O apocalipse zumbi chega à cidade de São Paulo em 2017 com o game indie Marco Zero

Durante o auge da crise hídrica que assolou a cidade de São Paulo, uma estratégia do governo e empresários é colocada em prática: despoluir a represa Billings a fim de colocá-la para uso da população o mais rápido possível. Entretanto algo desastroso acontece e uma doença infecta a água afetando toda a população, transformando as pessoas em zumbis. Este é o argumento de Marco Zero, game da produtora indie Monster Burp.

Você é Jonatan, um dos poucos sobreviventes que deve explorar a cidade devastada. Sua missão é encontrar e resgatar sobreviventes desse horror. Jonatan vivia em um campo de contenção livre da contaminação e é um dos poucos a ser liberados para ir à cidade devido a suas habilidades de combate. Porém as coisas não serão fáceis, pois a cidade está devastada e os inimigos estão em maior número.

Marco Zero não esconde suas influências de The Last of Us e clássicos como Resident Evil. Além do mundo pós-apocalíptico, o jogo promete um enredo cativante e bem complexo, além de puzzles bem imaginativos a serem resolvidos. É bem aterrador ver essa versão de São Paulo totalmente destruída, inclusive os jogadores irão passar por pontos turísticos da cidade. De acordo com os produtores, o game é dividido entre as seguintes áreas: Subúrbio, Centro Novo e Centro Velho.

A Monster Burp chegou a levar o game durante a BGS 2016 e a previsão de lançamento é 2017. A expectativa é que o game possua cerca de quinze horas de duração em sua versão final e dezenas de ambientes exploráveis, como escolas e lojas. A intenção é elevar o nível da produção de games indies nacionais. Durante a jogatina você vai conferir conflitos de ideais entre diferentes NPCs que defendem suas ideais mais extremas para acabar com o apocalipse.

Dê uma olhada no gameplay de Marco Zero:

Conheça o jogo de boxe brasileiro Cruz Brothers

Já ouviu falar do Cruz Brothers Game? Se você esteve na área indie da BGs 2016 as chances são altas de que tenha visto ou ouvido falar no título da produtora Donut Coffeeshop, mas se não esteve no evento, vamos falar um pouco deste título que possui uma proposta bem bacana. Basicamente é um simulador de boxe baseado em uma história real.

O estúdio Donut Coffeeshop juntou-se à Escola de Boxe Marcus Luz para criar uma web serie de boxe durante uma viagem a Cuba. O projeto deu tão certo que os responsáveis decidiram criar um jogo eletrônico, porém ao invés de simplesmente fazer um game de luta eles decidiram criar um simulador, mostrando como treinar o esporte. Além disso, questões extra-ringue podem interferir na performance dos atletas.

marc_luz-768x512A ideia parece ter sido criar uma homenagem ao mundo do boxe profissional. Os protagonistas são os irmãos Felipe Cruz e Igro Cruz, que são lutadores de boxe. Não por acaso, o modo campanha mostra a trajetória dos atletas para se tornarem campeões mundiais. O macete é que durante a aventura o jogador evolui os personagens  para encarar os desafios de maneira mais eficiente.

Esses pontos personalizáveis são atributos como dureza, força, confiança, agilidade etc. Além disso, alguns itens alterarm a performance do atleta como luvas e tênis melhores. Na fase de treinamento pré-desafio você vai para o centro de treinamento para treinar os golpes e movimentos básicos. Não basta sair esmagando os botões, mas sim esperar o melhor momento para atacar e se defender, tal como em um combate real.

A câmera se posiciona em lateral (side scrolling), lembrando muito jogos da era árcade dos games de luta como Tekken e Virtua Fighter. Porém, a mecânica é mais fiel a um combate real, ou seja, quando você tenta atacar automaticamente está abrindo mão da defesa. Mas não se preocupe: é possível tirar a defesa adversária atingindo áreas mais vulneráveis como o abdômen ou esperar o contragolpe fatal.

Mas fica o aviso: o Cruz Brothers não é totalmente uma simulação. Na verdade ele está num meio termo com o estilo árcade. Os lutadores não se cansam, por exemplo, evitando-se que os combates sejam desacelerados. Existem cinco modos de jogo, incluindo o divertido multiplayer local para até quatro participantes. Há uma versão para testes para PC e MAC. A expectativa é que o título desperte o interesse de jogadores pelo esporte de lutas marciais e pelo trabalho realizado pela Escola de Marcus Luz.

Abaixo você pode conferir um trailer de Cruz Brothers Game:

Opus Castle leva o jogador para Castelinho assombrado da rua Apa, em São Paulo

A realidade virtual foi uma das atrações mais alardeadas durante a Brasil Game Show 2016. Um dos jogos mais notáveis a utilizar essa tecnologia foi o Opus Castle, único título para o HTC Vive e um dos melhores destaques da área indie do evento. A Messier Game & Animations fez uma parceria com a FIAP e  um grupo de alunos do curso de Jogos Digitais trabalhou no desenvolvimento do jogo bem como na apresentação do game em um estande bem bacana. Basicamente trata-se de um jogo de terror em primeira pessoa que tem como pano de fundo uma das histórias mais assombrosas da capital paulista.

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O grande macete é que além dos óculos de realidade virtual, Opus Castle também conta com capacidades gestuais, graças à tecnologia envolvida no HTC Vive. A ação se passa no Castelinho da rua Apa, localizada no centro de São Paulo, onde contam que nos anos 30 uma família inteira foi assassinada sem que a polícia chegasse ao responsável pelos crimes de forma conclusiva. Após muitos anos o tal Castelo ainda existe e é considerado um dos lugares mais assombrados do Brasil.

unnamedNo game, o jogador deve explorar as salas e ambientes secretos do Castelinho, deparando-se com as famosas aparições sobrenaturais, barulhos vindos de lugar algum e lamentos de espíritos do passado. Nesse ínterim, você acorda em um dos cômodos ao lado de um corpo crivado de balas. Suicídio ou assassinato? Você deve resolver este mistério ou fugir por sua vida.

Quem visitou o estande da Messier na BGS experimentou uma imersão sensorial sem precedentes, com uma arma na mão e uma lanterna em outra, o jogador podia caminhar pelo cenário e interagir com vários itens realmente assustadores. Inclusive o pessoal do Tecmundo levou um susto homérico jogando Opus Castle (no vídeo abaixo). A intenção parece ter sido se distanciar do que a maioria dos desenvolvedores brasileiros estão fazendo. O detalhe é que apesar de ter foco na realidade virtual, os responsáveis pelo projeto não descartam uma versão tradicional, sem o uso do HTC Vive.

Opus Castle ainda não tem data de lançamento definida, mas já fica a dica: fique de olho neste projeto se você é fã de games de terror, pois ele promete ser um dos melhores para as próximas temporadas. Mais informações podem ser obtidas no site oficial do jogo.

Abaixo tem o gameplay de Opus Castle: