Como a tendência dos games impacta os provedores de internet

Não é de hoje que os games ou jogos digitais exercem fascínio na humanidade. Desde crianças estamos acostumados a simular atividades da realidade. Os games têm sido um valoroso mecanismo de aprendizado, pois as situações e desafios enfrentados em um jogo podem assemelhar-se muito à uma situação real. Nesse caso, os jogos têm o foco de auxiliar na aprendizagem.

Atualmente muitas instituições já usam esse recurso na área de educação, ensino a distância (EAD) e até em treinamentos corporativos, onde a realidade virtual se mostrou uma excelente ferramenta de instrução para cursos específicos. Por exemplo, rotinas de segurança no trabalho, manutenção em subestações, simuladores de pilotagem ou até treinamentos militares, situações que podem ser muito críticas e perigosas na realidade. A gamificação em processos empresariais também vem sendo largamente utilizada como forma de apresentar mais dinamismo e possibilidade de imersão aos envolvidos na busca pelo atingimento das metas corporativas.

Mas essas são apenas algumas das possibilidades que permitem os jogos. A mais conhecida, sem dúvida, é a utilização deles como entretenimento, mais especificamente os jogos online.

Segundo levantamento da Newzoo, apenas na América Latina a indústria dos games já abrange 266 milhões de entusiastas, pouco (10%) se comparado a mercados como o asiático que já comporta 54% dos jogadores, o que significa que temos muito ainda a crescer na região e no Brasil.

Essa indústria de jogos online vem crescendo muito nos últimos anos devido a um fator principal que é a melhora constante da conectividade a internet. Os mais experientes certamente lembram como era complicado em tempos remotos quando juntávamos amigos para jogar vídeo game e havia apenas 2 controles disponíveis. Ou seja, se o grupo de amigos tinha ao menos 3 pessoas, alguém sempre ficava esperando a vez de jogar. Sem contar que muitos jogos não permitiam mais que 2 jogadores. Mas isso foi evoluindo e os jogos começaram a permitir múltiplos jogadores em uma mesma partida, inicialmente através de computadores.

Esse foi um dos propulsores das saudosas lan houses, lugares onde a premissa básica era ter vários computadores ligados em rede em que vários jogadores poderiam praticar simultaneamente. Algumas lan houses na época reservavam várias horas especificamente para essas partidas e até ocorriam disputas entre quem queria apenas navegar na internet e quem se dirigia ao local exclusivamente para jogar.

Porém, sempre houve a demanda por parte dos gamers de continuar jogando, não só nas lan houses, mas também em suas casas. O problema é que a internet residencial disponível na época, muitas vezes de tecnologia discada, via rádio ou mesmo ADSL causava situações adversas em que nem sempre o melhor jogador vencia. Se houvesse atrasos ou falhas na comunicação entre os servidores e os jogadores, os comandos eram perdidos e consequentemente as partidas entre os gamers também. Era preciso além de habilidade no jogo, ter uma boa conexão à internet.

E qual o impacto dos gamers nas redes dos ISPs (Internet Service Providers)?

Se para usufruir adequadamente do mundo dos jogos era preciso ter uma boa internet, é evidente que a maioria dos gamers priorizavam os provedores capazes de fornecer uma internet com boa largura banda, baixa latência (o que evita o famoso lagging – ou travamento dos jogos) e que permitissem uma experiência de conectividade compatível com os anseios de uma boa jogabilidade.

Os ISPs, por sua vez, precisaram entender o perfil desses clientes, por vezes muito mais exigentes que os usuários residenciais comuns, os quais acessam serviços onde atrasos na ordem de 10 ms de diferença na chegada da informação não faz diferença se a página web vai ou não carregar. Já para os gamers, qualquer atraso na informação pode ser crítico e definir o resultado de um campeonato. Por essas razões os Provedores se viram muitas vezes obrigados a melhorar a infraestrutura de suas redes, muitos até tiveram que migrar de tecnologia e hoje em dia é possível afirmar (segundo dados da Anatel) que a maioria das redes de banda larga do Brasil utilizam a fibra óptica para possibilitar a melhor experiência de jogabilidade online para os gamers.

