Professora do Marista cria jogos de tabuleiro para ensinar matemática

A pandemia do novo coronavírus tem obrigado professores e alunos a se adequarem a nova realidade, pensando formas de manter os estudos com qualidade, sem deixar as coisas maçantes. Um caso de sucesso que merece atenção é o caso do Colégio Marista em São Paulo, que criou um jogo de tabuleiro para auxiliar os alunos aprender matemática.

A ideia é simples: jogar dominó para aprender frações ou brincar de jogo da memória para treinar  multiplicação. A solução foi atribuída aos alunos do 3º, 4º e 5º do Marista Escola Social Irmão Rui, que atende gratuitamente crianças e adolescentes, no Bairro Jardim Maria das Graças, em Ribeirão Preto (SP) estão aprendendo matemática. A iniciativa faz parte do projeto Redescoberta, que tem como missão descobrir novas formas de olhar para a disciplina tão usada no cotidiano.

Durante o período das aulas remotas, os alunos receberam nas suas casas um kit com jogos prontos para fazer as atividades em família. Dentro da sala de aula, o projeto serve como um reforço para a disciplina , que seguiu com aulas online neste período de pandemia.

“Sentíamos que os alunos precisavam lembrar como era dentro da sala, por isso enviamos os kits para que possam jogar e também criar outros jogos com os materiais enviados”, conta a professora Adriana Ezequiel, do Marista.

Os kits foram entregues junto com as atividades quinzenais impressas, retiradas com horário previamente marcado. “A ideia é entender que a matemática está presente em muitos momentos da nossa vida, e de uma forma divertida aprender as operações que vão acompanhá-los em muitos anos de estudo”, reforça Adriana.

Aprendizado para toda família

Para a mãe de Sabrina Vitória Souza de Freitas aluna do 5º ano no Marista Escola Social, essa atividade contribuiu para momentos de aprendizado e diversão de toda família. “Muitas coisas mudaram na forma de ensinar, eu não tive a oportunidade de terminar meus estudos, então junto com ela, aprendemos muito também”, reforça Maira Sousa Mendes.

A estudante de apenas 8 anos confessa as dificuldades na disciplina. “Não é minha matéria favorita, eu demoro mais para entender, mas com esse jogos, a gente nem sente, fica muito mais divertido de aprender”, revela.

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Estudantes do Marista de Maringá vencem concurso internacional de Minecraft

Cidadania, sustentabilidade e… Minecraft!? Sim, esses três elementos se juntaram para formar um dos projetos mais interessantes dos últimos tempos. Um grupo de estudantes do Colégio Marista de Maringá acaba de vencer a segunda edição do prêmio “M9 Urban Landscape Contest”, cujo objetivo é justamente pensar em cidadania e sustentabilidade utilizando o Minecraft. Basicamente, eles criaram soluções práticas para as favelas do Brasil.

O concurso desafia jovens de todo o mundo a criar um modelo de cidade ou edificação com base na agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), e é promovido pelo museu italiano M9, com apoio da M-Children e da Maker Camp, ambas organizações italianas que estimulam o aprendizado por meio da programação e gameficação. Ao todo, mais de 700 grupos, cerca de 14.500 alunos, de 5 continentes diferentes participaram e a equipe paranaense ganhou na categoria Internacional. A cerimônia de premiação foi transmitida pela página do Facebook do Museu M9, no dia 6 de junho.

Os alunos idealizaram e desenvolveram a Comunidade 2030, que representa uma “favela” com todos os problemas e as soluções sugeridas pelos objetivos da ONU. O projeto mostra como a turma foi capaz de enfrentar desafios reais e atuais em um exercício de planejamento. A ideia é mostrar como uma comunidade poderia ser melhorada, caso os investimentos necessários fossem realizados.

“Os alunos realizaram um trabalho cuidadoso e significativo sobre os objetivos da agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, imaginando soluções concretas para problemas que variam de profundas desigualdades sociais até dificuldade de acesso a alimentos de qualidade. Foi um grande estudo multidisciplinar”, afirma Matheus Amaral, analista de Tecnologia Educacional e Mentor Global Minecraft.

Durante a cerimônia de premiação, o estudante Pedro Grígolli participou compartilhando um pouco da sua experiência. “Esse concurso nos mostrou que é possível aprender de uma forma dinâmica e diferente. Fazer parte desse desafio nos ensinou como correlacionar o que aprendemos na escola com os desafios enfrentados no cotidiano, nos tornando cidadãos mais conscientes”, afirmou. “Usar a tecnologia do Minecraft para pensar nos problemas do mundo real é algo muito interessante”, concluiu, agradecendo a todos pela seleção do projeto e dedicação dos colegas. Você pode conferir mais informações aqui.

Abaixo você confere imagens do projeto desenvolvido pelos alunos do Marista Maringá:

Marista

Alunos do Colégio Marista recriam pontos turísticos de Londrina usando Minecraft

O colégio Marista de Londrina resolveu inovar a metodologia de estudos geográficos e históricos da cidade paranaense: os alunos reconstruíram pontos turísticos da cidade utilizando o game Minecraft. A ideia é utilizar a tecnologia e o ludicismo dos games para envolver as crianças a fim de transmitir conhecimentos valiosos. A ideia partiu da professora Ana Paula de Oliveira Regioli Pataro e da analista de Tecnologia Educacional do Colégio Marista Londrina, Alessandra Garcia.

Para recriar a mítica cidade de Londrina, foi utilizado o jogo MinecraftEdu, versão educacional do jogo Minecraft. Os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental fizeram uma imersão total nas disciplinas de História e Geografia para reconstruir os principais pontos turísticos e históricos de Londrina (PR). O projeto começou com uma visita pela cidade com o objetivo de conhecer a história de cada local e observar, in loco, algumas atividades econômicas e a relação campo-cidade, para identificar as principais transformações ocorridas.

“Durante o passeio, os alunos tiraram fotos dos pontos históricos para trabalhar com a releitura do local como expressão artística, utilizando o game”, explica a professora Ana Paula.

Para registrar o processo, os estudantes reconstruíram os pontos históricos vistos nos estudos de campo, trabalhando a conexão entre História, Geografia, Português, Matemática, Artes e Ensino Religioso. De acordo com a coordenadora dos Anos Iniciais do Colégio Marista de Londrina, Gislaine Garcia Magnabosco, a atividade está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que indica o desenvolvimento de competências como a comunicação e culturar digital, por exemplo, bem como uma postura crítica frente a esse uso.

Minecraft é um jogo em que se posicionam blocos para construir cenários e mundos de forma infinita, despertando interesse nas crianças e adolescentes, pois possibilita a autoria e a imaginação.

“Temos levado nossos alunos a compreender, utilizar e criar, por meio das tecnologias digitais, buscando desenvolver o protagonismo nas produções de materiais e compartilhamento de informações e conteúdos, de forma ética e que possa contribuir com o seu crescimento pessoal, dos seus colegas e da sociedade”, diz Alessandra Garcia.