Novo trailer apresenta Sophia’s Animal Clinic, simulação veterinária que chega aos consoles em dezembro de 2025

A produtora revelou um novo trailer de Sophia’s Animal Clinic – Mission Wildlife Park, reforçando a proposta educativa e o foco na rotina veterinária dentro de um parque de animais silvestres. O título, voltado para jogadores interessados em cuidados com animais e experiências de simulação, já tem lançamento definido: chega em 4 de dezembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S, enquanto a versão de Nintendo Switch fica para 15 de dezembro de 2025.

O jogo apresenta uma campanha solo em que o jogador assume o papel de Sophia, responsável por atender animais feridos ou doentes em um ambiente que mistura clínica e área de preservação. Ao longo da jornada, o público encontra espécies como cavalos, veados, patos, burros, cabras, coelhos e outros habitantes do parque, cada um com comportamentos, sintomas e necessidades específicas. Mais de 30 doenças diferentes podem ser tratadas, exigindo observação atenta e a utilização de ferramentas inspiradas em equipamentos reais da prática veterinária.

Sophia's Animal Clinic

A proposta combina um ritmo acessível, pensado para iniciantes, com a simulação de procedimentos clínicos básicos. Os desenvolvedores destacam que a experiência é construída para incentivar empatia e compreensão dos cuidados necessários para manter a saúde dos animais. Além dos diagnósticos e tratamentos, o jogador acompanha a evolução de cada caso, identifica reações e adapta intervenções conforme o progresso do paciente.

Outro ponto enfatizado é o caráter educativo. As mecânicas foram estruturadas para apresentar informações sobre comportamento animal, primeiros cuidados, higiene, bem-estar e fundamentos da medicina veterinária. A equipe promete controles intuitivos e animações detalhadas, reforçando o apelo ao público jovem e a quem busca experiências mais leves, porém com conteúdo informativo. Para mais informações, acesse a página da desenvolvedora.

Abaixo tem o trailer de Sophia’s Animal Clinic:

OMS reconhece dependência em games como doença – Docente do curso de Psicologia da Estácio esclarece impactos

Desde o dia 1º de janeiro deste ano a Organização Mundial de Saúde (OMS) entende que a dependência de games como uma doença capaz de trazer prejuízos físicos e emocionais nos âmbitos pessoal e profissional. O transtorno ganhou tratamento no Brasil, chamado de “Computer Gaming Addicts Anonymous (CGAA)” — adictos em jogos eletrônicos anônimos — com reuniões semanais feitas pelo Zoom.

A docente do curso de Psicologia da Estácio, Renata Mafra, ressalva que o gaming disorder (transtorno dos jogos eletrônicos), como também é conhecido, mesmo sendo classificado como uma dependência comportamental, possui um mecanismo de funcionamento semelhante ao da dependência física (química).

“A dependência física está associada ao uso de substâncias psicoativas que agem no cérebro, repercutindo no psiquismo e no comportamento humano. Essas substâncias atuam nas áreas ou circuitos de recompensa do cérebro, liberando a dopamina, que é um neurotransmissor associado à sensação de prazer”, elucida.

Segundo a psicóloga, o adicto nega a dependência e a prioridade que o jogo passa a ter em sua vida. “Os principais sintomas estão relacionados ao tempo, à intensidade e à prioridade que o jogo ganha na vida de quem passa a substituir os momentos e a relação com família, trabalho, estudos, lazer, amigos, dentre outros”, aponta Renata Mafra.

O tratamento exige um acompanhamento de profissionais especializados, mas a rede de apoio é fator fundamental. “A psicoterapia atuará nos aspectos comportamentais, afetivos e sociais, enquanto que a psiquiatria irá estabelecer um tratamento medicamentoso de apoio aos sintomas de abstinência e de transtornos associados. Além do suporte familiar, grupos, como os Jogadores Anônimos, possibilitam o encontro com pessoas que já passaram por períodos ou situações semelhantes e podem contribuir com suas histórias e estratégias de superação”, orienta a docente da Estácio.

