Top 5 – Jogos feitos para ajudar no combate à depressão e ansiedade

Durante a pandemia do novo coronavírus muitas pessoas relataram passar por uma situação de extremo estresse, e não foi por menos! Contudo, os jogos online foram a salvação de muitas pessoas durante esse período de isolamento social. De acordo com um estudo feito pelo Programa Xbox Research Accessibility Community Feedback, 84% das pessoas afirmaram que os games ajudaram em relação à saúde mental no período mais forte da pandemia.

“Após um dia estressante no home office, há quem encontre conforto em passar um tempo na frente da televisão ou do computador jogando alguma coisa. É importante ter a noção do quanto esse tempo é benéfico para a saúde mental”, afirma Dr. Victor Kurita, (CRM 98008 SP), médico focado na saúde física e mental dos gamers. Pensando nisso, o médico selecionou cinco jogos online criados especialmente para ajudar pessoas com transtornos de ansiedade e depressão.

Jornada do Acolhimento: criado em parceria com associações de psicólogos e psiquiatras, o jogo é feito propriamente para conscientizar os jogadores sobre a depressão. São quatro estágios que passeiam pela fase da descoberta, superação, esperança e cuidado.

Hellblade: Senua’s Sacrifice: o jogo foi criado a partir de eventos reais após a invasão viking nas ilhas Orkney e a personagem do Jogo, Senua, viaja para um dos mundos da Mitologia Nórdica. Enquanto a jornada dela acontece, o game mostra com clareza como se comporta uma pessoa com ansiedade e até mesmo com episódios de psicose.

Sea of Solitude: o jogo se passa na Alemanha após uma enchente devastadora e a personagem principal, Kay, passa pela cidade destruída totalmente solitária e sozinha. Entre os monstros que ela combate, ao longo do jogo fica implícito que isso tudo na verdade vem da protagonista, que passa por uma fase de depressão severa, mas vê um lampejo de esperança com outras representações artísticas de luz no meio da escuridão.

Celeste: com uma arte mais voltada para o que lembra os anos 80, a ideia do jogo é ajudar Madeline a sobreviver à seus demônios interiores. Isso acontece enquanto ela está na jornada de escalada de uma montanha até seu topo evitando a morte. A ‘luta’ é de uma pessoa com ansiedade e depressão e faz o jogador empatizar com a personagem, fazendo o possível para que ela chegue ao final.

Flower: o jogo não é desafiador, mas tem a intenção de trazer sentimentos e sensações boas ao jogador. Também sem diálogos, o arco narrativo é formado pelas artes visuais e emocionais. Ao controlar as pétalas que voam graças ao vento, o jogo é considerado como uma terapia para jogadores com depressão.

Por mais que existam muitos estudos que falem sobre como o uso excessivo de games pode ser prejudicial à saúde mental, outros debatem exatamente o contrário, como é o caso dos pesquisadores da Universidade de Oxford, que relacionam o modo de jogar com o bem-estar dos jogadores. Matti Vuorre, um dos autores do estudo, afirma que os jogos oferecem uma alternativa interessante e satisfatória em relação aos contatos restritivos da pandemia.

“Apesar de muito tempo de tela não ser recomendado, os jogos online podem ser muito benéficos para a saúde mental, tanto para reduzir o estresse, quanto para apoiar o equilíbrio mental e ajudar com o relaxamento. Eles oferecem um escape, uma chance de deixar suas preocupações diárias para trás por um tempo e fazer algo completamente diferente”, finaliza Dr. Victor.

Pandemia desperta interesse dos jovens em se aprimorar nos jogos eletrônicos

A pandemia do covid-19 teve impacto nos hábitos dos jogadores de videogame mundo afora. De acordo com o Relatório Global de Mercado de E-sports feito pela NewZoo, principal empresa de análise deste segmento, vídeos de jogos eletrônicos já são mais consumidos que Spotify, Netflix, Amazon Prime, HBO e Disney Plus juntos. Com a chegada da pandemia e a necessidade do isolamento social, foi acrescentado a este cenário o componente tempo das pessoas em casa, que provocou um crescimento exponencial na busca por informações e aprendizado a respeito do tema.

No Brasil, uma das empresas que mais rapidamente captaram este fenômeno foi a Prota Games, produtora de conteúdo que alcança média superior a 2 milhões de visualizações semanais, somente no YouTube. A empresa produz materiais informativos, didáticos e de entretenimento para a plataforma, além de cursos pagos, sobre os jogos League of Legends, Free Fire, Fortnite, Valorant, Call of Duty e Wild Rift. O CEO da startup, Santiago Blanco, afirma que a avalanche de demanda foi detectada logo no primeiro mês de isolamento e, desde então, os canais da empresa têm mantido um crescimento médio de 110% de audiência ao mês.

“Chegamos à posição de segundo canal de e-sports mais visto no YouTube, apenas com trabalho orgânico. O próximo passo é justamente expor nossa marca ao mercado como oportunidade de investimento diferenciada e especializada para grandes marcas que querem investir neste universo”, explica.

