Bandai Namco e Look North World se unem para criar jogo de Gundam: Requiem for Vengeance no Fortnite

Em uma colaboração inédita, a Bandai Namco Entertainment America Inc. e a Look North World anunciaram, durante a edição 2024 da San Diego Comic Convention, a criação de uma ilha no Unreal Editor para Fortnite (UEFN). A iniciativa celebra a estreia da série de anime Gundam: Requiem for Vengeance, que será lançada em breve na Netflix.

A Look North World, conhecida por seu trabalho inovador em plataformas de criação como UEFN e Curseforge, está à frente do desenvolvimento do jogo de Gundam: Requiem for Vengeance. Fundada por um dos membros originais da Bungie, responsável pelo icônico Halo, a empresa promete trazer uma nova experiência aos fãs de Gundam e Fortnite.

Karim Farghaly, Vice-Presidente Sênior de Desenvolvimento Corporativo da Bandai Namco Entertainment America Inc., destacou a empolgação com a parceria:

“Trabalhar com a Look North World para criar Gundam: Requiem for Vengeance na forma de um jogo dentro do Fortnite tem sido uma experiência maravilhosa. Sua capacidade de criar jogos empolgantes para milhões de fãs e jogadores em plataformas de criação como Fortnite é ilimitada, e a adaptação do próximo Gundam: Requiem for Vengeance para um emocionante jogo Mata-Mata em Equipe destaca o poder do Unreal Engine e a engenhosidade e habilidade da Look North World. Mal podemos esperar para que os fãs de Gundam comecem suas batalhas no Fortnite.”

O novo anime, Gundam: Requiem for Vengeance, que estreia na Netflix em 17 de outubro, foi completamente animado utilizando o Unreal Engine 5. Esse mesmo motor gráfico foi utilizado pela Look North World para criar uma experiência de jogo envolvente e competitiva no estilo Mata-Mata em Equipe dentro do Fortnite.

Durante as partidas, os jogadores podem fortalecer os Mobile Suits da sua equipe ao acumularem pontos e assistências. Cada equipe terá um piloto designado para liberar o poder destrutivo de seu Mobile Suit, sendo o Gundam EX para a EFSF ou o ZAKU II (Unidentified Type) Solari para as forças de Zeon, o que pode virar o jogo e garantir a vitória.

O jogo estará disponível em todas as plataformas que suportam Fortnite, incluindo PC, consoles e dispositivos Android, e seu lançamento está previsto para logo após a estreia do anime na Netflix, em 17 de outubro.

Com essa colaboração, a Bandai Namco e a Look North World não apenas celebram o lançamento do novo anime, mas também ampliam a experiência dos fãs de Gundam, oferecendo uma interação inédita com o universo da série em um dos jogos mais populares da atualidade.

Abaixo tem o trailer de Gundam: Requiem for Vengeance:

Review: Hellblade 2 é um poema cinematográfico em formato de jogo 

Texto por: Victor Candido 

Em 2017 a Ninja Theory (desenvolvedora de jogos como Heavenly Sword, Enslaved, DMC: Devil May Cry e Bleeding Edge) resolveu lançar um jogo cuja experiência fugia de diversos padrões da indústria, e até mesmo dos jogos que eles vinham lançando até a data,  nascia ali Hellblade: Senua’s Sacrifice, um jogo com foco narrativo acima da média, onde a jogabilidade simples casou-se com uma experiência sensorial única, é um jogo onde praticamente você é obrigado a jogar com fones de ouvido devido ao seu excelente tratamento sonoro e imersão, além de trazer visuais impressionantes e captura de expressões faciais incríveis. 

Sendo um jogo que trata de um tema altamente sensível (saúde mental), acabou tornand0-se referência neste assunto, sendo uma experiência altamente precisa e talvez um dos melhores conteúdos interativos já produzidos que trata deste assunto. 

Passados sete anos, surge a sua continuação, intitulada de Senua’s Saga: Hellblade 2, uma nova experiência narrativa em formato de jogo. A primeira coisa que deve estar clara é que quem adorou o primeiro, tem a obrigação de jogar o segundo. Entretanto, aqueles que não apreciaram o estilo do primeiro game é melhor passar longe, pois é fato de que não é um jogo para todos. É aquele tipo de produto que não vai fazer um desconhecedor de games a passar a gostar desse tipo de entretenimento, pois o desconforto trazido por esse jogo traz é real graças a sua alta imersão. 

O que é Hellblade 2

Existem diversas formas de se contar uma história, seja em livros, quadrinhos, filmes,  obras de artes, músicas e por que não, jogos.  Hellblade não quer que você passe horas e horas matutando um puzzle ou enfrentando hordas de inimigos. A dinâmica aqui aqui é que você simplesmente aprecie a história.

Então o que define ele como jogo, não é exatamente a melhor coisa dele, que seria seu loop entre combate e puzzles, mas sim seus corredores lineares, onde a todo momento as vozes da cabeça de Senua lhe conta algo. Cutscenes, seu belíssimo visual, paisagens e os coletáveis, tudo está interligado a história e o conjunto disso formam o que realmente Hellblade é: um poema cinematográfico em formato de jogo. 

