Aclamados jogos clássicos de futebol dos consoles 8 e 16 bits chegam ao PC e prometem nostalgia aos fãs

A Rock It Games anunciou o relançamento de dois títulos icônicos da série Jaleco Sports: Goal!, que marcou época nos consoles Nintendo no final dos anos 80 e início dos 90. Os jogos, originalmente lançados para o Nintendo Entertainment System (NES) em 1989 e para o Super Nintendo (SNES) em 1992 — este último conhecido como “Super Goal!” na Europa — agora estão disponíveis em um pacote especial para PC, com lançamento previsto ainda para este verão no PlayStation 5 e Nintendo Switch.

O combo pack de Jaleco Sports: Goal! está sendo comercializado nas plataformas digitais GOG e Steam por R$ 54,00 (cerca de 10,39 dólares), com desconto de 20% durante o lançamento. A iniciativa resgata um momento em que Goal! era referência em realismo e jogabilidade no gênero futebolístico, antes da consolidação da franquia FIFA como padrão no mercado.

Na versão para NES, os jogadores podem controlar 16 seleções internacionais que disputam a Copa do Mundo, além de oito times dos Estados Unidos em um torneio próprio. O jogo oferece modos de partidas rápidas, torneios e um modo de pênaltis, onde o desafio é driblar defensores e o goleiro adversário. Já a sequência para o SNES introduziu melhorias significativas, como o campo lateralmente rolante, 24 seleções, replays instantâneos, radar de campo e opções táticas avançadas, incluindo quatro formações defensivas diferentes e maior controle dos jogadores.

Segundo Michael Devine, CEO da Rock It Games, a coleção é um tributo aos clássicos esportivos da Jaleco, que agora ganham recursos modernos para proporcionar a fãs antigos e novos uma experiência autêntica em plataformas contemporâneas.

Entre as funcionalidades especiais do pacote estão a possibilidade de alternar instantaneamente entre as versões NES e SNES, modos de jogo variados como exibição, torneios mundiais e Super Cup, além de controles estratégicos para formações e o goleiro. Um recurso interessante é a opção de rebobinar a ação para corrigir lances, como se fosse uma fita VHS, além de visuais que podem ser ajustados entre o estilo retrô CRT e modos modernos.

O lançamento também traz suporte a multiplayer online via Remote Play e manuais multilíngues, incluindo inglês, francês, holandês, alemão, espanhol e japonês, preservando a riqueza da experiência original.

Além de Goal!, a Rock It Games iniciou em 26 de junho uma promoção especial que inclui outro clássico da Jaleco, Bases Loaded, ambos com descontos de até 21%, disponíveis até 10 de julho de 2025.

Com essa iniciativa, a Rock It Games revive uma época marcante dos jogos esportivos e oferece aos fãs uma oportunidade única de revisitar ou conhecer um pedaço importante da história dos games de futebol. Para mais informações, acesse a página do game na GOG.

Abaixo tem o trailer de Jaleco Sports: Goal!:

Os Piores jogos do mundo #02 Friday the 13th – o game que assusta até mesmo o Jason

Jogabilidade repetitiva e incrivelmente frustrante“, foram apenas alguns dos adjetivos que o site GamePro usou para definir Friday the 13th, um game de NES, em sua lista dos piores jogos baseados em filmes. Não confunda com o jogo homônimo lançado em 2017 (que é apenas mediano). Estamos nos referindo ao jogo do NES (Nintendo Entertainment System), que ficaria famoso por ser um dos primeiros inspirados em uma franquia cinematográfica de sucesso, mas que ajudaria a decretar a fama que jogos e filmes não combinam.

A JLN era uma fabricante de brinquedos de Nova York, fundada em 1970, que viu a oportunidade de expandir seus negócios através dos jogos eletrônicos. Era uma jogada esperta, afinal o Nintendinho dava mostras de se tornar a grande sensação do verão americano, pois todos os garotos queriam se divertir com jogos como Super Mario Bros. e Ballon Fight. Os executivos da companhia decidiram que a melhor forma de conquistar uma fatia desse mercado seria apostar em jogos licenciados, afinal quem não iria querer comprar o game oficial de algum filme bem sucedido?

Jogos licenciados é a aposta da época

O fracasso do jogo do E.T era visto como um ponto fora da curva. Afinal, jogos como AlienAttack of the Killer Tomatoes e Back to the Future conquistaram seu espaço. Assim, em 1987 a JLN licenciou o game oficial do megasucesso The Karate Kid, que, apesar da qualidade questionável, rendeu resultados animadores suficientes para que a empresa lançasse no mesmo ano o infame Jaws e (um ano depois) o Major League Baseball, um dos primeiros games esportivos a ser licenciado. O próximo projeto da agenda seria Friday the 13th, que ficaria a cargo da Atlus, já que a parceria entre as duas empresas parecia perfeita.

Era fácil apostar em Sexta-Feira 13 como um filme a ser transportado para o universo dos games, afinal a franquia já contava com sete filmes em 1988, sendo que a série tinha começado apenas há oito anos. Sim, eram sete filmes do Jason em um espaço de oito anos (eram tempos difíceis para os amantes do terror). De qualquer forma, o game já estava prestes a chegar às lojas e a LJN esperava conquistar mais um êxito com o lançamento.

Tal como nas películas, Friday the 13th coloca um grupo de jovens incautos no acampamento Crystal Lake. O que eles não sabem é que o assassino Jason Vorhees está à espreita e sedento por sangue. Cabe ao jogador derrotar Jason e restabelecer os dias de paz em Crystal Lake. Para isso, o jogador deve entrar pelas matas, desafiando lobos, morcegos e zumbis. Além disso, é necessário derrotar o perigoso stalker, impedindo que ele faça vítimas entre seus colegas de acampamento.

Um game repleto de problemas

Ainda que o enredo não seja nenhuma maravilha, ele está de acordo com o que se pode esperar de um produto derivado deSexta-Feira 13. Os problemas começam mesmo quando a jogatina começa pra valer e o jogador se dá conta que a jogabilidade é terrivelmente mal desenvolvida, tornando a tarefa de derrotar morcegos especialmente árdua. As coisas pioram ao passo que o game te obriga a salvar seus companheiros de acampamento de tempos em tempos.

O game é do gênero plataforma de ação e a mecânica se baseia em fugir de Jason e esconder-se de tempos em tempos. O grande problema é que Jason aparece com bastante freqüência para matar o jogador e é quase impossível escapar, já que os personagens muitas vezes são incapazes de realizar tarefas simples como correr ou pular.  Quando você consegue entrar em uma caverna ou cabine para se esconder as coisas não ficam melhores, já que qualquer corvo pode matar o jogador com relativa facilidade.

Para garantir a sobrevivência, torna-se primordial fazer upgrades nas armas. Porém isso não garante êxito nas lutas, já que o combate é bem desequilibrado com adversários claramente mais fortes e rápidos. O objetivo do game é sobreviver durante três dias e três noites enquanto tenta dar cabo de Jason. Alem disso, de tempos em tempos o jogador deve sair em disparada para salvar um dos colegas de acampamento que são atacados por Jason. Caso não se chegue a tempo, Jason mata o companheiro, o que gera uma insatisfação recorrente. E nas raras vezes que você consegue encontrar seus companheiros o combate demonstra-se bem desequilibrado, pois Jason se move tão rápido quanto um maratonista, já o personagem do jogador é lento feito uma lesma com ressaca.

Dificuldade exarcebada não é o único problema

Não bastasse a dificuldade massacrante,Friday The 13th ainda conta com uma trilha sonora pouco inspirada, apoiando-se totalmente nos filmes, porém com uma qualidade sonora muito ruim, mesmo para os padrões do NES. A trilha sonora é bem repetitiva, capaz de causar dor de cabeça nos jogadores com poucos minutos de jogo. O ponto mais criticado em geral, todavia, é sobre o gameplay frustrante mesmo, já que o jogador parece não ter uma chance real de ser bem sucedido na aventura.

Ah, e os desenvolvedores parecem não ter tido qualquer apego pela mitologia da franquia, ou sequer visto os filmes, visto que Jason sabe nadar. É de conhecimento público e notório que o infame assassino tem medo de água. A intenção que se tem é de que dar a Jason esta habilidade foi descaradamente prejudicar o jogador, mesmo que para isso jogassem fora toda e qualquer coerência.

