Assassin’s Creed III atinge a marca de 7 milhões de cópias vendidas

Assassin’s Creed III

A Ubisoft tem muitas razões para continuar investindo na franquia Assassin’s Creed no futuro, pois, como se não bastasse a alta qualidade da franquia, o último game lançado, Assassin’s Creed III, acabou de bater a marca de 7 milhões de cópias vendidas em todo o mundo desde seu lançamento em novembro de 2012.

De acordo com a empresa francesa, outros números impressionantes também foram alcançados com o terceiro game: os jogadores singleplayer já acumularam em conjunto mais de 82 séculos de jogatina, mais de 230 milhões de navios já naufragaram no game e mais de 5 bilhões de sessões já foram iniciadas no modo multiplayer online.

De acordo com Tony Key, vice-presidente de vendas e marketing da Ubisoft, o sucesso do game já o coloca como um dos campeões de venda do fim de ano e a receptividade do público era esperada, pois, segundo o executivo, a companhia sabia que tinha um produto especial nas mãos.

Aqui no Brasil, o sucesso de Assassin’s Creed III também pôde ser sentido: o game acumulou mais de 200 mil cópias vendidas em apenas 1 mês, tornando-se o maior lançamento já feito pela Ubisoft no país. E se depender da empresa, as coisas não devem parar por aí: o plano da Ubisoft é alavancar ainda mais as vendas por aqui através de lançamentos de DLCs especialmente para o público local.

“(…) disponibilizamos o DLC com a dublagem em português do Brasil e, com isso, temos certeza que vamos atingir um publico ainda maior”, disse Bertrand Chaverot, diretor geral da Ubisoft no Brasil.

Alguém duvida que em 2014 a Ubisoft deve lançar mais algum produto com a marca Assassin’s Creed?

Balanço geral: como foi o Brazilian International Game Festival

Festival BIG / Brazilian International Game Festival

Fim de jogo! Após 11 dias de muita jogatina, experimentos, palestras, demonstrações e negócios, teve fim o BIG Brazilian International Game Festival (leia mais aqui), evento de games dedicado aos jogos independentes realizado no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. O GameReporter esteve lá acompanhando esse evento tão peculiar e traz agora o que de melhor ocorreu.

A primeira (e principal) atração do BIG era a exposição de jogos independentes. O pessoal da organização reservou um amplo espaço no Museu a fim de disponibilizar os 19 jogos presentes na exposição para o público visitante. Dava para testar os jogos para conhecer seus visuais e mecânicas antes de votar em quais eram os melhores. O melhor é que alguns dos games presentes na exposição eram verdadeiras peças de arte dignas de estarem em um museu, vejam vocês.

Um dos destaques da exposição era um game para iPad chamado Fingle, da Game Oven Studios. O game era bem simples: a tela apresentava alguns quadrados que deveriam ser arrastados até serem sincronizados com outros quadrados “fantasmas”. Parece bem simples não?  A dificuldade chegava nas fases em que os quadrados começavam a se mexer ou estavam em posições afastadas, obrigando o jogador a dar nós em seus dedos para sincronizar os quadrados. Simples, funcional e divertido, dá até para jogador em duas pessoas.

Outro destaque digno de nota é o jogo Papo & Yo do estúdio Minority do Canadá. O game já havia sido lançado em agosto para a PSN, mas ainda não havia sido apresentado ao público brasileiro. O game é um grande puzzle que coloca o jogador na pele de um garoto chamado Quico em uma favela brasileira. O game é cheio de analogias e o grande destaque é o modo como os desenvolvedores utilizaram a imaginação de Quico para resolver os puzzles. Anote aí, pois deveremos falar desse jogo novamente no futuro.

Outro jogo que se fez notar foi Unmechanical , que se tornou bem famoso entre os fãs de jogos indie. No título, você controla um robozinho que deve explorar cavernas e resolver puzzles. Apesar da ideia simples, o game agrada bastante pela ambientação e os quebra cabeças envolventes. O game, aliás, ganhou o prêmio máximo do evento (a lista de vencedores você confere logo abaixo).  Além destes jogos, haviam outros destaques como Awesomenauts, Capsized, Tiny & Big, entre outros .

Os 19 games que estavam no evento concorriam ainda nas categorias da premiação que rolou no antepenúltimo dia do evento a prêmios variados, dependendo de cada categoria. O prêmio máximo era de R$ 30 mil. Ainda sobre a exposição, vale dizer que uma das primeiras que você veria ao chegar na exposição era um telão exibindo o vídeo de apresentação de Angry Birds Star Wars, apesar do game não estar lá, claramente mostrando um caso de sucesso entre os desenvolvedores indies. Afinal, nunca se sabe se algum dos games ali também podem se tornar tão grandes quanto o game da Rovio…

Além da exposição, outra atração interessante do BIG foi a Dev Island, um desafio que colocou quatro times para encarar o desafio de produzir um game do zero em apenas 24 horas. Havia algumas diretrizes que os times deveriam seguir para criar o game. O tema era ”comer, beber e jogar”, ou seja, dá para imaginar que dali saiu projetos muito divertidos.  O times participantes foram o Fire Horse, o Behold Studios, o Catavento e o Miniboss. Cada um deles teve de vencer o sono e as dificuldades de se desenvolver um game com um prazo apertado, mas garantindo que estaria jogável ao final do evento.