Portanto, muitos ISPs têm adotado estratégias comerciais para viabilizar esse modelo de negócio. Temos observado inclusive a criação de planos de internet banda larga focados especialmente nesse nicho de mercado, que muitas vezes não se importa em pagar um valor adicional na mensalidade, mas em contrapartida exige a melhor qualidade possível da conexão.

Um fator interessante é que muitos gamers começam a entender melhor inclusive o mundo das redes e telecomunicação. Dessa forma, os próprios atendentes ou vendedores do ISP precisam estar tecnicamente preparados para responder um cliente que pede suporte não apenas quando a “luz para de piscar”, mas cobrando desempenho das medições de velocidade em termos de ping ou latência. Ou seja, o provedor além de garantir que a rede esteja adequada precisa comprovar isso para um cliente mais exigente do que a maioria, o gamer muitas vezes prioriza a internet de qualidade sobre qualquer outro serviço presente no seu orçamento mensal.

A semelhança com o Streaming

Se hoje uma grande preocupação dos ISPs é a quantidade de acessos às principais plataformas de streaming (ex. YouTube, Netflix) que oneram as redes e consomem a maior parte da largura de banda disponível, os jogos online podem ser até mais prejudiciais para o provedor em termos de administração e balanceamento da rede. A grande diferença é que o conteúdo do streaming de vídeo pode ser armazenado em data centers regionais, os famosos CDNs (Content Delivery Network). Ou seja, muitas vezes não é preciso que o usuário esteja conectado diretamente ao conteúdo original (muitas vezes disponível em data centers internacionais), mas sim em uma versão presente no CDN, ou no PTT (Ponte de Troca de Tráfego) mais próximo.

Já para os games online, obviamente não é possível armazenar as variáveis das ações de cada jogador, portanto é preciso ter conexão direta com o servidor do jogo, geralmente internacional, o que acaba muitas vezes gerando excesso de tráfego na rede de uplink do provedor.

Apesar dessa aparente dificuldade, a maioria dos ISPs vem trabalhando e investindo em tecnologias que melhoram o desempenho de suas redes. Alguns dos serviços que têm sido oferecidos para este público são os de otimização de rotas, no sentido de diminuir o caminho entre o jogador, os servidores e ainda o FTTH. Isso mesmo, as redes Fiber-to-the-Home permitem que o PC gamer vá conectado diretamente ao modem óptico, em uma rede com fibra óptica que pode se estender dentro da residência, diminuindo ainda mais a latência quando comparado com acessos de rede interna por wi-fi ou cabeamento tradicional. Os que vão contra essa tendência percebem que seus clientes mais exigentes migram para provedores alternativos que satisfaçam as suas necessidades.

Levando tudo isso em conta, fica claro que o mercado de games vem crescendo exponencialmente, e é possível observar cada vez mais em evidência na mídia a presença dos eSports. As nova gerações por vezes estão mais conectadas ao mundo dos esportes eletrônicos do que ao mundo dos esportes tradicionais.

No decorrer de 2020, com o isolamento social por conta da pandemia, catalisou-se o consumo de jogos online. Esse segmento deve movimentar mais de 1,1 bilhão de dólares em 2020, um crescimento de 15,7% em relação à 2019, segundo dados da Newzoo. E a perspectiva para os próximos anos também é de crescimento. Portanto, concluímos que os ISPs precisam estar atentos a esses modelos de negócio emergentes, onde ter uma rede de qualidade e confiável é requisito básico para monetizar um cliente cada vez mais exigente. Por isso investir em redes de fibra óptica é o caminho natural que pavimentará essas verdadeiras auto pistas por onde trafegam os dados dos gamers.

Por Rafael Kohiyama

Como escolher a cadeira gamer certa para sua necessidade

Já sentiu dores nas costas ou nos ombros após passar algumas horas em frente à TV ou monitor jogando videogame? Pois saiba que esse desconforto pode estar diretamente relacionado à posição que você fica durante a jogatina. As grandes empresas já sabem a importância de orientar os colaboradores sobre os cuidados com a ergonomia, bem como o conforto para mantê-los saudáveis. Porém, quando o assunto é videogame , muitas vezes essa preocupação é deixada de lado. Pensando nisso, hoje vamos falar sobre cadeiras gamer, aquelas belezinhas que fazem muito mais do que apenas tornar seu cantinho mais descolado, mas sim cuidam de sua postura e do seu bem estar.