A história de Hellblade 2 ocorre um pouco depois do primeiro, Senua está em barco de escravos indo para a Islândia, atrás dos escravagistas que castigaram o seu povo no primeiro jogo. Esse barco naufraga e Senua deve explorar essas terras desconhecidas descobrindo a existência de gigantes e o horror que eles trazem. A grande surpresa é que a personagem não está sozinha, dessa vez existem pessoas que vão acompanhá-la e isso traz um ritmo melhor ao jogo e torna a jornada ainda mais  interessante. 

Seu texto aborda diversos temas como solidão, vingança, medos, propósitos na vida entre outros aspectos, ele não é  tão direto como o do primeiro jogo onde retratou luto de forma bastante clara, muitas coisas estão nas entrelinhas e cabe a interpretação, mas em sua camada mais fina você encontra uma jornada até mesmo de heroísmo, com diversas nuances e aquela já conhecida abordagem de saúde mental vinda do primeiro jogo segue presente. Dando ao jogador uma imersão entre realismo e alucinação. 

A escrita mostra uma maturidade muito maior do que a que foi vista no primeiro jogo, o tratamento dos diálogos, ritmo de jogo e a forma como a Ninja Theory lida com a psicose mostra um trabalho de evolução nesses aspectos o tornam Hellblade 2 muito melhor que seu antecessor. 

O combate está melhor, mas não é perfeito

Hellblade 2 melhora muito aspectos do seu antecessor, porém os puzzles continuam chatos. Felizmente esses quebra-cabeças são mais escassos e o combate está muito mais brutal, divertido e, dessa vez, as mecânicas casam perfeitamente, pois você sempre irá enfrentar um inimigo por vez, ou seja, o maior problema do combate do primeiro jogo foi corrigido. Mas apesar disso o combate segue com um fator de estranheza, pois a impressão de que se dá é que em momentos onde possui diversos inimigos na cena, eles formam uma fila e você enfrenta eles um a um, o que soa engraçado na prática. 

Outro fator ruim é a repetição de inimigos, algo bastante comum em diversos jogos, mas penso que se os combates desse jogo são tão pontuais caberia um esforço em tornar isso em menor escala, com mais inimigos únicos e formas individuais de derrotá-los e torná-los mais desafiadores, pois de modo geral o jogo é fácil. 

Ainda falando dos combates, eles são como cutscenes interativas, estão ligados diretamente a história na maioria das vezes, e possui jogos de câmeras muitos cinematográficos, além de atuações e movimentação bastante realistas. A brutalidade dos combates segue presente em um teor ainda maior que o antecessor, e  Senua aqui interpretada novamente por Melina Juergens dá um show de atuação durante o combate. A coreografia torna o impacto dos combates muito maior e mais prazeroso do que foi no primeiro jogo. 

De forma geral, é um combate competente, dentro do escopo, mas o jogo está longe de ser resumido a isso, pois definitivamente, Hellblade não é sobre isso. 

Em menor escala, os puzzles estão no jogo apenas para quebrar o ritmo

Um dos problemas do primeiro jogo sem dúvida alguma é a quantidade de puzzles e como eles são feitos, onde praticamente todos eles se resumem a encontrar símbolos no cenário para abrir uma passagem. Aqui isso se repete, felizmente em uma escala muito menor. 

Infelizmente os puzzles são os momentos mais fracos de Hellblade 2, todos eles são simples e como o jogo é curto fico me perguntando porque que não deram mais atenção a esse ponto, colocando desafios melhor elaborados. Certamente Hellblade 2 ganharia mais valor nesses aspectos. 

A impressão de que se dá é que os puzzles estão ali para tentar atrasar o jogador, quebrando o ritmo do jogo. 

A experiência está mais densa e flerta com o medo

O que torna Hellblade 2 um jogo charmoso é sem dúvida o conjunto da obra e não aspectos isolados, estamos diante de um jogo que quer te contar algo nem que isso sacrifique uma jogabilidade mais empolgante. 

Outro ponto a ser ressaltado é a sua abordagem quanto ao jogo como todo, Hellblade 2 é um flerte com o terror, desespero, solidão e trevas. Tudo isso é trazido à tona ao longo dos corredores, trilhas e campos em que Senua caminha, acompanhada pelas vozes em sua cabeça. Assim, resta ao jogador adentrar um caminho que muitas vezes vai soar perturbador, criando uma experiência que (para alguns) pode soar como um “walk simulator” onde tudo que você faz é caminhar, mas se você parar e perceber tudo que está ao seu redor é um formato de narrativa bastante interessante onde tudo que lhe cerca quer te contar algo, de forma indireta e direta. 

Existem trechos  densos e carregados de sentimentos negativos, você sente o peso disso observando o cenário, na atuação dos personagens e nos diálogos. Tudo no jogo é carregado de uma tristeza  e nessa jornada Senua deve passar por um fardo muito maior que isso e  o jogo como todo transmite isso muito que bem.

Hellblade 2

Visuais de cair o queixo e eis aqui o tal jogo de “nova geração”

Visualmente ouso dizer que nenhum jogo traz tamanho visual, até mesmo Alan Wake 2 que é um dos jogos mais bonitos já lançados.  Joguei em um PC equipado com uma RTX 3060 e com isso consegui jogar na qualidade “alta”. Com essa configuração, não obtive uma taxa de quadros estável, mas foi o suficiente para conseguir concluir o game. É impressionante o trabalho aqui feito, seja de texturas do cenário, poças de água, efeitos de iluminação, fogo, neblina, céu e a grande cereja do bolo: expressões visuais. O trabalho de detalhes nos personagens é um dos aspectos mais impressionantes

O jogo é feito na Unreal Engine 5 e talvez seja o melhor trabalho feito com esse motor até então, ainda que estejamos falando de um jogo linear, com cenários fechados, sem muitos elementos na tela como outros NPCs. Dito isso, é óbvio que é mais fácil dar essa densidade de detalhes do que em um GTA, por exemplo, ainda assim, se quiser mostrar a alguém os tais gráficos de nova geração, Hellblade 2 é o melhor até agora. Os visuais desse jogo estão em um nível tão acima que parei um pouco para brincar com o modo foto deles e as capturas presentes aqui são tiradas diretamente dele. 

Trabalho sonoro continua sendo um espetáculo

Assim como seu antecessor, Hellblade 2 possui diversos avisos da obrigação de jogar com fones de ouvido,  e ela faz total sentido, Senua é uma personagem que escuta vozes em sua cabeça, e são sussurros  que dão uma experiência imersiva sem tamanho ao jogador, e é impossível que outra saída de áudio faça igual, mas não é o único motivo, todo trabalho de áudio seja foley (captura de som por objetos), diálogos, explosões e nos combates estão a um patamar muito acima do primeiro, estão melhor mixados e tratados de forma artesanal para que toda essa obrigação com fones de ouvido faça total sentido. 

Hellblade 2

Conclusão: Hellblade 2: Senua’s Saga até essa data, é um marco do audiovisual quando o assunto é jogos 

Hellblade 2 é um jogo que está acima de tudo em termos visuais e tanto sua jogabilidade quanto o combate não são as melhores, mas estão longe de ser um desastre e há melhorias visíveis em relação ao primeiro. Trata-se de uma experiência linear com cerca de 7 horas de duração, dependendo do que você fizer. 

Como experiência narrativa ele brilha e muito, possui momentos sufocantes, com impressionantes atuações, combinados com um deslumbrante visual, mostrando que o jogo tem mais poder sobre esses aspectos do que com outros.  Sua conclusão é bastante incômoda, sem dar spoilers, aqui a experiência foi bem mais interpretativa do que foi visto no primeiro, deixando um gosto de “quero mais” e sinceramente torço para existir um terceiro jogo dessa franquia. 

É um jogo que me prendeu do início ao fim, pois possui um ritmo muito melhor que o primeiro jogo, sendo uma experiência melhor refinada com uma abordagem muito mais densa e melhor apreciada. Sendo uma evolução do primeiro jogo honesta e necessária. 

Nota: 8 (Bom)

BIG Festival 2023: Criador de Call of Duty revela seu novo jogo, Martial Arts Tycoon

Durante o prestigioso BIG Festival, foi revelado o aguardado jogo independente Martial Arts Tycoon, desenvolvido pelo talentoso estúdio Good Dog Studios. Essa nova empreitada promete envolver os jogadores em uma jornada emocionante, com foco na ascensão de uma academia de Jiu Jitsu, partindo de uma humilde favela e almejando conquistar todo o território brasileiro.

Impressionando os presentes com sua incrível qualidade visual, graças à poderosa Unreal Engine 5, o Martial Arts Tycoon apresentou um teaser cativante durante o evento, lançado no dia 30 de junho.

Trata-se de um jogo de gerenciamento de recursos, no qual os jogadores serão desafiados a administrar habilmente a academia de Jiu Jitsu, buscando romper as barreiras da favela e estabelecer seu domínio em todas as regiões do país. Com previsão de lançamento para 2024, os entusiastas já podem conferir a página do jogo na plataforma Steam.

Para garantir o sucesso desse ambicioso projeto, a Good Dog Studios conta com a experiência e o talento de Chance Glasco, ex-produtor da renomada série de jogos Call of Duty, que assume a direção criativa de Martial Arts Tycoon. Sua conexão pessoal com o esporte temático do jogo e seu evidente entusiasmo demonstram sua confiança no sucesso desse empreendimento.

Martial Arts Tycoon está sendo desenvolvido pela Good Dog Studios e tem previsão de lançamento para PC e consoles em 2024.

Confira abaixo o trailer de martial arts tycoon: