Caminhos para a Cidadania – Novo jogo gratuito do Instituto CCR ensina crianças sobre cuidados no trânsito

Responsabilidade no trânsito não é exclusiva dos motoristas, mas também dos pedestres a fim de evitar acidentes. Foi pensando nas crianças que o Instituto CCR criou o jogo gratuito Caminhos para a Cidadania, um título educativo que visa mostrar às crianças cuidados necessários no trânsito e atitudes de um bom cidadão. É a primeira vez que o Responsa, mascote oficial de campanhas de segurança no trânsito do Grupo CCR, vai ao mundo virtual para se unir ao Lucas e à Luiza, personagens do Caminhos para a Cidadania, e combater as Más Ideias.

Basicamente, Caminhos para a Cidadania é um platformer bem simples de jogar: basta clicar nas setas do teclado para avançar. O macete é que ao longo da caminhada o jogador se depara com algumas situações e deve tomar decisões para prosseguir sem sofrer danos, por exemplo, apenas andar no sinal verde do trânsito ou respeitar as placas referentes a acessibilidade. Há ainda momentos que aludem ao uso indevido do smartphone, veículos sem segurança, preguiça, sono, direção perigosa e união de bebida alcoólica e direção.

A ideia é mostrar às crianças as principais causas de acidentes de maneira lúdica e divertida. Caminhos para a Cidadania conta com gráficos bem coloridos e uma jogabilidade bem simples, de modo a tornar o título atrativo para as crianças.

A ação faz parte de uma das atividades do programa Caminhos para a Cidadania que são abertas para todos que tiverem interesse em proporcionar às crianças o ensino da cidadania de forma divertida. Para aprender brincando, é só clicar neste link e iniciar o “Jogo do Trânsito – Nível 3”. O game é gratuito e livre para todas as idades.

ação Caminhos para a Cidadania

O programa é uma ação socioeducacional para alunos dos 4º e 5º anos da rede pública de ensino que leva os temas segurança no trânsito, cidadania e mobilidade urbana às escolas. Em 2019, o Caminhos para a Cidadania iniciou o uso de uma plataforma para a realização do curso livre EAD a professores, coordenadores municipais e pedagógicos. Em 2020, o programa tornou-se totalmente digital, inclusive para os alunos, mas, devido a pandemia, o cronograma sofreu alterações. Além dos conteúdos voltados aos municípios adeptos ao programa, o site conta com várias outras atividades, jogos e dicas disponíveis ao público geral.

Abaixo você pode ver um vídeo institucional do Caminhos para a Cidadania:

Revolta dos Búzios é tema de game a ser lançado no dia 03 de novembro no Muncab

Após o sucesso do jogo Sociedade Nagô, o time da Strike Games, desenvolvedora de games de cunho pedagógico, está prestes a lança seu terceiro jogo educativo. Trata-se de Revolta dos Búzios, que, a exemplo dos seus antecessores, busca resgatar nos jogos a cultura do povo preto baiano e conta com músicas de Tonho Matéria. O título será lançado no dia 03 de novembro, no Museu Nacional de Cultura Afro Brasileira – Muncab, das 14h às 16h.

Revolta dos Búzios reconta a revolta separatista de 1798, ocorrida na Bahia e que terminou com 33 pessoas processadas por tentarem promover o levante na cidade de Salvador contra a dominação Portuguesa. No dia 4 de março de 2011, os quatro protagonistas da Revolta dos Búzios (os alfaiates Manoel Faustino e João de Deus, e os soldados Lucas Dantas e Luiz Gonzaga) foram considerados heróis devido à importância que tiveram para o Estado Brasileiro.

Essas personalidades também foram incluídas no livro dos Heróis Brasileiros. A revolta também contou com a presença feminina, dentre elas, Ana Romana. O aplicativo é gamificado e reconta os fatos reais com uma jogabilidade ao estilo Point and Click, com influencias de Graphic Novel.

A designação Revolta dos Búzios se deve ao fato de alguns membros do movimento usarem um búzio (concha de molusco em forma de espiral) preso à uma pulseira para facilitar a identificação entre si. O movimento foi um dos mais famosos envolvendo a cultura afro contra a dominação portuguesa e serviu para inspirar outros movimentos revoltosos contra a coroa. O título está disponível para mobile através da Play Store e para PCs via Itch.io.

Abaixo tem um trailer de Revolta dos Búzios:

Ferreiros e Alquimistas – jogo brasileiro reconta a história da tribo indígena Tayronas da Colômbia e o processo de alquimia para criar o ouro de tolo

O jogo Ferreiros e Alquimistas é um daqueles projetos educativos que transcendem a barreira e o preconceito que muitos jogadores têm com jogos do gênero. O game é uma verdadeira aula de história e química, apesar de ter cara de um adventure moderno. Aqui o jogador entra na pele de uma jovem da tribo Tayrona, que deve utilizar seus conhecimentos em alquimia para forjar o famoso “ouro” de Tumbaga. O game nasceu de um projeto da UFRGS e já conquistou bastante aclamação desde o ano passado.

O game é uma analogia ao que o povo Tayrona fazia na época dos conquistadores espanhóis. Nativos da região da Colômbia, os Tayronas viviam.pacificamente até os espanhóis chegarem e passarem a exigir o ouro da região. A partir de seus conhecimentos da região, os Tayronas faziam expedições para buscar elementos químicos a fim de criar a liga Tumbaga, composta de ouro e cobre, a liga mais usada entre os ourives pré-hispânicos do território colombiano.

Para isso, o jogador deve coletar diferentes itens em determinados locais do relevo colombiano, tais como lagos, montanhas, cavernas e a vegetação nativa. Ao todo são três objetivos a serem cumpridos nesta primeira fase do game: produzir o espelho de Tumbaga, criar um colar de Tumbaga e a criação de uma escultura da mesma liga. Cada uma dessas etapas necessita de um processo específico, como polir ouro, coletar cera de abelha, ou adquirir argila. Cada um desses processos replica as etapas que os verdadeiros Tayronas faziam para entregar o ouro aos espanhóis.

Na época de colonização da América do Sul os espanhóis estavam surpresos com a quantidade de ouro que os Tayronas possuíam, mas o que eles não sabiam era que todo o material era composto por 95% de cobre e apenas 5% de ouro. Acontece que no processo de alquimia, os indígenas realizavam uma infusão feita com uma planta chamada chulco, que fazia com que a superfície em cobre fosse corroída e deixasse à mostra apenas os átomos de ouro na parte exterior. Quando os espanhóis descobriram o engodo começou uma tensão entre os povos. Foi daí que surgiu a expressão ouro de tolo.

Ferreiros e Alquimistas foi desenvolvido por um grupo pertencente ao NAPEAD (Núcleo de Apoio Pedagógico à Educação a Distância da UFRGS), com liderança do professor de química Marcelo Eichler. O grupo, aliás, já pensa nas próximas duas fases do game. De acordo com Marcelo, o segundo capítulo vai se passar no Caribe e contará uma parte da história envolvendo escravatura e o trabalho de Ferreiros nas formas de Siderito (um metal advindo de um meteoro). A terceira parte será mais focada na alquimia e vai levar o jogador até a Europa.

Ferreiros e Alquimistas foi possível graças a um financiamento em 2015 através do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul). Em meados de 2017, o título foi finalista em Curitiba da SBGames (Simpósio Brasileiro de Games e Entretenimento) na categoria jogos educativos. A expectativa é que o game conquiste ainda mais sucesso entre os jogadores brasileiros e se torne um marco entre os jogos educativos. Você pode acessar o game aqui.

Abaixo tem um trailer de Ferreiros e Alquimistas: