Earthion reduz preço no Steam – título é homenagem à era de ouro dos 16 bits

O aclamado shooter Earthion, desenvolvido pela Ancient Corp. e publicado pela Limited Run Games, agora está disponível no Steam por R$99, marcando uma redução em relação ao preço inicial. Desde seu lançamento digital para PC, em 31 de julho, o jogo vem recebendo elogios da crítica e da comunidade gamer por sua homenagem à era 16-bit e aos clássicos do Mega Drive.

Inspirado nos shooters que dominaram os consoles da década de 1990, Earthion oferece oito fases intensas, cada uma com inimigos e chefes únicos, aliados a visuais vibrantes e uma trilha sonora composta pelo renomado Yuzo Koshiro, conhecido por títulos como Streets of Rage e ActRaiser. A experiência é complementada por 27 músicas originais, dezenas de efeitos sonoros retrô e múltiplos níveis de dificuldade, além de um modo desafio que testa a habilidade dos jogadores mais experientes.

Earthion

O jogo também inclui legendas em português, filtros de imagem que simulam o efeito das antigas TVs de tubo, sistema de password para acessar fases e um modo jukebox para reproduzir a trilha sonora completa. Além disso, Earthion oferece demos bônus que revelam etapas do desenvolvimento, permitindo que os jogadores conheçam os bastidores da criação do título.

Após o sucesso no PC, o game chega ainda em setembro aos consoles PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X|S e Nintendo Switch. Para os fãs de retro games, a Limited Run Games prepara uma versão autêntica em cartucho físico para o Mega Drive/SEGA Genesis, programada para lançamento em 2026.

Earthion

As pré-vendas das edições físicas Standard e de Colecionador estão disponíveis até 28 de setembro diretamente no site oficial da editora. A equipe da Ancient Corp., liderada por Yuzo Koshito e Makoto Wada, reforça o agradecimento aos fãs pelo apoio e garante que continua trabalhando para oferecer novas experiências e expansões para diferentes plataformas.

Com seu visual retrô, trilha sonora marcante e jogabilidade intensa, Earthion reforça o apelo dos games clássicos para uma nova geração de jogadores, enquanto celebra a era dourada dos consoles de 16-bit. Para mais informações, acesse a página oficial do game.

Abaixo tem o trailer de Earthion:

Jogo retrô “Sovietborgs” terá campanha de financiamento coletivo a partir de junho

A desenvolvedora espanhola Retro Sumus anunciou o lançamento de uma campanha no IndieGoGo para viabilizar o desenvolvimento de seu mais novo título, Sovietborgs, um jogo de ação com forte inspiração em clássicos dos anos 90. A campanha começará no dia 25 de junho e tem como proposta levar a experiência a plataformas retrô como Mega Drive/Genesis, Dreamcast, Neo Geo e até MS-DOS.

Sovietborgs é um jogo no estilo run’n gun com visual retrô e jogabilidade em perspectiva aérea. O jogador assume o controle de um esquadrão composto por três soldados ciborgues soviéticos, em um mundo alternativo onde a União Soviética prevaleceu após a Guerra Fria. A missão é enfrentar criaturas mutantes e facções rebeldes em cenários devastados, em uma narrativa que parodia filmes de ação e ficção científica como Soldado Universal e O Exterminador do Futuro.

Visualmente, o jogo aposta em gráficos pré-renderizados, uma técnica popularizada por títulos como Donkey Kong Country e Vectorman, que dá um ar tridimensional aos personagens e cenários mesmo em consoles com hardware limitado. A trilha sonora segue o clima nostálgico, com influências de jogos como Red Alert e das séries Strike, que misturam ambientações militares com música eletrônica.

Além da campanha principal, Sovietborgs contará com fases bônus no estilo shmup (jogos de tiro com naves) e chefes gigantescos, prometendo desafios intensos para os fãs do gênero.

A Retro Sumus é conhecida por seus projetos voltados ao público saudosista, desenvolvendo títulos com apelo retrô que ainda hoje encontram espaço entre colecionadores e entusiastas. Interessados em conhecer o projeto poderão acessar a demonstração do jogo mediante solicitação por e-mail à equipe de desenvolvimento.

A previsão é que mais detalhes sobre recompensas e metas da campanha sejam divulgados nas próximas semanas. Para mais informações, acesse a página do game no IndieGoGo.

Abaixo tem o trailer de Sovietborgs:

Retrô: Show do Milhão – como Silvio Santos transformou o Mega Drive num videogame obrigatório

Nos anos 90, a televisão brasileira era um verdadeiro fenômeno cultural, e os programas de auditório desempenhavam um papel central no cotidiano das famílias. Entre esses programas, o “Show do Milhão”, apresentado por Silvio Santos, conquistou uma legião de fãs. Com seu formato dinâmico e a chance de transformar o conhecimento em um prêmio milionário, o programa rapidamente se tornou um ícone da TV brasileira.

Em 2001, o mercado de games era dominado pelo Playstation 2, porém ainda haviam muitos brasileiros que jogavam em plataformas antigas. Nesse interim, a Tec Toy, reconhecida por trazer inovações ao mercado nacional de videogames, lançou uma versão do “Show do Milhão” para o console Mega Drive, criando uma ponte nostálgica entre dois mundos que, até então, pareciam distantes: o das telas de TV e o dos consoles de jogos.

O lançamento do jogo “Show do Milhão” para o Mega Drive foi um marco na história dos videogames no Brasil. Para entender a importância desse evento, é preciso relembrar o contexto da época. O Mega Drive, também conhecido como Sega Genesis em outras partes do mundo, era um dos consoles mais populares no Brasil durante os anos 90 e início dos anos 2000. Com gráficos de 16 bits e uma biblioteca de jogos que encantava tanto crianças quanto adultos, o console se tornou uma referência no mercado de entretenimento eletrônico. A Tec Toy, responsável pela distribuição do Mega Drive no Brasil, havia se consolidado como uma das empresas mais inovadoras do setor, localizando jogos internacionais e até mesmo criando versões exclusivas de franquias de sucesso para o público brasileiro.

Foi nesse ambiente que o “Show do Milhão” do Mega Drive surgiu, unindo o mundo dos jogos eletrônicos ao fenômeno televisivo que dominava os lares brasileiros. O jogo trazia para o videogame a estrutura do programa de TV, permitindo que os jogadores participassem de uma simulação fiel, com direito a todas as etapas que compunham o programa original. Desde a seleção das perguntas até a icônica trilha sonora, o jogo recriava de forma precisa a atmosfera do “Show do Milhão”, transportando os jogadores diretamente para o estúdio de gravação, ainda que de maneira virtual.

O cartucho do jogo, assim como todos os jogos do Mega Drive, era uma pequena obra de engenharia que continha mais de mil perguntas e muitas horas de diversão. Cada partida começava com uma seleção de perguntas que abordavam diversas áreas do conhecimento, desde curiosidades históricas até conhecimentos gerais e cultura pop. O objetivo era simples: responder corretamente às perguntas para acumular dinheiro fictício, avançando para níveis de dificuldade cada vez maiores, até alcançar o tão sonhado prêmio de um milhão de reais. No entanto, o caminho até o milhão era árduo, e os jogadores precisavam de uma combinação de sorte e conhecimento para chegar ao final sem errar.

Um dos aspectos mais notáveis do “Show do Milhão” no Mega Drive era a sua fidelidade ao programa de TV. A Tec Toy fez um trabalho excepcional ao recriar a experiência do “Show do Milhão” no console. As animações, embora limitadas pelos recursos tecnológicos da época, eram suficientes para transmitir a tensão e a emoção do jogo. O som, uma parte crucial da experiência, incluía frases icônicas do programa, como o inesquecível “Você está certo disso?” e o “Vamos ver!”, que ecoavam na cabeça dos jogadores, gerando uma sensação de autenticidade que poucos jogos de quiz da época conseguiam atingir.

Além disso, o jogo incluía opções para até quatro jogadores, o que permitia que amigos e familiares se reunissem em torno da televisão para testar seus conhecimentos juntos. Essa característica transformava cada partida em um evento social, em que a diversão não estava apenas em responder às perguntas, mas também em assistir aos outros jogadores enfrentarem desafios cada vez mais difíceis. A experiência de jogar em grupo reforçava os laços entre os participantes, relembrando o espírito dos jogos de tabuleiro e dos primeiros programas de TV, que reuniam as famílias ao redor de um único aparelho.

Outro aspecto interessante do jogo era a inclusão de dicas, como as “ajudas” disponíveis no programa de TV: o “pulo”, o “universitários” e o “cartas”. Essas opções davam aos jogadores uma chance extra de evitar respostas erradas, adicionando uma camada de estratégia ao jogo. Saber quando utilizar cada ajuda era crucial para progredir nas etapas mais avançadas e, assim, aumentar as chances de conquistar o milhão.

A Tec Toy, ciente da popularidade do programa e da paixão dos brasileiros pelo Mega Drive, também caprichou no manual do jogo. O pequeno livreto que acompanhava o cartucho não apenas explicava as regras e comandos, mas também trazia curiosidades sobre o “Show do Milhão” e dicas de como se dar bem no jogo. Para muitos, o manual era uma extensão da experiência, sendo lido e relido para garantir que nenhuma estratégia fosse deixada de lado.

Vale destacar que o “Show do Milhão” do Mega Drive foi um dos últimos grandes lançamentos para o console no Brasil, chegando ao mercado em uma época em que os consoles de 32 e 64 bits já dominavam as prateleiras. Apesar disso, o jogo conquistou uma legião de fãs e se tornou uma peça de colecionador, sendo lembrado com carinho por aqueles que tiveram a oportunidade de jogá-lo.

Revisitar o “Show do Milhão” do Mega Drive é como abrir um baú de memórias, onde cada detalhe remete a um tempo em que a simplicidade dos jogos e a alegria do entretenimento compartilhado eram as maiores recompensas. Em uma época em que a tecnologia ainda dava seus primeiros passos rumo à complexidade que conhecemos hoje, o jogo representava a essência pura da diversão. Para os que viveram essa era, o “Show do Milhão” do Mega Drive é uma lembrança afetiva de um tempo em que o conhecimento e a diversão se encontravam em um mesmo espaço, seja nas noites de sábado diante da TV, seja nas tardes ensolaradas jogando videogame com amigos.

Hoje, o cartucho é uma relíquia que simboliza a fusão de duas paixões brasileiras: a televisão e os videogames. E, assim como o programa que o inspirou, o “Show do Milhão” do Mega Drive continua a ocupar um lugar especial no coração daqueles que testemunharam a magia daquela época dourada.