Pixel Ripped 1989 Ganhará Edição Limitada de Mídia Física em Agosto

Pixel Ripped do estúdio ARVORE já pode ser considerado um dos games mais inteligentes produzidos no Brasil em todos os tempos. Tanta qualidade não poderia deixar de ser reconhecida. Após fazer parte nas melhores casas dedicadas a jogos de realidade virtual de SP, o game acaba de ganhar sua merecida versão física para quem gosta de colecionar jogos neste formato.

A desenvolvedora e editora brasileira ARVORE e a publisher britânica Perp Games firmaram parceria para uma edição física Cassete Rosa extremamente limitada em 25 de agosto para PlayStation VR. Com apenas 1500 cópias, as pré-encomendas da Pink Cassette Edition estão abertas agora e estarão disponíveis exclusivamente para compra na Perp Games Store (link).

Além disso, a também sequência aclamada pela crítica, Pixel Ripped 1995 (link), está disponível nas plataformas PSVR e Oculus em todos os países europeus e recebe uma atualização em vários idiomas nas plataformas Oculus Quest e Rift (será lançada em breve), adicionando alemão, francês, japonês, coreano e espanhol.

Além da Pink Cassette Edition, a Perp Games também acaba de anunciar que estará vendendo uma edição física padrão do Pixel Ripped 1989 no PlayStation VR. Esta edição padrão será vendida apenas através da Perp Games Store, não é limitada e estará disponível enquanto houver demanda.

A Edição Cassete Rosa de Pixel Ripped 1989 custará £29,99 e a Edição Física padrão custará £19,89. Esta edição é especial para os fãs do Pixel Ripped 1989, mas será limitada a apenas 1.500 cópias. Depois que acabarem, elas terão acabado para sempre! A Pink Cassette Edition contém a esperada edição física para PlayStation VR de Pixel Ripped 1989, mas será apresentada em uma autêntica caixa de jogos no estilo dos anos 80. De acordo com o estúdio ARVORE, também está incluída na caixa da edição limitada uma unidade USB de fita cassete rosa retro, repleta de itens digitais, como a trilha sonora oficial do Pixel Ripped 1989, papel de parede e arte exclusiva. Haverá até um conjunto de edição limitada de 3 cartões postais, assinados pela diretora do jogo, Ana Ribeiro.

“Este é um marco incrivelmente emocionante para a Perp Games Store. Sabemos que os fãs estão ansiosos para saber mais sobre nossos planos com o Pixel Ripped 1989 e a Pink Cassette Edition é algo que mal podemos esperar para compartilhar com você quando for lançado no 25 de agosto “, disse Mickey Torode da Perp Games.

As pré-encomendas estão já estão abertas. Se você está comprando desde o Reino Unido, basta acessar a Perp Games Store e preencher o formulário de pedido. Para quem está comprando de fora do Reino Unido, é necessário enviar um e-mail para [email protected] com seu endereço completo para receber uma cotação, incluindo postagem. Você também pode solicitar e escolher se deseja receber uma cópia ESRB ou PEGI do jogo.

Pixel Ripped 1989 é uma louca homenagem ao passado dos games. O jogador fará uma jornada para dentro da tela dos videogames e além. Situado na era dos consoles 8 bits, esse jogo dentro de um jogo segue as aventuras de Dot, uma personagem de videogame que tem o seu mundo ameaçado pelo Cyblin Lord, um vilão capaz de atravessar a barreira entre o mundo dos games e a vida real.

Pixel Ripped colocar o jogador no papel de Nicola, uma aluna de segunda série que precisa ajudar a Dot a salvar as duas realidades desta ameaça encarando desafios no mundo 2D de jogos retrô, ao mesmo tempo distraindo uma professora irritada e fugindo do temido diretor do colégio no mundo 3D. Para mais informações sobre o Pixel Ripped 1989, visite o site do game.

Abaixo tem o trailer de Pixel Ripped:

Shopping de São Paulo recebe primeira unidade do Voyager, nova casa dedicada à realidade virtual

Na última quinta-feira (09 de agosto) a cidade de São Paulo ganhou um novo centro de entretenimento voltado para os fãs de jogos digitais: o Voyager. Localizado no terceiro andar do Shopping JK Iguatemi, o Voyager foi criado pelo estúdio ARVORE e promete uma experiência pioneira no Brasil, um centro de entretenimento dedicado à realidade virtual. Podemos simplificar o projeto como um fliperama totalmente dedicado à jogos, cinemáticas e demais experiências que fazem uso dos óculos de realidade virtual.

O espaço possui 350 metros (bastante aproveitado ) e comporta jogos e experiências diversificadas, tais como o multiplayer Jousting Time, que tem ambientação medieval; o famoso Beat Saber; a animação Asteroids; e o brasileiro Pixel Ripped 1989. A intenção é oferecer variedade e divertir os jogadores. De acordo om Ricardo Laganaro, Chief Storytelling Officer da ARVORE, o Voyager conta com um catálogo de 20 jogos que serão trocados de tempos em tempos.

Ricardo Laganaro, Chief Storytelling Officer da ARVORE

“Temos cerca de vinte jogos aqui no Voyager, eles devem ser trocados em cerca de quinze a 20 dias para as pessoas conheçam coisas novas”, disse Ricardo Laganaro. Segundo o executivo a ideia é abrir seis unidades até o final do ano, de modo que a Voyager não ficara restrita apenas aos jogadores de São Paulo. Outra ideia para o futuro é abraçar produções nacionais, diz Laganaro. “Os produtores independentes terão sim a oportunidade de colocar seus jogos no Voyager. Temos planos de abrir espaço para a indústria nacional, até porque o mercado de VR ainda é bastante experimental”, conclui o executivo.

Além de a tecnologia VR ainda não ser massificada, um fato destacado por Ricardo Laganaro é que o tempo de jogatina no Voyager é de cerca de uma hora, inviabilizando jogos grandes que já fazem uso do VR, tais como Resident Evil 7 ou Skyrim. Ainda assim, é possível que os jogos estejam em formato de demonstração, tal como Pixel Ripped 1989, da própria ARVORE, que na versão final tem cerca de quatro horas de jogo.

Um dos destaques do Voyager é o viral Beat Saber

A aposta da ARVORE não é injustificada: de acordo com relatório da Goldman Sachs, a realidade virtual movimentou cerca de US$ 2 bilhões apenas em 2017 e a previsão é de alta, principalmente no Brasil. A expectativa é que o público jovem conheça a experiência e passe mais tempo conhecendo a tecnologia.

E engana-se quem pensa que só os videogames são afetados pelo VR: as empresas de publicidade, cinema, automobilismo e telecomunicações já sonham com os lucros da realidade virtual. Para se ter ideia, só no Brasil o número de empresas que começaram a trabalhar com o VR subiu de 8 para 150. Até mesmo o Grupo Globo já cresceu os olhos para a tecnologia.

Por que vale a pena o ingresso para o Voyager?

Durante nossa visita pudemos testar vários dos jogos expostos no Voyager. Desses, podemos destacar quatro projetos em especial que merecem uma jogada: Pixel Ripped 1989, Life of Us, Dreams of “O” e o Race FX. Esses quatro são os mais indicados para entender o Voyager e a tecnologia de realidade virtual e todas as suas possibilidades.

 

Pixel Ripped 1989

Pixel Ripped

Já falamos algumas vezes sobre o projeto criado pela Ana Ribeiro, mas vale a pena falar sobre as primeiras impressões. O jogo transportar o jogador para um mundo fantástico em que videogame e vida real se misturam. Você é uma garota no meio da sala de aula que não consegue evitar uma partida de seu Gameboy. O problema é que a professora está atenta e vai fazer de tudo para o jogador largar o console. Em alguns momentos, Pixel Ripped mistura o 2D e o 3D de uma maneira que surpreende bastante. Mesmo nos momentos em que o objetivo é distrair a professora, Pixel Ripped consegue soluções inventivas para não entediar o jogador.

 

Life of Us

Este aqui não é bem um jogo, mas sim uma experiência interativa onde duas pessoas passam por toda a história da vida na Terra, passando por diferentes fases da nossa existência. O jogador vai ter a oportunidade de ser um peixe pré-histórico ou mesmo um dinossauro. O conceito e bastante interessante e os gráficos são bem desenvolvidos.

 

Dreams of “O”

Outra experiência sensorial é o Dreams of O, inspirado no Cirque du Soleil. Basicamente o jogador se torna um expectador de acrobacias e números audaciosos de artistas do circo mais famoso do mundo. A trilha sonora e os efeitos visuais são o ponto alto. Como é uma experiência mais voltada ao visual, Dreams of O pode ser apreciado por pessoas pouco familiarizadas com videogames. É uma experiência bem artística.

 

Race FX

 

Esta experiência é ideal para quem gosta de corrida. Trata-se de um simulador de formula 1, incluindo um cockpit em tamanho real com giroscópio. Ao usar os óculos de realidade virtual, espera-se uma experiência bem próxima de um carro de verdade. Já que o cockpit se move de um lado a outro, o jogador acaba sentindo na pele as colisões e curvas. Mas não se engane: é uma experiência intensa e pode causar estranheza em quem não tem familiaridade com arcades. Já dá para imaginar como as coisas vão ser no futuro quando autoescolas implantarem realidade virtual com gráficos foto realistas.

 

Serviço – Voyager

Onde: Shopping JK Iguatemi – Av. Juscelino Kubitschek, 2041, Vila Olímpia, SP

Quando: Segunda a Domingo das 10hs às 21:30hs

Idade: a partir dos 7 anos

Quanto: R$ 59,90

Abaixo tem fotos do Voyager (autoria de Wolfigang Emiliano)

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Pixel Ripped 1989 – Entrevistamos os criadores do mais ambicioso game de realidade virtual criado no Brasil

A inteligência artificial é o grande alvo do estúdio ARVORE, que está numa grande semana graças ao lançamento do aguardado Pixel Ripped 1989, um game que mistura a realidade virtual e a premissa de jogos retro. Nós publicamos uma matéria sobre o game e o seu principal diferencial em meio a tantos jogos do mercado nacional, hoje temos uma entrevista com o pessoal que desenvolveu o projeto, falando sobre os detalhes, desafios e o cenário brasileiro de games.

Para quem não se lembra, o Pixel Ripped é um jogo de realidade virtual em que o jogador deve ajudar a heroína Dot a salvar o mundo da ameaça de Cyblin Lorde, um vilão capaz de ameaçar o mundo digital e o mundo real. Para isso, você encarna a jovem estudante Nicola . O game tem muitas referências a jogos da geração 8-16 bits como Megaman, Battletoads e Sonic.

Pixel Ripped 1989 estará disponível nas plataformas PlaystationVROculus Rift e SteamVR. Aqueles que optarem pela compra antecipada no PlaystationVR e Oculus, poderão comprar o jogo pelo valor promocional de $19.99 dólares. O preço final no lançamento será$24,99 dólares. Haverá também um desconto temporário de lançamento para consumidores da Steam começando no dia 31 de Julho.

Confira abaixo a entrevista sobre  Pixel Ripped 1989 com o pessoal do ARVORE:

Ana Ribeiro
Ana Ribeiro

GameReporter: Como o estúdio ARVORE foi criado? E de onde surgiu a ideia para o nome?

ARVORE: O estúdio foi fundado por Ricardo Justus, Rodrigo Terra, e Edouard de Montmort em 2017 para criar, produzir e desenvolver games e experiências de storytelling imersivo para realidade virtual e aumentada. O nome vem de uma junção das siglas “AR” e “VR” (Augmented Reality e Virtual Reality) aliado ao fato que narrativas interativas são “branching narratives”, como os galhos de uma árvore.

 

De onde veio a ideia para o desenvolvimento para Pixel Ripped?

No ano 2013, a Ana Ribeiro, nossa Diretora Criativa, viajou para estudar um curso de desenvolvimento de jogos na Inglaterra, e uma noite ela teve um sonho muito revelador. No sonho a Ana estava sentada na frente da TV, jogando um jogo da geração de 16 bit, e ela estava num quarto todo pixelado, a estética do quarto mudava assim evoluíam os gráficos do jogo que a Ana jogava. Até que chegou um ponto que o quarto e os gráficos do jogo tinham o mesmo nível de realismo. Nesse momento a Ana acordou e se deu conta de quanto poderosa era a idéia de mostrar a história dos videogames e desde uma realidade paralela que permitisse até conectar e até entrar dentro deles! Aquela ideia inicial continuou evoluindo até o que hoje em dia é o Pixel Ripped 1989.

A equipe do estúdio ARVORE reunida.

Quais foram os maiores desafios durante o processo de desenvolvimento do jogo?

Pelo fato do jogo ter demorado quatro anos para ser desenvolvido, tivemos que adaptar ele aos novos modelos e funcionalidades dos headsets que iam aparecendo com o tempo. Então tivemos que adaptar a tecnologia do jogo para suportar todas essas mudanças. Esse seria o maior desafio, depois desse podemos falar da produção do jogo tendo um time remoto de várias pessoas em diferentes continentes e das dificuldades para achar financiamento para finalizar o jogo.

 

Soubemos que o game passou por diversos eventos e conquistou alguns prêmios importantes. Vocês ficaram surpresos com o sucesso tão rápido?

