Extinction Rifts estreia em setembro com foco na pancadaria

A QUByte anunciou que Extinction Rifts, descrito como um “First Person Puncher”, chega em 18 de setembro para PC, Nintendo Switch, PlayStation e Xbox. O jogo aposta em combates corpo a corpo, colocando os punhos como principal arma no lugar das tradicionais balas.

Inspirado em clássicos dos anos 1990, o título traz um sistema de combos que aumenta o poder de destruição conforme o jogador avança. Entre os destaques, está o “Extinction Punch”, golpe capaz de eliminar todos os inimigos próximos de uma só vez. O game também oferece múltiplos finais, áreas secretas, ranking global com placar cruzado entre plataformas e um filtro visual que remete à era do PlayStation 1.

Top Racer Collection

Além do lançamento, a QUByte anunciou que 13 jogos de seu catálogo terão 10% de desconto permanente em compras feitas pela loja oficial, graças a uma parceria com a Xsolla. Entre eles estão Top Racer Collection, MARS 2120, Breakers Collection, Rage of the Dragons NEO e Glover.

Outro destaque é Hannah, aventura independente já disponível para Xbox e PC, com lançamento previsto para PlayStation e Switch. O jogo apresenta narrativa sombria inspirada na estética dos anos 1980 e no estilo de Tim Burton, misturando plataforma 3D e elementos emocionais.

Por fim, a empresa confirmou participação na Tokyo Game Show 2025, após a boa recepção do estande no ano passado, quando apresentou o inusitado Saborus. Para mais informações, acesse o site da QUByte Interactive.

Campanha promocional da QUByte traz descontos de até 50% em jogos retrô, indies premiados e títulos brasileiros

A desenvolvedora e publicadora QUByte Interactive anunciou na última quinta-feira (13) o início da campanha “Retro, Indie & Beyond” no Steam. A promoção oferece até 50% de desconto em mais de 40 títulos do catálogo da empresa para PC, incluindo jogos consagrados da cena independente e produções brasileiras que conquistaram o público pela criatividade e inovação.

Entre os destaques está MARS 2120, metroidvania futurista que combina combates intensos, upgrades estratégicos e ambientação sci-fi imersiva, agora com 30% de desconto. Outro título em alta é Top Racer Collection, coletânea de corridas nostálgicas que segue agradando antigos e novos jogadores com sua trilha sonora marcante e jogabilidade arcade.

Na categoria de jogos favoritos de criadores de conteúdo, Bem Feito se destaca com seu humor sombrio, visual lo-fi e atmosfera excêntrica, sendo oferecido com 50% de desconto. Já Hannah, com seus quebra-cabeças engenhosos e terror psicológico sem sustos gratuitos, está com 25% de desconto. Ambos podem ser adquiridos juntos em um pacote especial com preço promocional.

A QUByte também aposta em coleções que celebram a era de ouro dos fliperamas, como a Beat ‘Em Up Collection, que reúne clássicos do gênero por um preço acessível. Títulos como The Tale of Mara & Moa e Music Drive: Chase the Beat também chamam atenção ao unirem referências aos anos 90 com elementos culturais brasileiros.

Para quem busca experimentar antes de comprar, a campanha inclui demos gratuitas de jogos como Opus Castle, ambientado em um dos locais mais assombrados do Brasil, e Extinction Rifts, um FPS indie que resgata a ação frenética dos clássicos de tiro. Outras curiosidades são Saborus, protagonizado por uma galinha em fuga, e Sonho Trap Star, que mistura universo musical, zumbis e crítica social.

A promoção já está disponível na Steam e segue por tempo limitado, sendo uma ótima oportunidade para explorar novos títulos ou revisitar clássicos com um toque brasileiro.

Review: Mars 2120 é um bom jogo, mas expõe as dificuldades de desenvolver jogos

Mars 2120 é um jogo no estilo metroidvania desenvolvido pelo estúdio brasileiro QUBYTE Interactive, lançado em agosto de 2024 para Steam, PS4, PS5, Nintendo Switch, Xbox One e Series X|S.

Em Mars 2120, o jogador assume o papel da Sargento Anna “Thirteen” Charlotte, enviada para Marte para responder a um misterioso chamado. Ao chegar, ela se depara com uma colônia dominada por inimigos e precisa descobrir o que está acontecendo. Grande parte da trama de Mars é contada através de audio-logs, então encontrá-los é essencial para compreender mais sobre o universo do jogo.

O jogo rapidamente dá controle total ao jogador, que já começa com o pulo duplo, o que torna a exploração, um elemento crucial em metroidvania, bastante agradável. A exploração é dividida em diferentes áreas, com biomas que são fundamentais para aumentar o desafio do jogo. Na área de gelo, por exemplo, qualquer descuido pode resultar em congelamento ou até mesmo morte. É um jogo que sabe punir o jogador: cair em abismos pode significar o fim da exploração, portanto, salvar o progresso em cada ponto de salvamento é crucial.

Em Mars, o combate é dividido entre tiros e ataques corpo a corpo. Alguns inimigos morrem mais rapidamente no combate físico, enquanto outros resistem mais. Cabe ao jogador identificar isso durante a jogatina e planejar a melhor forma de derrotar os inimigos. Habilidades e melhorias podem ser encontradas ao longo da jornada, aprimorando esses aspectos. O sistema de upgrade está vinculado ao acúmulo de experiência obtida no mapa ou derrotando inimigos. No entanto, além de ter os pontos necessários para “comprar” as melhorias, o jogador precisa encontrá-las no mapa, o que incentiva a exploração e a revisita de áreas já exploradas com o uso de habilidades adquiridas posteriormente. Esses elementos são o que tornam o gênero metroidvania interessante, e Mars faz isso muito bem.

Ao longo do jogo, o jogador encontra diversos tipos de tiros que também funcionam como chaves para abrir portas ou acionar botões. No que diz respeito às mecânicas, algo que incomodou foi a necessidade de mirar com o segundo analógico, semelhante ao jogo quase esquecido Shadow Complex. Inclusive, se a memória não falha, o desenvolvedor mencionou na BGS 2023 que esse jogo foi uma das inspirações nesse aspecto. É bastante trabalhoso acertar um inimigo com o analógico, devido a uma certa imprecisão no comando. Andar, atirar, esquivar e trocar de tipo de tiro durante o combate com múltiplos inimigos tornou-se algo burocrático. No entanto, a opção de mira automática, disponível nas configurações de acessibilidade, ajudou a contornar essa dificuldade.

Mars 2120 é um jogo cheio de potencial, desde seu mapa bem desenhado, com diversos biomas que impactam diretamente a exploração e o combate, até seus chefes e a trama, que são envolventes o suficiente para prender a atenção do jogador. No entanto, aqueles que desejarem chegar ao final desta aventura terão que enfrentar situações que evidenciam as dificuldades de desenvolver um jogo, como a necessidade de tempo para polir o trabalho.

MARS 2120

Não se sabe ao certo se o estúdio teve tempo para melhorar as animações. Sabe-se que houve a transição da Unreal para Unity, de acordo com o documentário divulgado (inserir link), mas o que se vê no jogo demonstra essa carência. Isso pode prejudicar a experiência, causando estranheza. Muitas das animações são desengonçadas; é possível entender o que o personagem está fazendo, mas a execução não é das melhores. Comparando com a versão testada na BGS 2023, o jogo final está bem melhor, e ele vem recebendo atualizações que estão melhorando a experiência. Contudo, os pontos que fazem dele um jogo mediano ainda estão presentes. Vale lembrar que se trata de um jogo de baixo orçamento, e seu preço reflete isso: R$59,90 em todas as plataformas. A jornada leva cerca de 6 horas, e o jogo está legendado e dublado em português brasileiro.

Desenvolver jogos nunca foi uma tarefa fácil. As dificuldades variam entre animações, design de níveis, enredo, programação, engine gráfica, marketing e, claro, polimento e otimização. Esses dois últimos tópicos são muito comentados atualmente: se um jogo apresenta quedas de desempenho ou bugs, é comum culpá-los. O que poucos sabem é que são raros os jogos que têm o luxo de serem lançados com um bom polimento.

 

Casos como Zelda: Tears of the Kingdom, onde a Nintendo reservou um ano apenas para otimizar o jogo para o Switch, ou Baldur’s Gate 3, que entrou em Early Access e conseguiu um impacto significativo, são exceções, mesmo no cenário dos jogos AAA. Comparar um jogo indie, feito com dedicação por uma equipe pequena, com esses gigantes não faz sentido, mas evidencia a diferença entre um jogo indie de baixo orçamento e os colossos da indústria. Ao considerar esses fatores, a nota atribuída ao jogo reflete uma análise justa de um título que levou cinco anos para ser desenvolvido.

Há muita expectativa para o próximo trabalho da QUBYTE. O estúdio demonstrou competência, e certamente Mars 2120 foi uma experiência que trouxe aprendizados valiosos para o futuro, permitindo que evoluam em projetos ainda melhores. O título está disponível na Steam.

Nota: 7

Texto por: Victor Cândido