Outra atração muito bem conduzida do BIG foi a Demo Night, uma noite em que desenvolvedores independentes podiam apresentar seus projetos no palco e serem julgados por investidores e empresários do ramo, alguns deles vindos de empresas grandes como a Konami e a Microsoft. A ideia era que se não saíssem do BIG com um negócio fechado, ao menos saíssem de lá com um feedback de como deveriam conduzir seus games a fim de melhorá-los até serem publicáveis.

Os desenvolvedores apresentavam seus games e em seguida os representantes das empresas os julgavam, mais ou menos como ocorre em TCCs na Universidade. As apresentações serviram para mostrar que nossos desenvolvedores realmente sabem fazer jogos, pois alguns estavam com qualidade excedendo as expectativas como Schrödy, Toren e XH2O. Ao todo, dez games se apresentaram na Demo Night, cada um tentando ganhar seu espaço e mostrando que tem potencial para ser lançado por uma grande Publisher.

Outras atrações do evento foram os workshops e palestras com os profissionais e convidados do evento, que falavam ao público um pouco sobre suas empresas, e variados temas envolvendo os jogos eletrônicos e suas relações, como por exemplo, “games e educação” e “games e a televisão”, “games e negócios”, e por aí foi. Foi um dos momentos em que dava para tirar algumas dicas para se tornar um desenvolvedor de um game de sucesso.

Para fechar o BIG ainda teve um coquetel entre os desenvolvedores, jornalistas, empresários e convidados para aquele bate-papo esperto, pegar contatos e fechar negócios. Após isso, houve a exibição do documentário Indie Game: The Movie, que já falamos aqui no GameReporter em outras ocasiões. Parece que o objetivo era mostrar aos desenvolvedores que há casos iguais aos deles em que se dedica tempo e dinheiro em uma ideia desacreditada, mas que no fim acabam dando certo.

E como não falar da premiação dos melhores games do BIG? Na sexta-feira, 30 de novembro, rolou a entrega dos troféus para os destaques do evento. A premiação teve como mestre de cerimônias o Luciano Amaral da Play TV, e apesar do atraso no início o público presente não arredou o pé do auditório do Museu a fim de não perder uma noite célebre. De acordo com a organização do evento, ano que vem tem mais! E pelo jeito como foi essa primeira edição, em 2013 as coisas deverão ser ainda maiores!

Confira abaixo a lista dos vencedores em suas respectivas categorias do Brazilian International Game Festival

Melhor Jogo da Demonight: XH2O

Melhor Jogo da Dev Island: Pro Gamer: The Game, da equipe Catavento

Melhor Jogo Online: Jelly Escape

Melhor Jogo pelo Voto Popular: Papo & Yo

Melhor Sound Design: Unmechanical

Melhor Arte: Wonderputt

Melhor Narrativa: Papo & Yo

Melhor Gameplay: Tiny & Big

Revelação Brasil: Out There Somewhere

Melhor Jogo: Unmechanical

Games for Change ocorre entre os dias 13 a 15 de dezembro de 2012

games for change

Mais um evento voltado aos jogos eletrônicos desembarca em São Paulo neste finalzinho de ano. Chegou a vez do II Games for Change que ocorre entre os dias 13 a 15 de dezembro de 2012 no Memorial da América Latina, em São Paulo. Ao contrário de grandes feiras de games, o festival  Games for Change tem um objetivo mais social, buscando mostrar pesquisas e inovações na área dos jogos que busquem algum tipo de transformação social entre seus usuários.

Além de apresentar jogos, o Festival conta ainda com oficinas em game design, palestras, debates e até uma feira de trocas, doações e descarte de games e brinquedos eletrônicos. No Games for Change dá para ficar mais interado em como os jogos podem contribuir para educação, ambientalismo, economia, tecnologia, sustentabilidade, empreendedorismo e cultura.

O Games for Change nasceu em 2004 e ganhou notoriedade por ser a maior organização sem fins lucrativos sobre jogos eletrônicos com intenção e potencial de impacto social por onde passa. Hoje em dia, o Festival tornou-se uma rede de alcance global. O Games for Change chegou na América Latina em 2011 graças a um acordo entre o grupo de pesquisa, cultura e extensão Cidade do Conhecimento da Universidade de São Paulo e em parceria com Fundação Volkswagen, AMD Foundation e o consórcio europeu PRO-IDEAL.

“São jogos desenvolvidos com o intuito de sensibilizar as pessoas, fazer com que elas reflitam mais e melhor sobre problemas”, disse Gilson Schwartz, coordenador da Cidade do Conhecimento da USP, que também é diretor para América Latina da Games for Change na ocasião da 1° edição do circuito Latino Americano 2011. A pegada para a edição 2012 será a mesma.

Entre os temas abordados ao longo do evento estarão a Educação Aplicada em Games; Game Design; Novas Narrativas; A economia da convergência entre internet e games; Games na Saúde e muito mais. As atrações contarão com as presenças de vários professores universitários que falarão sobre a suas experiências e o poder dos games como elemento transformador.

No site oficial há uma longa lista contendo todas as atrações do Festival. Os interessados em participar das palestras e oficinas devem fazer inscrição no site do evento. Alunos e professores da rede pública ganham bolsas integrais para participar, demais candidatos precisam indicar qual a necessidade no formulário.