Review: Silent Hill 2 Remake é o renascimento da Bloober Team e a versão definitiva desse clássico

Existem obras que possuem uma certa áurea intocável; títulos como Chrono Trigger, por exemplo, não precisam (e nem devem) ganhar remakes. No entanto, essa ideia pode cair por terra quando tudo é tão bem feito que faz o jogador parar para pensar que talvez devesse dar uma chance. E isso aconteceu com um jogo que, para muitos, era intocável.

O jogo da vez é Silent Hill 2, clássico de 2001, lançado para PlayStation 2 e, mais tarde, para o Xbox clássico. Um jogo que muda os parâmetros dos jogos de terror, trazendo uma abordagem diferente de tudo. Se no primeiro título para PlayStation 1 temos um pai atrás de uma filha, no segundo temos uma jornada totalmente pessoal, soando egoísta e cheia de camadas que renderiam inúmeros artigos. São tantas nuances, temas abordados e teorias que fazem deste jogo o favorito de muitos.

Em resumo, a sinopse de Silent Hill 2 leva os jogadores para a dolorosa jornada de James Sunderland, um rapaz que perdeu a esposa e, três anos depois, recebe uma carta escrita pela falecida, dizendo que o espera em um local especial na cidade de Silent Hill. Uma premissa que pode ser extremamente simples, mas acreditem, não é. Existem tantas camadas na motivação de James que vão de algo bonito até o absurdo e mostram como a psique humana pode se afundar em prol de algo que acreditamos fielmente.

Quando anunciado o remake, é confessado que muitos ficaram com o pé atrás, não por conta do jogo ser amado a ponto de não precisar de um remake, já que a obra tem 13 anos, o que tornaria a ideia interessante. Mas havia dúvidas se a Bloober Team, estúdio por trás de Layers of Fear, The Medium e O Jogo da Bruxa de Blair – jogos questionáveis, embora com seu público – seria capaz de abraçar a ideia e fazer o seu melhor. Alerta de spoiler: eles fizeram. Silent Hill 2 é disparado o melhor jogo deste estúdio.

Levar Silent Hill 2 para 2024 exatamente como era em 2001 é praticamente impossível. O jogo é curto para os padrões de hoje e possui mecânicas que mais atrapalham do que ajudam. Portanto, havia a necessidade de uma grande reformulação, mas aí está o perigo: como reformular sem perder a essência, sem tirar as inúmeras camadas presentes no título original? A resposta, na prática, parece fácil: deixe tudo maior, crie situações novas e afins. O jogo, de fato, faz isso, mas ainda tem o fator naturalidade, e é aí que brilha.

Silent Hill 2 traz novos lugares combinados com cenários já conhecidos, e o jogador não percebe que é algo novo. Para muitos, tudo soou natural, como se sempre tivesse sido daquele jeito, mas, se comparado com o jogo antigo, percebe-se que um jogo de 6 horas (em média) tornou-se um jogo de quase 20 horas. Sem remover nada do que faz de Silent Hill 2 um excelente jogo – inclusive de 6 finais, agora são 8, com dois inéditos – e ambos fazem sentido, soando como algo que já fazia parte do material original. A essência e a leitura de que, de fato, é Silent Hill 2 foram compreendidas, mostrando que a Bloober entendeu muito bem a obra com a qual estava lidando.

Outro aspecto importante no jogo são os combates, que aqui estão mais presentes e constantes, tornando-o mais desafiador. O jogo, agora em terceira pessoa, trabalha melhor esse quesito, pois os inimigos possuem comportamentos mais agressivos e inteligentes. Os famosos “pernas de manequins”, por exemplo, se escondem e ficam invisíveis ao rádio – item crucial que delata a presença de inimigos.

Quando eles encontram o jogador ou vice-versa, o combate não é dos mais fáceis; são inimigos que podem matar rapidamente, dependendo da dificuldade. As famosas enfermeiras também marcam presença, e lutar contra elas é bastante satisfatório. Isso faz com que o jogo ainda cause medo, mesmo que isso ocorra em combinação com uma dose elevada de ação. Essa combinação de terror e ação torna a jornada de James árdua e está atrelada à história do jogo, que é bastante dolorosa. Assim, os momentos de ação podem ser vistos como uma provação, e o jogador é constantemente colocado em situações complicadas.

A munição pode ser escassa, dependendo da forma como se joga, e o combate corpo a corpo exige um pouco de destreza, graças à mecânica de esquiva presente no jogo. Essa mecânica é crucial para escapar de ataques que podem deixar o jogador gravemente ferido ou levar à morte. No entanto, a esquiva pode falhar às vezes, muito por conta da falta de i-frames, técnica muito utilizada em jogos souls-like, onde o personagem praticamente fica invisível ao esquivar de um golpe, permitindo que a esquiva não precise ser extremamente perfeita. A falta disso acarreta na necessidade de ser extremamente preciso e pode frustrar o jogador em combates com mais de um inimigo, que é um dos pontos negativos.

O combate com mais de um inimigo não é exatamente ruim, mas precisaria ser melhor elaborado. Na parte do corpo a corpo, não existe alguma ferramenta que auxilie na visibilidade; um exemplo disso é o primeiro Hellblade, que possui o mesmo problema. A vantagem de Silent Hill está em um polimento melhor, embora isso possa tornar alguns aspectos frustrantes. A solução seria diminuir o combate e torná-los ainda mais desafiadores, embora o estado atual ainda seja divertido. Dito isso, isso fica como um ponto negativo, mas está longe de estragar toda a experiência.

Indo para as batalhas contra os chefes, Silent Hill 2 original tinha excelentes designs de monstros, mas as funcionalidades deles não eram das melhores, com animações travadas e limitações oriundas do estilo de jogo. No remake, todos os chefes que conhecemos estão lá, mas o tratamento beira a perfeição. Desde o mais insensato dos chefes, que era uma espécie de gaiola, até a icônica batalha contra Eddie, todos esses confrontos são muito mais memoráveis, desafiadores e repaginados para manter o impacto narrativo e ainda assim serem divertidos. E sim, ainda há a batalha contra dois Pyramid Heads na reta final, e ela está muito agressiva, assim como a batalha final, que também teve um tratamento melhor, tornando o confronto digno de ser o último.

Em termos gráficos, Silent Hill 2 brilha com cenários bem detalhados. Tanto em locais abertos quanto fechados, tudo é muito bem elaborado e visceral. O jogo consegue trazer a sujeira do jogo antigo e até mesmo transformar o que antes era recurso para facilitar o desenvolvimento do jogo em um elemento visual impressionante. O mesmo não se pode dizer dos modelos dos personagens; de modo geral, são bem feitos, mas longe de serem os mais belos. Embora esse jogo seja vendido a preço de AAA, não se acredita que o escopo deste jogo seja de algo tão caro quanto um Resident Evil da Capcom. Alguns aspectos visuais dos modelos dos personagens expõem um pouco isso, assim como a otimização da versão de PC não foi a melhor. Atualmente, já existem patches que melhoraram muito o jogo, mas, na semana inicial, houve diversos problemas.

O remake de Silent Hill 2 traz um trabalho sonoro digno de aplausos, tanto na parte diegética – sons ocasionados pelo mundo narrativo – quanto nos não diegéticos. O trabalho sonoro beira a perfeição. Toda essa parte ajuda na imersão desse mundo perturbado e faz com que a viagem de James, ao lado do jogador, seja ainda mais densa. Apesar de todo o trabalho ser extremamente lapidado, um dos elementos mais importantes e interessantes está justamente onde não existe som: o silêncio.

Akira Yamaoka - Silent Hill

O silêncio em Silent Hill traz um sentimento único de solidão, melancolia e aflição. O jogador que estiver imerso nesse jogo irá presenciar algo único que também existia no jogo original, mas aqui está mais acentuado e cumpre perfeitamente o papel de passar exatamente o que James está sentindo em sua caminhada. Ficar horas e horas vagando por cômodos de um hotel ou hospital sem ouvir nada, apenas os próprios passos, respiração e uma sensação de que está sendo observado, traz diversos sentimentos ao jogador e, quando não, sustos. Tudo isso está muito bem amarrado ao trabalho de Akira Yamaoka.

