“Undivine” promete uma jornada sombria e desafiadora em novo metroidvania com toques de RPG

Exploração, combate e mistério se unem em “Undivine”, novo título indie que aposta em uma ambientação sombria e um mundo repleto de segredos. Inspirado nos clássicos do gênero metroidvania, o jogo entrega uma experiência não linear, em que o jogador decide como e quando avançar, enquanto mergulha em uma narrativa envolvente e cheia de nuances.

No controle de um personagem enigmático conhecido apenas como “o viajante”, o jogador chega a uma vila marcada pela tragédia. Um enorme abismo surgiu no centro do vilarejo e engoliu boa parte da população. Sem respostas e com poucos sobreviventes, resta apenas descer ao desconhecido. A partir daí, se abre um vasto mundo subterrâneo, interconectado e recheado de perigos, onde cada passo pode revelar um novo fragmento da história ou despertar um inimigo letal.

“Undivine” investe em uma jogabilidade dinâmica, baseada em combates rápidos e personalização profunda. Relíquias místicas, espadas, armaduras e acessórios influenciam diretamente o estilo de jogo, permitindo combinações variadas de ataques e habilidades. O jogador também conta com um sistema de talentos que permite evoluir em áreas como alquimia, demonologia e cartografia, o que traz ainda mais profundidade ao desenvolvimento do personagem.

Apesar de apresentar um caminho principal, boa parte do conteúdo é opcional, recompensando os mais curiosos com itens únicos, missões secundárias e até referências a clássicos que inspiraram o título. São mais de 30 colecionáveis que ampliam a lore e oferecem recompensas para os mais atentos.

Com diferentes níveis de dificuldade e um sistema de progressão que respeita o ritmo do jogador, “Undivine” promete agradar tanto veteranos quanto novatos no gênero. A promessa é de uma experiência densa, onde cada escolha molda a jornada em um universo que mistura fantasia sombria, liberdade de exploração e desafios constantes. Para mais informações, acesse a página do game na Steam.

Abaixo tem o trailer de Undivine:

Simulador de renovação esportiva “Sports: Renovations” chega em março para consoles e PC

Os fãs de simulação e esportes têm um novo jogo no radar: “Sports: Renovations”, desenvolvido pela polonesa Goat Gamez e publicado pela francesa Dear Villagers, será lançado no dia 27 de março para PC (Steam), PlayStation 5 e Xbox Series. No título, os jogadores assumem a missão de salvar a antiga quadra de basquete da cidade natal, ameaçada de demolição por uma corporação imobiliária. Para isso, será necessário restaurar instalações esportivas degradadas e transformá-las em espaços modernos e funcionais.

O jogo combina simulação e narrativa, desafiando os jogadores a recuperar a glória de locais esportivos esquecidos, como ginásios e campos. Equipados com uma variedade de ferramentas que podem ser aprimoradas ao longo da jornada, os jogadores devem limpar, consertar e redesenhar esses espaços, trazendo à tona memórias de antigas competições e esperanças para futuros atletas.

Além das reformas, o jogo inclui missões secundárias e elementos de personalização. É possível decorar a base de operações — uma quadra de basquete abandonada — com itens cosméticos, além de organizar cada espaço com criatividade para garantir funcionalidade e estilo. O jogador também poderá expandir sua sede, desbloqueando novos cômodos que oferecem vantagens e desafios adicionais.

Destaques do Jogo:

 

        • Renovação de locais esportivos deteriorados;
        • Narrativa envolvente com missões principais e secundárias;
        • Personalização e aprimoramento de ferramentas e equipamentos;
        • Decoração de ambientes com itens cosméticos;
        • Vitrine de Troféus, onde recordações esportivas podem ser exibidas;
        • Opção de registrar o “antes e depois” de cada renovação.

“Sports: Renovations” promete unir trabalho duro e design criativo, permitindo aos jogadores explorar sua imaginação enquanto devolvem vida a espaços esportivos icônicos. Um trailer com detalhes do jogo já está disponível, e os interessados podem solicitar códigos para teste. Prepare-se para mergulhar nessa jornada nostálgica e revitalizar o cenário esportivo virtual.

Abaixo tem o trailer de Sports: Renovations:

Review: Gestalt: Steam & Cinder – Apesar de alguns tropeços, é um metroidvania divertido que vale o seu tempo

Desenvolvido pela Metamorphosis Games, Gestalt: Steam & Cinder foi lançado no dia 16 de julho para todas as plataformas. Esse é o primeiro jogo do estúdio e já deixo claro que é um bom acerto. Gestalt: Steam & Cinder é um jogo do gênero “busca e ação”, também conhecido como metroidvania, onde o jogador explora um vasto mapa dividido em diferentes áreas e pode, ou até mesmo deve, revisitar as áreas para encontrar segredos e prosseguir no jogo. Os mais famosos do estilo são Castlevania: Symphony of the Night e Super Metroid.