O comprometimento do vício em games pode ser ainda mais grave em crianças e adolescentes porque estão em processo de desenvolvimento, podendo ainda manifestar a síndrome de abstinência por meio de irritabilidade, insônia, ansiedade e tremores.

“A diversidade das atividades escolares, o esporte e o convívio social possibilitam a evolução emocional e cognitiva. A dependência intervém sobre esse processo com consequências diversas: problemas de interação social, isolamento, alterações no sono, na alimentação, na afetividade, sedentarismo, irritabilidade e baixo desempenho nos estudos. Se os jogos têm um apelo violento, há ainda uma sobrecarga de estresse com aumento na liberação de cortisol, além de alterações no comportamento”, observa Renata Mafra.

Para prevenir o contato nocivo de crianças e adolescentes com games, Renata Mafra destaca que é preciso estabelecer limites de tempo de exposição.

“A Sociedade Brasileira de Pediatria lançou um manual que estabelece o tempo de uso de tela adequado para crianças e adolescentes, inclusive os jogos. No entanto, existem pessoas mais predispostas à dependência e no caso de jogos, estudos indicam que pessoas do sexo masculino e aquelas com algum transtorno compulsivo ou personalidade impulsiva são mais propensas. A boa notícia é que existem fatores protetores que contribuem para a prevenção, que é uma presença atenta a afetuosa da família, a prática de esportes, a limitação educativa no tempo de uso de tecnologias, as atividades ao ar livre”, salienta a psicóloga.

EndeavorRX – EUA aprovam jogo para tratamento de déficit de atenção

Os jogos eletrônicos conquistaram um marco histórico nesta semana. A Food and Drug Administration (FDA), uma agência ligada ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos permitiu que o jogo EndeavorRX (Akil Interactive) seja prescrito para tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) para crianças de 8 a 12 anos. Sim, pela primeira vez na história um jogo será prescrito como um medicamento.

A decisão foi tomada após sete anos de ensaios clínicos envolvendo mais de 600 crianças. Segundo o experimento, um terço das crianças que participaram não tiveram mais problemas de concentração após jogar o game por cerca de 25 minutos por dia, durante cinco dias por semana em um intervalo de quatro semanas. A FDA passa assim a autorizar que médicos prescrevam o título, que está disponível na App Store.

“A melhora no TDAH após um mês de tratamento com EndeavorRX foi mantida por até um mês”, afirma o site da empresa. Os efeitos colaterais mais comumente relatados são frustração e dor de cabeça – moderados aos associados à medicina convencional. No entanto, deve-se notar que o estudo foi realizado por médicos empregados pelo desenvolvedor do jogo, e eles também observam que os resultados são “insuficientes para sugerir que o jogo deva ser usado como uma alternativa aos tratamentos estabelecidos e recomendados para o TDAH”, diz o comunicado da Akil Interactive.

Apesar de animador, é necessário manter cautela, uma vez que os estudos foram conduzidos por médicos contratados pela desenvolvedora, o que pode ser considerado conflito de interesses. Vale destacar que o próprio estudo conduzido concluiu que os resultados não são conclusivos, uma vez que não são suficientes para sugerir que EndeavorRX seja tratado como substituto de outros tratamentos.

É necessário informar que EndeavorRX possui seus efeitos colaterais, tal como qualquer outro medicamento, tais como frustração, quando não se obtém sucesso e dores de cabeça de cabeça quando jogado por longos períodos.Ainda assim, a comunidade gamer americana entende que o jogo pode ser usado como mais uma maneira complementar para reabilitar crianças com essa condição.

Sobre EndeavorRX

O game é um platformer com visuais bem infantis e que lembra clássicos do gênero como Crash Bandicoot, Spyro e Ratchet & Clank. Os jogadores devem desviar de variados obstáculos, destruir inimigos e colecionar itens. Tudo bastante colorido vibrante para capturar as atenções dos jogadores.

Abaixo você confere o trailer de EndeavorRX: