamente os feedbacks e ajustar o jogo para oferecer o melhor produto final possível.

Para mais informações, acesse a página do game na Steam. Para se inscrever e ter a chance de participar desse playtest, basta acessar o link: Formulário de Inscrição.

Abaixo você confere o trailer de Extinction Rifts: