Gamescom Latam | Soulchain é a combinação perfeita de Celeste, metroidvania e correntes

O jogo brasileiro Soulchain, desenvolvido por estudantes da Unicamp que formaram o estúdio Moraguma, esteve com uma área de testes na Gamescom Latam 2025. No evento, o público pôde experimentar uma demonstração que apresenta toda a ideia e o potencial do jogo, claramente inspirado em Celeste, um clássico dos jogos em pixel art.

A premissa inicial é bastante similar, mas logo surgem as diferenças. Soulchain é um metroidvania, com um mapa interligado, repleto de segredos e surpresas. Outro aspecto que o diferencia dos jogos da Maddy Makes Games é o uso de correntes como ferramenta principal para transitar entre cenários, abrir portas e resolver enigmas.

O jogo compartilha da mesma filosofia de que morrer não é o fim: diversos desafios de plataforma testam os reflexos do jogador, e cair significa a morte — mas o retorno ao ponto inicial é rápido, incentivando novas tentativas.

Na demo, a corrente é utilizada em paredes com marcações verdes e para puxar portas. Ela possui uma física própria, exigindo noção de espaço e agilidade. Um dos principais desafios é posicioná-la em locais que permitam balanço e travessia segura. Além disso, não é possível usá-la duas vezes no mesmo ponto, obrigando o jogador a calcular com precisão seus movimentos — o que limita improvisos e torna o desafio ainda maior.

Visualmente, o jogo está muito bonito e mostra-se ambicioso. Apesar de a demo ainda carecer de animações em pontos estáticos, como o fogo, isso não compromete a experiência e reforça a impressão de que se trata de um título promissor.

Lançamento previsto para o final de 2026. O jogo já tem página na Steam para wishlistnão deixe de adicionar.

Texto: Victor Candido

Gamescom Latam | Tape us Out é uma experiência cooperativa de enorme potencial

No gigantesco pavilhão brasileiro da Gamescom Latam, existe um pequeno jogo que me chamou muita atenção: Tape us Out. Sua premissa é ser um jogo de enigma ao estilo The Room, mas com elemento cooperativo. O jogo é desenvolvido por estudantes da Faculdade Mélliès, que formaram o estúdio Digital Graveyard e, sendo o primeiro trabalho, já mostra um pessoal extremamente criativo.

A interação e a comunicação com o amigo ao lado são cruciais para o avanço dos enigmas, e o diferencial é que cada um enxerga apenas a sua tela. Então, sim, é necessário que cada um esteja em seu computador e tenha uma cópia do jogo. Sua história é simples, mas justifica a premissa superinteressante: duas amigas encontram uma fita VHS com o título Tape us Out e acabam entrando dentro dela. O objetivo é resolver os diversos enigmas dentro de cenários específicos para encontrar a saída.

Na demo, exclusiva do evento, tive a experiência em dois cenários. Um, dentro de uma espécie de igreja, onde interagia com papéis com desenhos específicos e púlpitos, onde eu podia interagir e fazer subir ou descer uma coluna que ia para o segundo cenário, onde estava o meu colega. Já o segundo jogador estava em uma sala onde havia itens para interagir, como armas e instrumentos musicais, que estavam interligados com os desenhos presentes nos papéis do meu lado da jogatina. A ideia é jogar sem olhar a tela do colega e saber descrever o que você está vendo.

Nosso objetivo era combinar todos esses elementos para sair daquele local. O segundo cenário era uma espécie de sala com uma bomba-relógio; o tempo dela era bastante curto, mas aumentava conforme a progressão. O objetivo era orientar o segundo jogador, e ele manipulava a bomba conforme suas orientações. Bastante desafiador.

Tape us Out foi uma experiência de jogo de puzzle assimétrico que tem um potencial enorme para ser divertido do início ao fim. Nitidamente, parece ser algo que vai melhorar, ficar mais difícil e ainda mais interessante. O jogo ainda está sem data de lançamento, mas já pode ser encontrado na Steam, então não deixe de colocá-lo na sua wishlist.

Texto: Victor Candido