As cadeiras gamer se diferenciam, a princípio, por seu visual moderno e curvas sinuosas, mas, não é só isso que você precisa prestar atenção. Existem várias nuances e detalhes que devemos observar para escolhermos uma opção que proporcione mais do que conforto ou que simplesmente combine com a mobília. Hoje vamos fazer um mini-tutorial de como escolher uma cadeira gamer ideal. Confira!

O que se atentar?

A característica mais marcante de uma cadeira gamer  são suas múltiplas regulagens, que servem para deixar o usuário mais confortável, sem deixar de lado a saúde. É consenso entre os profissionais de medicina que a má postura causa problemas sérios que podem acompanhar o indivíduo até a velhice, tais como dor nas costas, dor na região do pescoço, inflamação dos tendões, desequilíbrios musculares e fadiga, além de escoliose, hiperlordose e hipercifose. Uma cadeira com variados níveis de regulagem de altura, inclinação, regulagem dos braços e encosto de lombar colabora para que esses problemas não ocorram. Em outras palavras, quanto mais regulagens, melhor.

Níveis de regulagem:

Quando for escolher uma cadeira gamer, fique atento se ela oferece as seguintes regulagens:

Encosto – Dê preferência para cadeiras que ofereçam variados níveis de regulagens, tais como explicados no parágrafo anterior. Isso vale para ajuste de altura, inclinação e lombar. A ideia é manter a boa postura, mesmo que você fique num ângulo mais inclinado. Afinal, se você prefere jogar reclinado, todo o peso vai direto para sua coluna. Uma cadeira gamer reclinável com ajuste de lombar vai impedir que sua coluna seja sobrecarregada.

Assento – Um ponto que poucos se atentam é que o assento deve ser grande o bastante para comportar toda a sua coxa, pois é a garantia de mais conforto e estabilidade. Certifique-se de que a planta dos pés esteja totalmente apoiada no chão e os joelhos formem um ângulo de 90º. Se estiver obedecendo às diretrizes de ergonomia, a cadeira está ok.

Peso suportado – Um detalhe importante é o peso indicado. Há cadeiras que suportam até 100kg, enquanto há modelos que suportam até 200kg. Fique atento ao seu peso e nas possíveis pessoas que usarão sua cadeira, pois exceder a recomendação da fabricante pode prejudicar a durabilidade do material.

Suporte para o pescoço  – Nem todas as cadeiras contam com suporte de pescoço, porém é um extra interessante que já está disponível em alguns modelos. As cadeiras que contam com esse adicional costumam ser extremamente confortáveis. Ah! E a maioria desses suportes também é ajustável.

Encosto de braços – Os braços devem ser ajustáveis. Dessa forma é possível apoiá-los dando relaxamento à musculatura do pescoço e ombro. Cadeiras de escritório geralmente não possuem o encosto de braço, por isso é comum profissionais desenvolverem bursite e outros problemas crônicos.

Rodinhas – Pode parecer bobagem, mas as rodinhas garantem um conforto adicional imprescindível. Pois, com elas, você pode alocar sua cadeira para diferentes partes de sua sala de jogos, sem ter de arrastá-la por aí – ou pior, carregá-la nos braços. Uma vez que essas cadeiras são pesadas, não é nem um pouco aconselhável sair carregando-as por aí.

A questão preço:

Uma vez que há várias opções no mercado, o que não vai faltar são variações de preços. Antes de sair às compras é importante colocar na balança o quanto você pode gastar. Mas lembre-se que a cadeira deve possuir uma relação custo x benefício. De nada adianta pegar o modelo mais barato do mercado, se ele não tiver os níveis de regulagem que já explicamos. As cadeiras gamer que contam com níveis de ajustes para braços, costas etc, são mais caras. Contudo é possível encontrar cadeiras  que oferecem tudo isso, por preços camaradas. O material influencia diretamente no fator preço.

Material utilizado:

O material utilizado na confecção das cadeiras gamer é o principal encarecedor, uma vez que dão o parâmetro de durabilidade. Cadeiras com estrutura em metal são mais resistentes do que aquelas fabricadas em plástico sintético. O assento pode ser de couro ou couro sintético, tornando o material resistente a líquidos. Além disso, há variadas opções de espuma do assento, que influenciam no conforto e durabilidade do material. Muita gente imagina que cadeiras de metal são melhores que as de plástico, porém vale lembrar que elas são mais caras e, dependendo de onde o jogador esteja – área de maresia, por exemplo, podem não ser a melhor indicação.

Design:

Já falamos da questão ergonomia e resistência do material. Agora é a hora de falar em design. Quem possui um PC gamer costuma optar por visuais futuristas, robustos, repleto de luzes LED e curvas elegantes. Para esses, vale buscar modelos de cadeiras gamer que combinem com o equipamento. É possível encontrar opções com variadas cores e detalhes que tornam o visual mais apelativo. Há até modelos inspirados em personagens da cultura pop, como Batman e Superman, ou ainda personagens dos games, como o Kratos e o Master Chief.

Recursos extras:

Ok, então você já tem em mente que visual, ergonomia, preço e material são importantes, certo? Mas, e que tal uma opção mais futurista? Você pode encontrar assentos discretos, mais impessoais ou se preferir mostrar o quanto é descolado, há modelos que parecem ser tirados de uma aventura espacial, incluindo iluminação em RGB, alto-falantes, reclinação em 180º, com ventilação ou ainda modos de vibração. O céu é o limite se você não se importa em gastar alguns milhares de reais.

E então, já escolheu seu modelo favorito e ele atende todas as questões de ergonomia, conforto, preço e design? A dica é dar uma olhada na loja do KaBuM!. Por lá você encontra muitas opções que, certamente, tem tudo para te agradar. Encontre as melhores cadeira gamer para todos os bolsos e gostos. Vale a pena conferir.

Prêmio iBest retorna após 12 anos com prêmio exclusivo aos “Gaming Influencers”

Quem está na internet há alguns anos deve se lembrar do Prêmio iBest, que premiava os principais expoentes da comunidade digital entre os anos 1996 e 2008. Pois bem, o iBest está de volta e, desta vez, irá premiar as melhores iniciativas digitais brasileiras de conteúdo de games. Ou seja, os influenciadores poderão concorrer ao mais prestigiado prêmio da internet.

O prêmio dará espaço tanto para os influenciadores do estilo “Let’s Play” quanto aos que noticiam acontecimentos do setor ou os streamers. De acordo com os organizadores, o Novo Prêmio iBest irá apontar as dez mais relevantes iniciativas digitais de conteúdo de games no Brasil, considerando a presença unificada de seus sites, apps e redes sociais (Instagram, Facebook, Youtube e Twitter).

O processo de entendimento das dez principais iniciativas utiliza um algoritmo matemático proprietário do iBest para a mensuração da importância destas, considerando todo o universo digital e levando-se em conta métricas como alcance, engajamento e relevância dos sites, apps e redes sociais de cada iniciativa.

O Novo iBest dará também a oportunidade para que todos possam interagir e opinar, identificando de forma colaborativa, e nas principais redes, as preferências dos brasileiros, por votação direta para o entendimento dos campeões a cada ano. Além de Games, outras 52 categorias serão apresentadas pelo Prêmio iBest para votação em 2020. O novo Prêmio iBest foi possível graças a Marcos Wettreich, reconhecido empreendedor em série, também idealizador e fundador do prêmio iBest original.

“O Novo iBest possui um desafio significativamente mais complexo do que o do primeiro iBest, não somente pelo aumento substancial do número de iniciativas existentes, mas ao se propor analisar os melhores considerando e quantificando a presença unificada nas diversas plataformas que compõem este universo digital,” afirma Marcos Wettreich.

No dia 10 de setembro será feita a divulgação dos dez finalistas iBest Top10 de iniciativas de games no universo digital brasileiro. Os vencedores do iBest na categoria serão anunciados em 9 de dezembro deste ano.