Um dos grandes diferenciais da empresa é a oferta de conteúdos produzidos e ministrados por jogadores profissionais já consolidados no universo dos e-sports, o que atrai desde players ocasionais que desejam melhorar sua performance nos games até aqueles que sonham em se tornarem atletas de alto nível. Em todo o país, cerca de 95 milhões de pessoas se consideram gamers, conforme apurou a BBL, empresa especializada em soluções de entretenimento, que atua nos e-sports. Dessas, a Pesquisa Game Brasil 2021 mostrou que 74,6% consomem conteúdo do segmento no Youtube, totalizando um público de 72 milhões de pessoas.

 

Equipamentos de alta qualidade

Muitos jogadores atribuem a melhora em aspectos importantes dos games aos equipamentos utilizados. Um fone de alta qualidade auxilia melhor na identificação de um oponente, enquanto um mouse produzido especificamente para jogos pode tornar um movimento mais ágil. Porém, como atualmente os melhores produtos deste segmento são produzidos no exterior, o custo fica ainda maior devido às importações.

Um levantamento feito pela empresa com cerca de 16 mil pessoas determinou quais equipamentos os gamers brasileiros desejam melhorar entre os que já possuem. 53% afirmaram que desejam adquirir cadeiras gamers, que são desenvolvidas para proporcionar maior conforto durante as partidas e podem custar de R﹩ 400,00 a mais de R﹩ 5 mil. Outros 19% consideram os headsets (fones com microfone) mais urgentes, enquanto teclados (15%) e mouses (13%) foram os itens menos desejados.

Dia da Matemática: Projetos e jogos ensinam e divertem

Adorada por alguns, temida por outros, a Matemática é uma das matérias mais importantes do período escolar. No Brasil, o dia 6 de maio foi escolhido como Dia da Matemática, em homenagem ao escritor e educador brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba Tahan. Cercada de números e operações, a matemática está presente no dia a dia de todas as pessoas. No período de isolamento social, com atividades remotas e híbridas, muitos projetos, jogos e atividades contribuíram com o ensino e colocaram a família toda para aprender. Hoje vamos falar de alguns!

Tornar a Matemática cada vez mais próximo da realidade dos alunos é uma das tarefas mais importantes nesse período. “Quando realizamos uma atividade contextualizada aproximamos a situação para realidades que estão presentes na rotina dos alunos. E quando falamos de crianças e adolescentes, é claro que o brincar, os jogos e games fazem parte da desse dia a dia”, explica o professor Luiz Filipe Trovão, do Marista Escola Social Ir Rui.

Matemática no dia a dia

Para o professor, as atividades e os projetos proporcionam momentos de experiências entre as disciplinas. “O conhecimento é amplo, e quando integramos a realidade, os estudantes podem compreender mais do que os números”, reforça Luiz Filipe. Um dos projetos do Marista Escola Social Ir Rui, que atende crianças e adolescentes gratuitamente em Ribeirão Preto (SP) é o Juntos Somos Mais. O objetivo da ação é aprender matemática por meio dos gastos diários de consumo, de energia, água, o tempo do banho ou de escovar os dentes. “Com base nessas anotações criamos cálculos e fórmulas para aliar os números e o consumo consciente”, relata.

Outro projeto da professora Adriana Ezequiel é o Redescoberta, os alunos do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental receberam em casa, kits com diversos jogos de tabuleiros, criados por ela, que ensinam as principais operações matemáticas. “A ideia é entender que as operações que aprendemos no início da nossa caminhada na escola, nos acompanham a vida toda e podem ser aprendidas de uma forma divertida, principalmente nesse período em que vivemos”, revela Adriana.

Aprendizado para toda família

Para a mãe de Sabrina, Vitória Souza de Freitas, aluna do 5º ano, essas ações contribuem para momentos de aprendizado e diversão de toda família. “Muitas coisas mudaram na forma de ensinar, eu não tive a oportunidade de terminar meus estudos, então junto com ela, aprendemos muito também”, reforça Maira Sousa Mendes.

A estudante de apenas 8 anos confessa as dificuldades na disciplina. “Não é minha matéria favorita, eu demoro mais para entender, mas com esse jogos, a gente nem sente, fica muito mais divertido de aprender”, revela.

Para celebrar o Dia da Matemática, os professores da disciplina revelam dicas de atividades que podem ser feitas em casa. O lema é aprender brincando:

Crie jogos de tabuleiro

No lugar de comprar aquele jogo pronto, que tal criar o próprio jogo de tabuleiro? Uma atividade com as famílias que envolve a imaginação e a criatividade. As crianças podem criar regras e os pais auxiliam na confecção de dados, trilhas, números para as peças e etc. O momento além de ensinar, vai garantir muita diversão.

Utilize materiais recicláveis

Garrafas, papelão, folhas utilizadas, embalagens de leite e outros produtos. Utilizar materiais recicláveis para criar o próprio jogo é uma das formas de aprender a sustentabilidade e a matemática.

Use ações da rotina

Muitas das atividades do dia a dia incluem a matemática, cozinhar, por exemplo, inclui somar, dividir ingredientes, contar o tempo de preparo. Assim como andar de bicicleta, patins, ou de carro. “Em casa, os pais e responsáveis podem criar tabelinhas na geladeira, contabilizando o tempo do banho, da água na hora de escovar os dentes, da luz acesa no quarto. Algumas famílias criam até uma competição saudável, que pode conscientizar e ensinar muito, brincando”, reforça Luiz Filipe.