Outro ponto bastante criticado é que o mapa do jogo é visto de cima para baixo, porém a jogabilidade em si é em 2D sidescrolling, tornando a navegação pelo mapa extremamente confusa. Salvar seus companheiros de acampamento fica ainda mais difícil se você nem sabe pra onde ir. Os produtores ainda incluiriam um plus no game a fim de torná-lo revolucionário, mas que se provaram uma grande porcaria: seções em 3D.

Em algumas cabanas, a jogabilidade passa para um esquema 3D, porém a tecnologia na época era péssima, tornando os controles um instrumento de tortura e proporcionando lags aos montes. Com tantos problemas fica fácil entender porque Friday The 13th é considerado um dos piores jogos de todos os tempos.

O legado de um game ruim

Em uma edição de 1997, os autores da consagrada Nintendo Power, ranquearamFriday the 13th na posição de número seis em sua lista dos piores games jamais produzidos. Apesar de todo o massacre por parte da mídia, o título até que vendeu bem, abrindo caminho para que a LJN lançasse outras pérolas licenciadas como A Nightmare on Elm Street. Sim, os desenvolvedores não se contentaram em estragar um ícone do terror, tinham de humilhar o Freddy Krueger também. Mas essa é uma história para outro dia.

 

Shopping SP Market recebe o Museu do Videogame Itinerante

Outra boa pedida para o mês das crianças é a exposição “Museu do Videogame Itinerante”, que estará no Shopping SP Market entre o dias 8 e 30 de outubro. Esta é a primeira vez que a atração vem para a capital paulista e, de acordo com os organizadores, haverão mais de 250 consoles para os visitantes conferirem de perto. A ideia é retratar cerca de 40 anos da história dos jogos eletrônicos mundiais.

A exposição é gratuita e é bastante recomendado para jogares das antigas e das novas gerações. Como não pode deixar de ser, os grandes clássicos estarão presentes como o Telejogo, Atari 2600, NES, Mega Drive, Super Nintendo, entre outros. Os consoles de nova geração também fazem da parte da mostra, assim os jogadores podem conferir toda a evolução ao longo os anos até culminar nos poderosos XBox One e PlayStation 4.

Além da exposição, o espaço Museu do Videogame Itinerante também é interativo. Lá os games podem conferir desafios de Just Dance, simuladores de corrida, desfile de cosplay e muitos outros. O evento, que somente em 2015 recebeu mais de 4 milhões de visitantes em nove estados, é o primeiro do gênero do país registrado pelo Ibram – Instituto Brasileiro de Museus.

Em 2014, o Museu do Videogame Itinerante recebeu o prêmio do Ministério da Cultura como o museu mais criativo do país. Em 2016, foi um dos museus brasileiros escolhidos para representar o país no maior encontro de museus do mundo, em Paris.

De acordo com o curador do evento, Cleidson Lima, entre as relíquias estão o primeiro console fabricado no mundo, o Magnavox Odyssey, de 1972; o Atari Pong (primeiro console doméstico da Atari), de 1976; o Fairchild Channel F, de 1976 (primeiro console a usar cartuchos de jogos); o Telejogo Philco Ford, de 1977 (o primeiro videogame fabricado no Brasil); o Nintendo Virtual Boy, de 1995 (primeiro a rodar jogos 3D); o Vectrex, de 1982 (console com jogos vetoriais que já vinha com monitor); entre outros.

Um passeio pelo Museu do Videogame Itinerante é uma ótima atividade em família, onde pais e filhos podem compartilhar bons momentos sobre as mesmas paixões: videogames. Para mais informações sobre o Museu do Videogame, basta acessar o site.

Serviço: Museu do Videogame Itinerante no Shopping SP Market

Endereço: Av. das Nações Unidas, 22.540 – ao lado estação Jurubatuba – Linha 9 da CPTM
Período: de 8 a 30 de outubro de 2016 – GRATIS
Estacionamento: R$ 8,00 por 2 horas, e R$ 2,00 por hora adicional / Manobrista: R$ 9,00 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (carro). Moto: primeira hora R$ 4,00 e R$ 1,00 por hora adicional.
Informações: (11) 5682.3666 – www.shoppingspmarket.com.br