Em Gestalt você joga com Aletheia, personagem que deve explorar a cidade de Canaan em um mundo ao estilo steampunk onde o vapor é a principal fonte de energia e dá vida a autômatos, um dos principais inimigos do jogo. A trama logo de cara mostra um mundo recheado de informações sobre a sua construção e apresenta diversos personagens.

O início do jogo tenta situar o jogador com uma trama que ocorre 200 anos antes de tudo, mostrando a preocupação em fazer o jogador entender todos os detalhes deste jogo. Tudo traduzido para o português, com texto muito bem trabalhado.

À medida que o jogador avança, a história se desdobra e não foca somente no que está acontecendo com a protagonista, revelando diversos eventos com outros personagens. O jogador pode se sentir confuso e isso quebra o ritmo, mas quando tudo vem à tona percebe que estamos diante de uma trama que precisava ser contada da forma que é para entregar ao jogador algo rico em detalhes.

Apesar de que muitas vezes o jogador pode apenas querer prosseguir e ignorar a enxurrada de textos, então, de certa forma, a decisão tem boas intenções, mas não foi a melhor forma de executar.

Além dos objetivos principais, Gestalt não poupa o jogador de missões secundárias. Quase todos os NPCs do jogo vão te dar alguma tarefa, algumas muito bem recompensadas, outras nem tanto. Da mesma forma, algumas são mais chatas de fazer do que outras.

Gestalt

Jogabilidade faz um bom feijão com arroz

Aletheia é uma protagonista que usa espada e uma pistola. A espada causa bastante dano e a pistola serve para quebrar a postura do inimigo, uma barra verde que fica acima da barra vermelha de vida. Quando ela se esgota, o inimigo fica tonto, abrindo uma janela para o jogador se aproveitar da situação.

Em chefes é crucial conseguir quebrar essa barra. O segundo chefe do jogo, Einherjar Enfurecido, fica extremamente fácil quando você decora o seu conjunto de movimentos e foca em quebrar a sua barra.

De início parece algo bastante limitado, mas você se surpreende quando começa a progredir, pois o jogador está inserido em um vasto sistema de RPG onde a progressão sempre o deixará mais forte, com diversas habilidades novas e atributos que são aumentados constantemente.

Gestalt

A árvore de habilidades possui muitas coisas para se comprar e elas expandem consideravelmente a experiência no combate e exploração do jogador.

A exploração segue o padrão do estilo de jogo, você terá áreas que vão precisar ser revisitadas, mas somente quando tiver alguma chave ou habilidade para alcançar tal lugar e revisitar sempre trará boas recompensas, além de ajudar no fortalecimento da personagem.

Mas o jogador irá perceber que existe uma certa linearidade, o jogo não permite explorar as áreas na ordem em que você quiser, mas isso está bastante atrelado à narrativa do jogo, que segue uma ordem de eventos.

 

O belíssimo mundo em pixel art

Gestalt é um jogo que simula a experiência de 16/32 bits inteiramente em pixel art. Desde animações até a elaboração dos cenários, tudo é belo e bem desenhado. As diferentes áreas do jogo são ricas em detalhes e os modelos dos personagens e inimigos são cativantes. Pixel art é algo muito trabalhoso e ver um jogo bem desenhado sempre é uma experiência incrível.

Um dos pontos fortes da parte visual é a proporção dos desenhos. Cenários, personagens e inimigos possuem uma incrível estética, mostrando que não pouparam esforços em fazer deste trabalho uma referência no assunto.

Gestalt

Conclusão: Gestalt é uma pizza dos videogames

Pizza, até quando ruim, é algo bom, e metroidvanias têm essa vibe.

Gestalt não é ruim, muito pelo contrário, mas também não é excelente. Dadas as diversas circunstâncias e o conjunto da obra, é fácil recomendá-lo. É um jogo divertido, que cativa pelo visual, tem uma boa jogabilidade e junta isso a uma trama riquíssima. Alguns vacilos existem, como a quebra de ritmo que ocorre algumas vezes, o combate muitas vezes é simplificado e o jogo carece de uma grande dificuldade, mas de certa forma isso é bom, uma vez que ultimamente o estilo de jogo vem sendo bombardeado de jogos difíceis.

Sua campanha não é das maiores, tem cerca de cinco horas, mas também há o que fazer fora a campanha. Você pode concluí-la e deixar os extras como um “end game”, o que certamente irá expandir a experiência. O jogo deixa um gostinho de quero mais e tem muito espaço para isso. Gestalt já está disponível na Steam.

Nota: 8

(Obs: Jogo testado em PC, com especificações processador Ryzen 5 3600, placa de vídeo RTX 3060 e 16 GB de memória RAM. Chave do jogo cedida pela editora Jesus Fabre)

Texto por: Victor Cândido