Exposição do Itaú Cultural destaca a trajetória e o impacto dos videogames no Brasil

O Itaú Cultural inaugura em 13 de dezembro a exposição Game+: Arte, cultura e comunidade, que permanece aberta ao público até 8 de março de 2026. A mostra ocupa três andares do instituto e reúne 51 jogos, 25 consoles e materiais que revisitam diferentes fases, estilos e produções do universo dos videogames. Oito títulos brasileiros integram a seleção, entre eles Dandara e Huni Kuin: Yube Baitana, reforçando a presença da criação nacional e de temáticas indígenas e afro-brasileiras no setor.

A iniciativa dá sequência ao trabalho que a instituição desenvolve há duas décadas em torno do tema — iniciado com Game o quê? (2003) e GamePlay (2009) — e agora apresenta uma leitura ampliada do papel dos jogos. A curadoria destaca três eixos: economia criativa, educação e inovação, examinando como o setor deixou de ser apenas um campo do entretenimento para ocupar espaço na cultura, nas artes e na formação de comunidades.

A exposição inclui um sistema de acesso com senhas para jogos de alta procura, como Kinect Sports Rivals e Just Dance, enquanto os demais títulos têm tempo delimitado de uso.

Game+ Arte, cultura e comunidade - Itau Cultural

Percurso pelos andares

No térreo, o visitante encontra uma linha do tempo que aborda a evolução dos games no Brasil e no exterior, além de consoles históricos como o Odyssey e o Splicevision.

No piso -1, o foco está na interação. Jogos de movimento, multiplayer e títulos educativos formam núcleos temáticos voltados à experiência coletiva, com áreas preparadas para partidas entre dois e quatro jogadores.

O piso -2 apresenta produções voltadas à arte, à inovação e ao desenvolvimento independente, além de um núcleo de jogos para dispositivos móveis e um audiogame criado para pessoas com deficiência visual. Revistas clássicas do início dos anos 1990 também estarão disponíveis para leitura.

A mostra exibe ainda concept arts dos jogos brasileiros Dandara e Unsighted, permitindo que o público observe o processo visual que antecede a criação final.

Material educativo

No dia 19, será lançado o novo Caderno do Professor, dedicado ao tema dos games. A publicação propõe atividades para os anos finais do Ensino Fundamental e trata os jogos como linguagem cultural que articula lógica, estética e narrativa. O material incentiva educadores e estudantes a interpretar regras, imagens e sons, estimulando criatividade, análise crítica e trabalho colaborativo.

SERVIÇO – Game+ Arte, cultura e comunidade

De 13 de dezembro de 2025, a partir das 11h, a 8 de março de 2026

terças-feiras a sábados, das 11h às 20h

domingos e feriados das 11h às 19h

Itaú Cultural – Pisos térreo, -1 e -2

Entrada gratuita

SHINOBI: Art of Vengeance Digital Deluxe tem desconto especial e DLC inédito confirmado

Os jogadores que ainda não experimentaram SHINOBI: Art of Vengeance ganharam um incentivo extra para embarcar na jornada do lendário ninja. A edição Digital Deluxe do aclamado jogo de ação e plataforma está com 25% de desconto na PlayStation Store e na Nintendo eShop, por tempo limitado.

O título, que conquistou público e crítica neste ano, combina combates ágeis, ambientação clássica e trilha sonora inspirada nos jogos da era dourada da SEGA. A versão Digital Deluxe oferece benefícios exclusivos, incluindo o acesso antecipado ao conteúdo adicional Fase Vilões da SEGA, previsto para chegar no início de 2026. Nesse novo desafio, os jogadores poderão enfrentar alguns dos vilões mais icônicos da história da empresa, como Dr. Eggman (Sonic the Hedgehog), Death Adder (Golden Axe) e Goro Majima (Yakuza).

Shinobi

As datas da promoção variam conforme a plataforma: no Nintendo Switch, o desconto vale de 20 de outubro a 1º de novembro de 2025; já na PlayStation Store, o preço reduzido estará disponível de 22 de outubro a 6 de novembro de 2025.

Considerado uma homenagem moderna aos clássicos da SEGA, SHINOBI: Art of Vengeance revitaliza a franquia com gráficos aprimorados e mecânicas precisas, mantendo a essência dos antigos títulos da série. O jogo conquistou destaque por sua jogabilidade desafiadora e pelo equilíbrio entre nostalgia e inovação, agradando tanto aos fãs de longa data quanto a novos jogadores.

Mais detalhes sobre o desconto e as regiões participantes podem ser conferidos nas página oficial do game.

Abaixo tem o trailer de SHINOBI: Art of Vengeance:

Games deixam de ser estigma e se consolidam como espaços de socialização e inovação

Apesar de décadas de debates sobre violência e comportamentos agressivos, estudos recentes reforçam que não há evidências científicas de que jogos digitais promovam ações violentas na vida real. A indústria, alvo frequente de críticas que vão desde vício até impactos na saúde mental, tem mostrado cada vez mais seu potencial positivo, oferecendo experiências de socialização, inclusão e desenvolvimento cognitivo.

Dados da Pesquisa Gamer Brasil 2025 apontam que 82,8% dos brasileiros jogam algum tipo de jogo digital, especialmente nas faixas etárias entre 15 e 44 anos. O público gamer se mostra diversificado, engajado e economicamente ativo, com mais da metade apresentando renda entre R$2.824,01 e R$14.120,00.

Segundo a psicóloga e pesquisadora de psicologia nos games, Rachel Kowert,“as pessoas querem desesperadamente se apegar a uma solução fácil para problemas complexos, como tiroteios em massa ou delinquência juvenil. Culpam os jogos porque é mais simples do que enfrentar questões estruturais.”

Já o Dr. Vicente Martin Mastrocola, mais conhecido como Vince Vader, professor e publicitário, argumenta que “nós somos muito mais complexos do que só os jogos que a gente joga”, apesar de entender que também fazem parte do que constitui uma pessoa. Para ele, culpar um jogo por causar um comportamento violento “é reduzir demais a complexidade do nosso self”.

Para os jogadores, os games representam mais do que entretenimento: são espaços de expressão pessoal, conexão social e inovação. Marcas e empresas têm aproveitado esse cenário para desenvolver oportunidades de engajamento e criatividade.

Especialistas reforçam que o debate sobre “violência e games” deve ser pautado em dados e contextualizado culturalmente, reconhecendo o papel educativo e social dos jogos digitais, além do seu potencial para fortalecer comunidades e relacionamentos.