Amanda Sparks enfrenta insultos em game mobile

Imagine um game com muito glamour e força na peruca. Soou meio gay para você? Pois bem, esse é justamente o tema do jogo de hoje. Amanda Sparks and the Shade Forest é um título em 2D com gráficos à lá 8 bits desenvolvido por José Henrique Oliveira, conhecido na noite paulista como Amanda Sparks. O game apresenta seu alter ego, a drag queen Amanda Sparks, em uma aventura pela floresta da intolerância e má educação.

Lançado sob a produtora indie Amandapps, o game tem elementos de plataforma e rogue-like e mostra Amanda adentrando a floresta do shade, gíria utilizada para referir-se à intolerância ou insultos gratuitos. Neste ambiente, Amanda deve confrontar inimigos como o Bully Bull, um touro violento e um porco intolerante que lança páginas de um conhecido livro contra a protagonista.

Tudo no game é sugestionado, de modo que o jogador maduro possa compreender as referências e entenda que a linguagem lúdica se refere a situações da vida real. Logo na entrada da floresta há um aviso escrito “Deus criou Adão e Eva, não Adão e Ivo”. A missão de Amanda é passar por essa floresta de ódio sem se deixar abater pelas provocações.

O detalhe é que a cada vez que a drag queen é alvejada por algum obstáculo ela perde partes de sua caracterização feminina, como botas, peruca, brincos etc. A ideia é que quando derrotada, Amanda perde seu “glamour”, deixa de ser quem ela quer ser. Quando a derrota total ocorre, o jogador pode comprar novos equipamentos no lounge, como maquiagem, fita adesiva, entre outras traquitanas que melhorem o ataque ou a defesa da personagem e a reposicionam novamente como uma drag com “poder”.

Durante o progresso, Amanda deve salvar as pequenas criaturas sob influência dos vilões. Para isso, vale dar beijinhos ou tapas na cara a fim de fazê-los acordar. A jogabilidade, aliás, parece bastante inspirada em clássicos como Pitfall e Adventure Island.  O game nem é o primeiro projeto de Amanda Sparks, mas é descrito pela própria como o projeto mais sério que já produziu até o momento. Antes dele, veio o Flappy Drag Queen, um game semelhante ao sucesso Flappy Bird.

A programação foi desenvolvida inteiramente por Henrique (Amanda Sparks) para o curso de pós-graduação de games do Senac, com exceção da trilha sonora, que foi criada por Fabio Cardoso, da Positronic. De acordo com Amanda, o game chega ao Android no dia 17 de novembro e mais tarde deve ganhar versões para iOS e para a Steam.

O trailer de Amanda Sparks and the Shade Forest:

Conheça o projeto The Rotfather do grupo G2E

The Rotfather é um projeto grande da G2E (Grupo de Educação e Entretenimento) e pôde ser visto em primeira mão pelos visitantes da Brasil Game Show 2015. O projeto engloba livro, animação, boardgame e um jogo digital (que é o que vamos abordar aqui). A história é centrada em Al Kane, um rato dos esgotos de Nova York dos anos 40 que controla o submundo do comércio de açúcar, à lá O Poderoso Chefão.

No início do game, seu braço direito é assassinado misteriosamente e Kane é traído por seus comparsas, agredido por um grupo de baratas da Yakusa e deixado para morrer. A partir daí, Kane deve descobrir quem o traiu e tentar reerguer seu império criminoso. Para isso, ele deve passar por diferentes áreas de NY, como os esgotos, os becos, cabaré etc.

O título é em 2D e está em votação na Steam. Os elementos de jogabilidade ainda são simples, mas mostram todo o potencial de uma aventura digna da geração 16 bits. Os gráficos são detalhados e bastante artísticos, lembrando algo de Heart of Darkness, Pitfall e Donkey Kong. Durante as fases, Kane deve desviar de armadilhas e obstáculos colocados pela gangue das baratas.

Ainda que o visual do game seja bastante interessante, é o enredo que mais se destaca no projeto. De acordo com Monica Stein, coordenadora do projeto, The Rotfather tem influências bastante variadas de ícones da cultura pop, como Game of Thrones, Scarface e o próprio The Godfather. “Vimos que as histórias que estão fazendo sucesso atualmente são de anti-heróis”, brinca Mônica. Não por acaso, o título conta com uma série de conspirações e tramas paralelas.

A intenção da G2E é que The Rotfather seja uma trilogia, tal como sua fonte de inspiração mais evidente. Além do game, os organizadores prepararam uma série de animação, que conta a história por trás dos personagens do game. Essa série é composta por 4 temporadas de 13 episódios com três minutos cada um. Essa parte está em desenvolvimento ainda e em breve haverão novidades para os fãs.

O trailer de The Rotfather:

Smyowl publica Super Button Soccer no Steam Greenlight

Um dos games que mais fizeram sucesso na área indie da Brasil Game Show foi o Super Button Soccer, o game de futebol de botão virtual da Smyowl. O game chamou as atenções do público e da mídia devido à sua qualidade inegável. O game está em campanha para ser lançado na Steam Greenlight, mas para isso a Smyowl precisa da ajuda dos jogadores. Para participar, basta entrar na página do game na Steam e responder a pergunta se você compraria o game na Steam.

Para quem não conhece, Super Button Soccer é um jogo virtual de futebol de botão que traz a brincadeira nostálgica para PCs e consoles. A Smyowl trabalhou o game para que ele fosse um e-sport, apesar de bem diferente do habitual. Para isso, a produtora adicionou elementos típicos do estilo, como partidas multiplayer locais e online. Além disso, o jogo conta com jogadas especiais graças a combinação de diferentes botões – cada um com uma habilidade especial diferente – ampliando a estratégia usada por cada jogador na hora de escolher o time para entrar nos gramados virtuais que prometem muitas emoções.

“Ter o jogo no Greenlight é o primeiro grande passo de nossa caminhada. Queremos fazer do jogo Super Button Soccer um e-Sport competitivo online com apelo mundial e uma divertida experiência multiplayer local, e o Steam é uma plataforma que dá início ao nosso planejamento de fomentar essa comunidade e criar um game de qualidade internacional a partir do feedback de nossos jogadores”, disse Mauricio Alegretti, VP de Games da Smyowl.

De acordo com Maurício, colocar o game na Steam permite que o estúdio obtenha importantes feedbacks da comunidade antes mesmo de lançar o  jogo. “Além de poder votar no jogo, as pessoas também podem interagir conosco na página do Super Button Soccer na Greenlight, comentando o que estão achando e o que gostariam de ver no produto final”, finaliza o executivo.

O título rendeu à Smyowl um dos estandes mais disputados da feira, onde os jogadores realizaram os primeiros torneios do game valendo brindes da Razer. Além disso, Super Button Soccer também foi um dos indicados ao título de “Melhor Jogo Original” da BGS pelo Brazil Game Awards. Para votar em para o game ser lançado no Greenlight basta acessar a página da Steam.

O trailer de Super Button Soccer: