NVIDIA aposta em inteligência artificial para revolucionar transmissões no Streamlabs

As transmissões ao vivo ganharam um reforço de peso com o anúncio da NVIDIA no Logitech G PLAY 2025. A empresa apresentou o Intelligent Streaming Agent, recurso de inteligência artificial já integrado ao Streamlabs e desenvolvido com aceleração RTX e tecnologia InWorld, pensado para simplificar a rotina de quem cria conteúdo ao vivo.

O novo agente funciona como uma espécie de parceiro digital, capaz de assumir parte das tarefas que normalmente sobrecarregam streamers. Hoje, além de jogar, eles precisam interagir com o público, mudar cenas, acionar replays e resolver problemas técnicos em tempo real. A proposta da NVIDIA é aliviar essa carga com automação inteligente e recursos visuais avançados.

Entre as funcionalidades, o destaque é o avatar 3D interativo, construído com o NVIDIA ACE Audio2Face e o NVIDIA DLSS. Essa persona aparece na tela, interage com espectadores, responde perguntas e até preenche momentos de silêncio, garantindo que a live mantenha ritmo constante mesmo sem a intervenção direta do criador.

Outro diferencial é o assistente de produção automática, que gerencia trocas de cena, replays e clipes de destaques sem comprometer o desempenho do jogo. Isso é possível graças ao encoder dedicado das GPUs RTX, que permite transmitir em alta qualidade e jogar de forma fluida em um único computador.

O agente também atua como suporte técnico integrado. Sensores acelerados por GPUs da linha GeForce monitoram o que acontece dentro do jogo — como vitórias, derrotas ou quedas de desempenho — e podem acionar efeitos ou enviar alertas instantâneos.

O lançamento chega com compatibilidade inicial para Fortnite, mas outros jogos devem ser adicionados ainda em 2025. Para rodar, é preciso ao menos uma GPU GeForce RTX 3060, Quadro RTX 4000 ou TITAN RTX, além da versão mais recente do GeForce Game Ready Driver. A recomendação para uso intensivo é de 24 GB de VRAM em setups de um único PC.

O modelo de acesso será escalonado: a versão gratuita inclui 100 interações de voz ou texto vitalícias e até cinco automações ativas, enquanto o plano pago, vinculado ao Streamlabs Ultra, amplia para mil interações mensais e dez automações simultâneas.

GeForce NOW ganha plano Ultimate com gráficos em 4K e até 240 FPS no Brasil

A plataforma de jogos em nuvem GeForce NOW Powered by ABYA está prestes a receber um reforço de peso: o novo plano Ultimate, que promete transformar a experiência de jogo para os usuários brasileiros. A novidade, anunciada nesta segunda-feira (29), trará o poder da GPU NVIDIA GeForce RTX 4080 diretamente da nuvem, permitindo transmissões com qualidade gráfica de ponta sem a necessidade de possuir um computador gamer de alto desempenho.

Entre os principais atrativos do plano Ultimate estão o suporte a resolução 4K com até 120 quadros por segundo (FPS) e a possibilidade de alcançar impressionantes 240 FPS em 1080p. Os assinantes também terão acesso a som surround nos formatos 5.1 e 7.1, além de tecnologias como NVIDIA DLSS, NVIDIA Reflex e G-SYNC, que garantem menor latência, imagens mais nítidas e geração de quadros auxiliada por inteligência artificial.

Segundo a ABYA, mesmo jogadores com monitores convencionais sentirão melhorias na fluidez e na resposta dos jogos. A qualidade visual também é ampliada com a tecnologia SDR-10, que oferece cores mais precisas e vibrantes.

GeForce Now

O plano Ultimate ainda não tem data oficial para chegar ao mercado, mas será lançado até o fim do ano nas regiões onde a GeForce NOW Powered by ABYA está presente: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.

Enquanto isso, os planos Performance e Free seguem disponíveis. O primeiro mantém suporte para resolução até 2K, som surround 5.1 e telas ultrawide, enquanto o gratuito oferece sessões limitadas a uma hora de duração.

Com mais de 2.000 títulos disponíveis, a biblioteca do GeForce NOW inclui jogos de grandes estúdios como Electronic Arts e Ubisoft, além de clássicos gratuitos como Fortnite e Genshin Impact. Novos jogos são adicionados semanalmente às quintas-feiras, e o serviço oferece integração com Steam, Epic Games, Ubisoft Connect, Xbox e outros.

Para mais informações sobre os planos Performance disponíveis atualmente, os membros podem acessar o site.

Top 7 – Polêmicas que abalaram a indústria dos games

A indústria dos videogames sempre esteve cercada de entusiasmo, inovações e momentos marcantes. No entanto, nem tudo são flores: diversas polêmicas abalaram empresas, jogadores e até mesmo governos. Algumas dessas controvérsias geraram processos judiciais, mudanças em regulamentações e até banimentos de jogos. Neste artigo, exploramos sete dos casos mais impactantes que deixaram cicatrizes na história dos games.

1. O lançamento catastrófico de “Cyberpunk 2077”

Cyberpunk 2077

Poucos jogos na história dos videogames foram tão aguardados quanto Cyberpunk 2077. Desenvolvido pela CD Projekt Red, o título prometia um RPG de mundo aberto revolucionário, com gráficos impressionantes e uma narrativa envolvente. No entanto, quando finalmente foi lançado em dezembro de 2020, o que os jogadores receberam foi um produto repleto de bugs, falhas técnicas e um desempenho terrível, especialmente nos consoles da geração anterior. A situação foi tão crítica que a Sony decidiu remover o jogo da PlayStation Store, e a CD Projekt Red precisou oferecer reembolsos em massa.

Além dos problemas técnicos, a desenvolvedora foi acusada de enganar os consumidores, pois havia restringido a divulgação de análises da versão para consoles antes do lançamento, impedindo que os jogadores soubessem da real condição do jogo. A situação resultou em processos judiciais contra a empresa, perda de credibilidade e uma reestruturação interna para recuperar a confiança do público. Somente após diversas atualizações e a expansão Phantom Liberty, Cyberpunk 2077 conseguiu se reerguer, mas sua história continua sendo um dos maiores exemplos de hype descontrolado e gerenciamento desastroso na indústria.

2. O infame “Hot Coffee” de GTA: San Andreas

Grand Theft Auto: San Andreas foi um dos jogos mais vendidos e aclamados de sua época, mas também ficou marcado por uma das maiores controvérsias da indústria. O escândalo começou quando modders descobriram um minigame escondido no código do jogo, conhecido como Hot Coffee, que permitia ao jogador interagir em cenas de sexo explícito. Apesar de a Rockstar Games ter desativado esse conteúdo no lançamento oficial, os arquivos ainda estavam presentes no jogo e puderam ser desbloqueados por meio de modificações feitas por jogadores.

A descoberta causou um grande alvoroço, levando a Entertainment Software Rating Board (ESRB) a reclassificar GTA: San Andreas como Adults Only nos Estados Unidos, uma mudança drástica que resultou na retirada do jogo de diversas lojas. A polêmica também envolveu processos judiciais e até debates políticos sobre a regulamentação de conteúdos impróprios nos videogames. No fim, a Rockstar teve que relançar o jogo com a remoção definitiva do código problemático, mas a reputação da empresa ficou manchada por anos.

3. A microtransação excessiva em “Star Wars Battlefront II”

Star Wars Battlefront II

A Electronic Arts (EA) já era conhecida por suas práticas agressivas de monetização, mas a polêmica em torno de Star Wars Battlefront II em 2017 levou a indignação dos jogadores a outro nível. O jogo incluía um sistema de progressão baseado em loot boxes, onde personagens icônicos, como Darth Vader e Luke Skywalker, só podiam ser desbloqueados após dezenas de horas de jogo — ou com pagamentos exorbitantes. Isso gerou um enorme descontentamento, pois muitos viram o sistema como um esquema de “pague para ganhar” (pay-to-win), favorecendo quem gastasse mais dinheiro real no jogo.

A insatisfação dos jogadores explodiu nas redes sociais e chegou a órgãos reguladores, que começaram a investigar as loot boxes como uma possível forma de jogo de azar. O caso foi tão grande que até políticos se pronunciaram sobre o tema, levando a EA a remover temporariamente as microtransações para conter os danos. No entanto, a empresa já havia deixado sua marca como um dos exemplos mais notórios de ganância corporativa na indústria dos games.

4. A proibição de “Manhunt” em vários países

Manhunt

A Rockstar Games sempre esteve envolvida em polêmicas, mas Manhunt talvez seja seu jogo mais controverso. Lançado em 2003, o título era um jogo de terror e stealth extremamente violento, no qual os jogadores assumiam o papel de um prisioneiro forçado a cometer assassinatos brutais enquanto tentava sobreviver. As cenas de violência gráfica eram tão intensas que o jogo foi proibido em diversos países, incluindo Alemanha, Nova Zelândia e Austrália.

O caso se tornou ainda mais preocupante quando, no Reino Unido, Manhunt foi associado a um crime real: um adolescente que assassinou um amigo supostamente teria se inspirado no jogo. Embora as investigações tenham descartado essa relação direta, a polêmica gerou um debate sobre o impacto da violência nos videogames. Apesar das críticas, Manhunt se tornou um jogo cult, mas continua sendo um dos exemplos mais extremos de como o conteúdo violento pode provocar reações explosivas na sociedade.

5. A quebra de exclusividade de “Fortnite” com a Apple e o Google

Fortnite

Em 2020, a Epic Games decidiu desafiar as gigantes Apple e Google ao lançar um sistema de pagamento direto dentro de Fortnite, evitando as taxas cobradas pelas lojas de aplicativos. Como resposta, tanto a App Store quanto a Google Play removeram o jogo de suas plataformas, iniciando uma batalha judicial que envolveu bilhões de dólares.

O conflito se tornou um dos maiores casos de monopólio na tecnologia, com a Epic acusando a Apple de práticas anticompetitivas. O caso gerou debates sobre o controle das grandes empresas sobre os mercados digitais e resultou em mudanças nas regras das lojas de aplicativos. No entanto, Fortnite permaneceu fora da App Store por anos, e a disputa deixou marcas na relação entre desenvolvedores e as gigantes da tecnologia.

6. O escândalo da Blizzard e os protestos de Hong Kong

Blitzchung

A Blizzard Entertainment se viu no centro de uma grande polêmica em 2019, quando baniu o jogador profissional Blitzchung por expressar apoio aos protestos de Hong Kong durante um torneio de Hearthstone. A decisão foi amplamente criticada, pois muitos enxergaram o ato como um movimento para agradar o governo chinês, já que a empresa possuía interesses comerciais na região.

O caso gerou boicotes, protestos de funcionários e até reações políticas nos Estados Unidos. A Blizzard tentou amenizar a situação reduzindo a punição do jogador, mas a reputação da empresa já havia sido profundamente afetada. O episódio levantou discussões sobre censura e a influência do mercado chinês na indústria dos games.

7. “No Man’s Sky” e a publicidade enganosa

No Man’s Sky

Quando No Man’s Sky foi anunciado, a desenvolvedora Hello Games prometeu um universo gigantesco, mecânicas inovadoras e interações multiplayer de tirar o fôlego. No entanto, quando o jogo foi lançado em 2016, os jogadores perceberam que muitas das promessas feitas pelo criador Sean Murray não estavam no produto final. A ausência de multiplayer, biomas repetitivos e jogabilidade limitada levaram a uma onda de críticas e até investigações por propaganda enganosa.

A Hello Games, no entanto, conseguiu um feito raro: ao longo dos anos, lançou diversas atualizações gratuitas que transformaram No Man’s Sky no jogo que havia sido prometido. Hoje, o game é um exemplo de reviravolta positiva, mas sua estreia permanece como um dos casos mais notórios de marketing enganoso nos videogames.