Ficamos surpresos sim, o jogo começou como um projeto universitário que nem se pensou como algo para aprender a usar a Realidade Virtual. Quando foi colocado na loja da Oculus e começamos a ter uma grande repercussão na imprensa e os vídeos do jogo conseguiram 5 milhões de visitas em 3 meses a gente se deu conta de que aquele jogo merecia ser desenvolvido como projeto comercial.

 

Pixel Ripped foi pensado com base na realidade virtual. Quem não possui um óculos vai conseguir jogar o game? Se sim, a experiência será a mesma?

O jogo foi desenvolvido e pensado para realidade virtual, simplesmente ele não pode ser jogado e entendido completamente sem essa tecnologia.

O game tem muitas referências aos jogos dos anos 80-90. Quais foram as principais influências durante o desenvolvimento?

As principais influências são os jogos de plataformas de finais dos 80s e início dos 90s, como as séries Megaman, Sonic e Super Mario Bros, na estética e mecânicas. Mas também tem referências a muitos outros jogos como Battletoads, Tetris ou até Pokémon.

 

Sobre o cenário de desenvolvimento de jogos no Brasil, a quantas anda a nossa indústria? Dá para viver de jogo?

Na nossa área de VR sentimos que não estamos muito atrás, o Brasil pode sim dessa vez participar do surgimento de uma grande média. Os desenvolvedores do mundo todo estão no mesmo barco, descobrindo tudo agora sobre realidade virtual. Aqui não estamos atrás no desenvolvimento, já existem vários desenvolvedores brasileiros de VR, como a Skullfish, IMGNation, VR Monkey, Black River Studios, a ARVORE foi a primeira empresa brasileira focada somente em experiências imersivas a ser VC funded. A única diferença que percebemos mais desenvolvendo aqui no Brasil é a dificuldade de acesso aos headsets de VR. Não existem representantes das plataformas de Realidade Virtual aqui no país e em consequência disso fica difícil o acesso dos desenvolvedores pros kits de desenvolvimento.

Quais os proximos desafios do ARVORE após o lançamento de Pixel Ripped?

Estamos desbravando e sempre inovando nos meios imersivos, criando projetos que já nascem em realidade virtual. Para isso, temos que prototipar muito e testar muitas coisas novas, integrando diversas tecnologias diferentes. Já temos alguns games de realidade virtual e experiências interativas multi-sensoriais inovadoras no nosso pipeline de desenvolvimento que anunciaremos em breve, assim como as sequências do Pixel Ripped, que vão abordar diferentes eras da história dos games.

 

Já tem alguns anos que os grandes players dizem que a realidade virtual é o futuro da indústria, mas em nosso país os equipamentos possuem preços proibitivos. Vocês fazem apostas de quando a tecnologia VR será mais acessível aos jogadores médios?

Como qualquer tecnologia nova, os preços rapidamente caem com o tempo e com a adoção de cada vez mais pessoas. Enquanto isso, estamos trazendo essa tecnologia para os jogadores apostando em espaços de entretenimento de Realidade Virtual aqui no Brasil, os chamados LBEs (Location Based Experiences). Acabamos de abrir o Voyager, um espaço no shopping JK Iguatemi em São Paulo onde os visitantes podem jogar e experimentar o estado da arte de VR, incluindo o Pixel Ripped 1989 e outras experiências desenvolvidas pela ARVORE, assim como os melhores games e experiências do mundo de VR. A idéia é abrir diversos espaços desses por todo o Brasil.   

O que os jogadores podem esperar de Pixel Ripped? Qual foi o objetivo do estúdio com este game?

O jogo é um projeto feito com paixão e muitos anos de desenvolvimento, criado pela Ana Ribeiro, que além de ser uma força criativa em pessoa, lutou muito para fazer o game acontecer e nunca desistiu. Ela estava desenvolvendo o game praticamente sozinha quando no final do ano passado trouxemos ela para dentro do estúdio, investimos no game e demos um time para terminarmos o game juntos. Não tínhamos a menor dúvida sobre isso, é um projeto do qual já éramos grandes fãs antes mesmo da Ana vir para a empresa. É cheio de surpresas, easter eggs, referências aos games do passado, ao mesmo tempo sendo super criativo e original. Não tem nada em VR parecido com ele. Além disso é uma viagem nostálgica que vai tocar qualquer um que viveu essa época dos anos 80. E é um jogo que nasceu em VR, para VR, e nem faria sentido se não fosse em VR. O nosso estúdio sempre procura projetos assim, que tem esse DNA original e que só seriam possíveis em realidade virtual, e que trazem algo novo para o meio.