Indústria de games prevê aumento de 15% este ano e abre espaço para novos projetos

Investir na produção de jogos eletrônicos deixou de ser uma aposta para ser um investimento mais do que promissor. Isso de acordo como novo levantamento da Global Frontier Report by Google for Games. Os dados levantados pela empresa mostram que o segmento gerou U﹩175.8 bilhões em receitas este ano e com a adoção do Home Office, houve um aumento de 45% no consumo de novos jogos. Atualmente, o mobile game representa 52% de todo o setor, maior que os jogos para PC e console. É por ver um mercado cada vez mais aquecido, que a GameJamPlus tem criado projetos correlacionados com o tema central: desenvolvimento de games.

Após uma ousada participação de Ian Rochlin, CEO da GameJamPlus, no programa Shark Tank Brasil, a startup carioca aumentou sua visibilidade para além do universo gamer. “Essa oportunidade nos abriu muitas portas e com isso, tiramos muitos planos do papel”, comenta Rochlin.

Além da tradicional maratona competitiva de desenvolvimento de jogos anual que já conquistou mais de 30 países, a startup em 2021 lançou mais dois grandes projetos que prometem dar uma guinada nesse segmento.

A primeira grande novidade, anunciada no mês de agosto, é a Indie Hero, que nasceu com a missão de ajudar desenvolvedores de jogos independentes a conquistarem seu lugar nesse mercado tão disputado. Dentre os serviços oferecidos estão assessoria jurídica, desenvolvimento de produto, estruturação financeira, produção de GDD, produção de pitch, estruturação da monetização, network com a indústria internacional, contato com investidores, entre outras atividades. Na primeira rodada de investimento realizada pela Indie Hero em outubro, 35 estúdios brasileiros defenderam seus planos de negócios em apresentações para investidores internacionais.

O segundo projeto foi intitulado de Xphere Club, e é voltado para talentos que sonham em trabalhar na área de games. A nova RH dos games acabou de ser lançada e já possui mais de 10 vagas abertas para captação de currículos. Hoje, a startup possui 5 empresas parceiras e mais de 3.000 candidatos cadastrados.

Neste ano, a 5ª edição da maratona, iniciada em outubro, contou com a participação de grandes empresas como a Gazeus Games, em busca de novos jogos para seu portfólio, e a Anjo Tintas, que estreou neste mercado desafiando os participantes da competição a criarem um jogo para a marca. Para 2022, a GameJamPlus mira cada vez mais alto.

“Acreditamos que o próximo ano será de crescimento para os jogos independentes no Brasil e no mundo. Esperamos estar cada vez mais lado a lado destes estúdios, ajudando a quebrar barreiras, para que mais pessoas possam trabalhar com o que amam”, finaliza Ian Rochlin.

Senac abre curso de Técnico em Programação de Jogos Digitais visando o crescimento do setor no Brasil

Investir numa carreira de sucesso eo que perturbar muitos jovens na hora de escolher uma profissão, afinal a idealização maior é trabalhar em algo que você gosta e que dê retorno financeiro no futuro. Mas você sabia que é possível unir seu hobby em videogames com uma carreira bem sucedida. Motivado por isto, o Senac EAD criou um novo curso voltado a quem quer trabalhar com produção de jogos.

E sim, é possível viver de jogos eletrônicos no Brasil. Segundo a NewZoo, uma das principais empresas de pesquisa sobre a indústria do setor, o Brasil possui o 13º maior mercado de games no mundo, com um total de 66,3 milhões de jogadores. Estes números revelam um mercado de oportunidades para quem quer investir na carreira e nos negócios envolvendo games. Não é por acaso que as principais editoras do mundo voltam seus olhos ao nosso país.

Esse potencial se torna ainda mais expressivo ao analisarmos outros dados, tais como os levantados pela consultoria PriceWaterhouseCoopers (PwC), que apontou que em 2016 o gasto com games no país foi de US$ 644 milhões. Para 2021, a expectativa é que este valor alcance US$ 1,4 bilhão, com crescimento médio de 17% ao ano. Muito desse dinheiro veio direto dos jogos mobile, deixando os mais céticos atônitos pela força de jogos como Pokémon Go ou Candy Crush Saga. Do total de gastos com jogos em 2016, a consultoria retromencionada informa que nada menos que US$ 220 milhões vieram de jogos mobile e este número deve chegar a US$ 712 milhões até 2021. E estamos falando apenas do Brasil!

Fonte: PriceWaterhouseCoopers

Com todo esse potencial de expansão, a tendência é que as empresas do segmento invistam cada vez mais em suas equipes, a fim de contar com profissionais preparados e atentos às inovações, além de atender com sucesso às exigências do seu público consumidor. Para André Ricardo Theodoro, coordenador dos cursos técnicos de informática e jogos digitais do Senac EAD, ainda há muito espaço para a expansão nesse mercado e as oportunidades para os profissionais são bem variadas.

O desenvolvedor de games pode atuar no segmento de jogos educacionais, jogos para treinamento ou, ainda, advergames que são utilizados para a divulgação de uma marca. Algumas empresas começaram por meio desse nicho de mercado, mas ainda há muito a ser explorado”, destaca André. O coordenador ressalta que o interessado em ingressar nesse setor deve ser curioso, gostar de desafios e estar sempre disposto a aprender.

Temos um guia bem interessante de instituições de ensino que oferecem o curso de jogos digitais. Há diferentes módulos, tais como Técnico em Programação de Jogos Digitais e Game Design Sênior. Ainda que pareça apenas um texto publicitário, aqui mesmo no GameReporter a gente posta vagas de emprego para quem é profissional do ramo. Uma das instituições que oferecem o curso é o Senac EAD, que, aliás, está com inscrições abertas até o dia 21 de setembro.

Ao fim do curso, ele terá uma produção própria, que poderá ser utilizada como portfólio em busca de oportunidades no mundo do trabalho”, diz André Theodoro.

A partir de 2013, com o lançamento do portal Senac EAD, a instituição ampliou a sua atuação em todo o país. Hoje, oferece um amplo portfólio de cursos livres, técnicos, de graduação, pós-graduação e extensão a distância, atendendo todo o Brasil e apoiados por mais de 300 polos presenciais para avaliações de cursos de pós-graduação emais de 260 para graduação.

Serviço: Técnico em Programação de Jogos Digitais – Senac EAD

Carga horária: 1.000 horas (15 meses)
Descontos: 20% para comerciário mediante autodeclaração no ato da inscrição; 5% para pagamento à vista (módulo).
Inscrições: até o dia 21/9/2018

Futuro da Indústria de Games está no Brasil, diz especialista técnico da Autodesk Brasil

O futuro da indústria de games está no Brasil! Pelo menos é isso o que pensa Rodrigo Assaf, especialista técnico da área de mídia e entretenimento da Autodesk Brasil. O profissional chegou a tal conclusão após estudar os resultados da pesquisa realizada pela Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), que dizia mostrou que no país existem mais de 46 milhões de pessoas ativas na internet, das quais 76% são usuários de games. O mais impressionante é que 50% desses jogadores estão dispostos a pagar para ter acesso aos jogos.

O estudo da Abragames mostra ainda que o Brasil é o quarto maior mercado consumidor de games do mundo, posição que coloca o país em destaque. Não é absurdo imaginar que o país possa se tornar uma das maiores referências da indústria global. De acordo com Rodrigo Assaf, existem cinco motivos para acreditar que o Brasil é o país do futuro na indústria dos games.

O primeiro motivo é que a mão de obra está cada vez mais qualificada graças ao advento de cursos voltados ao desenvolvimento, além disso, tal mão de obra tem uma gama de opções no mercado muito grande. O desenvolvedor pode criar gráfico e animações para indústrias como manufatura, publicitária, broadcast, arquitetura, etc.

O fator número dois é que o brasileiro é um gamer por natureza. O contato com games por muitos anos deram certo know how aos desenvolvedores, que ganharam expertise na hora de criar um novo produto. Além disso, o brasileiro é um povo criativo por natureza. Como terceiro ponto, Assaf aponta que produzir games está mais barato do que antigamente. Para o profissional, antigamente os processos de produção eram desenvolvidos em plataformas de alto custo, mas hoje em dia um único software pode ajudar o desenvolvedor a criar diferentes animações e efeitos em alto nível.

O quarto fator é que existem movimentos que tencionam impulsionar a indústria local, como o caso da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, que lançou recentemente um edital para fomento a projetos audiovisuais que inclui cinema, TV, criação de jogos eletrônicos, etc. Tal edital foi desenvolvido com o apoio da Abragames.

E por fim, a área de jogos eletrônicos está em ascensão. Entre 2012 e 2013 o setor cresceu 76%. Deste modo, pode-se inferir que o Brasil pode se tornar autossuficiente nesta indústria em poucos anos.  “Com flexibilidade de oferta de produtos, o desenvolvedor que se aventurar por esta indústria vai conseguir ganhar qualquer jogo”, disse Assaf.

Veja também: BNDEs divulga pesquisa sobre mercado de games