Sprace leva os jogadores ao universo das partículas subatômicas

Já imaginou presenciar a criação do universo? E recriá-lo? Como todos sabem, há um grupo de cientistas trabalhando no Colisor de Hádrons, o maior acelerador de partículas do mundo, a fim de simular as condições surgidas após o Big Ben. O que pouca gente sabe é que tal cenário já pode ser visto pelo computador através do Sprace Game 2.0.

Basicamente, o Sprace é um jogo que permite ao usuário capturar as partículas subatômicas e utilizá-las para construir prótons, nêutrons e as bases atômicas que compõem o universo. O game foi criado pelo São Paulo Research and Analysis Center (Sprace) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O grande destaque é que o jogo foi desenvolvido não como um simulador, mas sim como um game comercial, de modo que o jogador possa se divertir enquanto aprende conceitos da física das partículas subatômicas.

O jogador embarca em uma nave reduzida ao tamanho subatômica e deve utilizar um campo de energia para capturar quarks, as partículas subatômicas que formam prótons e nêutrons – que, por sua vez, compõem o núcleo atômico. Uma vez capturadas, o jogador leva as partículas ao laboratório, onde elas serão identificadas e ajudam a calibrar os sensores da nave a fim de encontrar novas partículas a distância.

Posteriormente, o jogador pode até recombinar as partículas para construir prótons e nêutrons, que devem formas núcleos atômicos necessários à sustentação da vida. Em outras palavras, Sprace vai permitindo gradativamente que o jogador recrie o universo.

A jogabilidade é em 2D e as ações é bastante simples, sendo que os comandos são executados pelo mouse. Ao todo existem 17 fases, que quando completadas garante ao jogador um troféu semelhante ao sistema de conquistas. A primeira versão de Sprace foi lançada em 2010 e era bem mais enxuta do que a atual. Para se ter ideia, a primeira versão tinha apenas 4 fases e não tinha o mesmo polimento gráfico e conceitual. Para traçar um parâmetro, basta imaginar que a mecânica lembra os saudosos games de navinha (shmups).

“O Sprace Game alcança agora um potencial ainda maior de difusão de conceitos da física das partículas subatômicas, levando crianças e adolescentes a superar as dificuldades encontradas em sala de aula para o aprofundamento desse conhecimento. A partir desse mundo subatômico é possível se aprofundar na natureza elementar de tudo o que existe”, disse Sérgio Ferraz Novaes, coordenador do Sprace e professor do Instituto de Física Teórica da Unesp.

O jogo foi projetado para funcionar em qualquer computador com sistema operacional Windows, Linux ou do Macintosh, exigindo apenas a instalação da versão mais recente da plataforma Java, que pode ser obtida gratuitamente na Internet. A nova versão do Sprace Game pode ser acessada gratuitamente no site do game. Ele está disponível para Windows, Linux e Macintosh com suporte aos idiomas português, inglês e alemão.

Abaixo está o trailer do game Sprace:

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Games for Change convoca desenvolvedores e estudantes para a 2ª edição da Gelly Jam

Com a organização da Games for Change, do Media Education Lab e grande mobilização de professores engajados em projetos que façam uso de novas tecnologias, a cidade de São Paulo sedia a segunda edição do Gelly Jam, um desafio para que desenvolvedores criem um game em apenas três dias. A ideia é colocar a mão na massa para criar games educativos.

O Gelly Jam já começou para dizer a verdade, foi no dia 30 de agosto, mas ele continua nos dias 13 e 14 de setembro, com a intenção de reunir desenvolvedores interessados em criar projetos de cunho educacional através da gamificação.

“Decidimos ampliar e prolongar a experiência de imersão no uso criativo de games na educomunicação após verificar na prática o impacto das oficinas na prática dos professores envolvidos”, afirma Gilson Schwartz, diretor da G4C no Brasil e curador, ao lado de Alexandre Sayad (MEL), da “Gelly Jam”.

Além da oportunidade de desenvolver um projeto inovador e fazer novos contatos, os participantes da Gelly Jam recebem uma cópia digital do livro (recém-lançado) “Brinco, Logo Aprendo: Educação, Videogames e Moralidades Pós-Modernas” do Prof. Gilson Schwartz, além de licenças dos games “Conflitos Globais”, “Ludwig” e “FazGame” e por fim, a adesão anual à comunidade “Games for Change no Brasil”. Esta adesão concede descontos em atividades da Games for Change até agosto de 2015.

Além da Game Jam, há outras atividades como oficinas e palestras que buscam explicar tendências da gamification na educação, com Alexandre Sayad e Bruna Waitman; e debate sobre a cultura dos games e a educomunicação digital, com Gilson Schwartz, diretor da Games for Change.

Quem tiver interesse em participar dos eventos, basta entrar em contato através de email para [email protected] e verificar disponibilidade e custo. Ou ainda entrar no site do evento. O Gelly Jam é uma rara oportunidade de conhecer e interagir com pessoas que querem levar os videogames para as salas de aula sem preconceitos.

2ª Gelly Jam