Akira Yamaoka está de volta e traz reformulações de trilhas já conhecidas, além de músicas novas que vão de encontro ao sentido do remake. Percebe-se que a ideia foi trazer seu novo “eu” para o jogo, um Yamaoka ainda mais maduro, com uma nova visão de mundo. Tudo se encaixa perfeitamente, tornando esse trabalho um dos melhores do lendário compositor.

Maria Silent Hill

Versão Definitiva?

Confessa-se que não há motivos para jogar o jogo antigo, não porque está datado, mas sim porque este traz a essência e todo o cerne do jogo clássico, melhorando em diversos pontos. Apesar de existirem falhas, como a fórmula de puzzles e a estrutura das fases serem repetitivas, além da remoção de alguns puzzles do original e o combate com múltiplos inimigos ter pequenas falhas, o fato de tudo isso estar a serviço de um título que faz uma nova abordagem, tanto na narrativa quanto no gameplay, é digno de aplausos. A experiência faz o jogador se sentir parte da jornada de James e, quando o fim chega, o peso das consequências, o que os personagens fizeram ou não, traz um sentimento de frustração e dor.

Por isso, a sensação é de que o remake de Silent Hill 2 é, sim, a versão definitiva deste clássico, uma nova experiência que não apaga a original, mas que consegue ir além. O remake está em todos os consoles atuais e é um jogo de terror essencial para quem gosta do gênero. As expectativas se confirmaram e, agora, espera-se que esse título faça a série renascer e não morra novamente nas mãos de uma empresa que não sabe o que fazer com seu legado. Além de PS5, o game está disponível na Steam.

Texto por: Victor Candido

Revisão por: Luiz Silva

Lançamento de “Refind Self: The Personality Test Game” promete revelar sua personalidade através do Nintendo Switch

A proposta de usar jogos como forma de explorar a personalidade humana ganha novo fôlego com o lançamento de Refind Self: The Personality Test Game, da desenvolvedora japonesa Lizardry. O título, que combina elementos de aventura e ciência de dados, chegou nesta quinta-feira, 4 de outubro de 2024, ao Nintendo Switch, além de já estar disponível para PC (via Steam) e dispositivos móveis (Android e iOS).

O jogo não é apenas mais uma aventura eletrônica: ele convida o jogador a mergulhar em uma experiência introspectiva, onde as escolhas e ações feitas no jogo são analisadas para traçar um perfil de personalidade. Ao longo de três partidas, que duram cerca de uma hora cada, o jogador recebe um teste detalhado que promete revelar traços profundos de sua personalidade com base nas decisões tomadas durante a exploração.

A Jornada do Android: uma história de memórias e propósito

No enredo de Refind Self, o jogador assume o papel de um androide que explora um mundo habitado por robôs de diferentes funções. A narrativa se desenrola a partir de uma cena no túmulo do Doutor, o criador do androide. A partir desse ponto, o personagem revisita locais repletos de memórias do Doutor, enquanto interage com outros robôs e busca entender o legado que seu criador deixou e a missão que lhe foi designada. A combinação de ciência de dados e história emotiva diferencia o jogo ao entregar uma experiência envolvente e pessoal.

A história de autodescoberta proposta pelo jogo é acompanhada por uma série de interações e decisões que ajudam a moldar o caminho e as conclusões que o jogador alcançará ao fim da jornada. A Lizardry apostou em uma narrativa simples, mas carregada de significado, que se aprofunda à medida que o jogador avança, revelando não apenas o destino do androide, mas também revelações sobre quem está segurando o controle.

Conexão e comparação entre plataformas

Uma das novidades da versão de Refind Self para o Nintendo Switch é a inclusão de recursos que facilitam o compartilhamento de resultados dos testes de personalidade entre jogadores. Agora, é possível comparar os dados com amigos e outros jogadores de diferentes plataformas, como Steam e dispositivos móveis, por meio de um sistema de IDs. Essa funcionalidade será incorporada nas outras versões do jogo em atualizações futuras, aumentando ainda mais a interação entre jogadores.

Os jogadores que já estão familiarizados com o trabalho da Lizardry podem aproveitar uma promoção especial: quem comprou o título anterior do estúdio, 7 Days to End with You, recebe um desconto adicional de 20% na compra de Refind Self. Além disso, o jogo está com 10% de desconto na Nintendo eShop até o dia 9 de outubro de 2024, um incentivo para quem deseja experimentar a novidade no console da Nintendo.

Outra novidade importante é a recente atualização do jogo para Steam e dispositivos móveis, ocorrida em 1º de outubro, que trouxe suporte a quatro novos idiomas: francês, italiano, alemão e espanhol. Isso reflete o esforço da desenvolvedora em ampliar o alcance de sua obra, possibilitando que jogadores de diferentes partes da Europa também participem dessa jornada introspectiva e compartilhem seus resultados. Para celebrar essa expansão, a versão de Steam está em promoção com 30% de desconto até o dia 8 de outubro, às 10h (PDT).

Explorando a relação entre o jogo e a personalidade

A ideia de que os jogos podem refletir a personalidade de quem joga não é nova, mas Refind Self leva esse conceito a um novo patamar. Ao integrar ciência de dados à mecânica do jogo, a Lizardry criou um ambiente no qual as decisões do jogador são analisadas e convertidas em um perfil psicológico detalhado. Essa inovação promete atrair tanto jogadores casuais quanto aqueles interessados em ferramentas de autoconhecimento.

No atual cenário dos games, onde o foco muitas vezes está em gráficos realistas ou mecânicas complexas, Refind Self se destaca por sua proposta diferenciada. O título oferece uma experiência mais reflexiva, convidando o jogador a se desconectar da rotina acelerada e embarcar em uma jornada de autodescoberta.

Com essa combinação de elementos, o lançamento de Refind Self: The Personality Test Game não só amplia o portfólio da Lizardry, como também reforça a ideia de que jogos podem ser ferramentas poderosas para entender melhor a si mesmo. Quem procura uma experiência diferente, que vai além da diversão superficial, tem uma ótima oportunidade de explorar novas camadas de sua própria personalidade enquanto desvenda o enigmático mundo dos robôs.

Abaixo tem o trailer de Refind Self:

Review: Gestalt: Steam & Cinder – Apesar de alguns tropeços, é um metroidvania divertido que vale o seu tempo

Desenvolvido pela Metamorphosis Games, Gestalt: Steam & Cinder foi lançado no dia 16 de julho para todas as plataformas. Esse é o primeiro jogo do estúdio e já deixo claro que é um bom acerto. Gestalt: Steam & Cinder é um jogo do gênero “busca e ação”, também conhecido como metroidvania, onde o jogador explora um vasto mapa dividido em diferentes áreas e pode, ou até mesmo deve, revisitar as áreas para encontrar segredos e prosseguir no jogo. Os mais famosos do estilo são Castlevania: Symphony of the Night e Super Metroid.

Em Gestalt você joga com Aletheia, personagem que deve explorar a cidade de Canaan em um mundo ao estilo steampunk onde o vapor é a principal fonte de energia e dá vida a autômatos, um dos principais inimigos do jogo. A trama logo de cara mostra um mundo recheado de informações sobre a sua construção e apresenta diversos personagens.

O início do jogo tenta situar o jogador com uma trama que ocorre 200 anos antes de tudo, mostrando a preocupação em fazer o jogador entender todos os detalhes deste jogo. Tudo traduzido para o português, com texto muito bem trabalhado.

À medida que o jogador avança, a história se desdobra e não foca somente no que está acontecendo com a protagonista, revelando diversos eventos com outros personagens. O jogador pode se sentir confuso e isso quebra o ritmo, mas quando tudo vem à tona percebe que estamos diante de uma trama que precisava ser contada da forma que é para entregar ao jogador algo rico em detalhes.

Apesar de que muitas vezes o jogador pode apenas querer prosseguir e ignorar a enxurrada de textos, então, de certa forma, a decisão tem boas intenções, mas não foi a melhor forma de executar.

Além dos objetivos principais, Gestalt não poupa o jogador de missões secundárias. Quase todos os NPCs do jogo vão te dar alguma tarefa, algumas muito bem recompensadas, outras nem tanto. Da mesma forma, algumas são mais chatas de fazer do que outras.

Gestalt

Jogabilidade faz um bom feijão com arroz

Aletheia é uma protagonista que usa espada e uma pistola. A espada causa bastante dano e a pistola serve para quebrar a postura do inimigo, uma barra verde que fica acima da barra vermelha de vida. Quando ela se esgota, o inimigo fica tonto, abrindo uma janela para o jogador se aproveitar da situação.

Em chefes é crucial conseguir quebrar essa barra. O segundo chefe do jogo, Einherjar Enfurecido, fica extremamente fácil quando você decora o seu conjunto de movimentos e foca em quebrar a sua barra.

De início parece algo bastante limitado, mas você se surpreende quando começa a progredir, pois o jogador está inserido em um vasto sistema de RPG onde a progressão sempre o deixará mais forte, com diversas habilidades novas e atributos que são aumentados constantemente.

Gestalt

A árvore de habilidades possui muitas coisas para se comprar e elas expandem consideravelmente a experiência no combate e exploração do jogador.

A exploração segue o padrão do estilo de jogo, você terá áreas que vão precisar ser revisitadas, mas somente quando tiver alguma chave ou habilidade para alcançar tal lugar e revisitar sempre trará boas recompensas, além de ajudar no fortalecimento da personagem.

Mas o jogador irá perceber que existe uma certa linearidade, o jogo não permite explorar as áreas na ordem em que você quiser, mas isso está bastante atrelado à narrativa do jogo, que segue uma ordem de eventos.

 

O belíssimo mundo em pixel art

Gestalt é um jogo que simula a experiência de 16/32 bits inteiramente em pixel art. Desde animações até a elaboração dos cenários, tudo é belo e bem desenhado. As diferentes áreas do jogo são ricas em detalhes e os modelos dos personagens e inimigos são cativantes. Pixel art é algo muito trabalhoso e ver um jogo bem desenhado sempre é uma experiência incrível.

Um dos pontos fortes da parte visual é a proporção dos desenhos. Cenários, personagens e inimigos possuem uma incrível estética, mostrando que não pouparam esforços em fazer deste trabalho uma referência no assunto.

Gestalt

Conclusão: Gestalt é uma pizza dos videogames

Pizza, até quando ruim, é algo bom, e metroidvanias têm essa vibe.

Gestalt não é ruim, muito pelo contrário, mas também não é excelente. Dadas as diversas circunstâncias e o conjunto da obra, é fácil recomendá-lo. É um jogo divertido, que cativa pelo visual, tem uma boa jogabilidade e junta isso a uma trama riquíssima. Alguns vacilos existem, como a quebra de ritmo que ocorre algumas vezes, o combate muitas vezes é simplificado e o jogo carece de uma grande dificuldade, mas de certa forma isso é bom, uma vez que ultimamente o estilo de jogo vem sendo bombardeado de jogos difíceis.

Sua campanha não é das maiores, tem cerca de cinco horas, mas também há o que fazer fora a campanha. Você pode concluí-la e deixar os extras como um “end game”, o que certamente irá expandir a experiência. O jogo deixa um gostinho de quero mais e tem muito espaço para isso. Gestalt já está disponível na Steam.

Nota: 8

(Obs: Jogo testado em PC, com especificações processador Ryzen 5 3600, placa de vídeo RTX 3060 e 16 GB de memória RAM. Chave do jogo cedida pela editora Jesus Fabre)

Texto por: Victor Cândido