Documento explica processo de direitos autorais nos games

Flappy Bird foi um grande sucesso quando chegou ao mercado. Por razões diversas o criador do game decidiu interromper a comercialização do produto nas plataformas em que ele estava disponível, mesmo ganhando milhares de dólares toda semana. Tão logo Flappy Bird saiu de cena, surgiram centenas de cópias dispostas a roubar o seu trono de “jogo mais baixado no Android”.

Agora imagine o cenário: você é um produtor independente que está lançando seu primeiro game para mobile. Apesar de simples, o jogo tem bastante originalidade e acaba se tornando bastante reconhecido pelos jogadores e explode nas vendas. Tudo ótimo, certo? Não até que outro desenvolvedor espertinho roube sua ideia ou que um grande estúdio lance um jogo semelhante, porém com o poder do marketing por trás, e derruba suas vendas e arrebata o seu público.

Direitos autorais é uma questão praticamente desconhecida pelos desenvolvedores de jogos pequenos e, não raro, seus jogos chegam ao mercado sem que os criadores conheçam os dispositivos legais que protegem sua propriedade intelectual. Talvez fosse pensando nisso que o Moacyr Alves da ACIGAMES, e o Helio Tadeu da Terras Coelho Advogados, lançaram o primeiro documento oficial falando sobre direito do autor em jogos digitais.

O trabalho analisa e discute os processos de registro, o regime e a proteção dis jogos eletrônicos à luz do direito autoral, especialmente àqueles desenvolvidos para consoles e computadores na categoria MMORPG. O documento possui mais de 30 páginas e resume de maneira fácil as leis que amparam o desenvolvedor de jogos eletrônicos.

O estudo sobre os direitos autorais nos games está disponível em PDF no Slideshare e sem sombras de dúvidas, é leitura obrigatória para todos os desenvolvedores indies que pretendem lançar um game no mercado.

Direitos autorais nos games

Triangulae: puzzle desafiador é lançado para iOS

O destaque do dia é cortesia do desenvolvedor indie Ricardo Fonseca, que criou o jogo para homenagear a esposa, mas devido à qualidade do produto acabou lançando no mercado. Trata-se do game Triangulae, um puzzle em que o jogador deve mover triângulos de forma a posicioná-los e formar um quadrado.

A jogabilidade lembra títulos como Candy Crush e Bejeweled, de modo que o jogador só precisa arrastar as peças para o lado que deseja posicioná-las. O título possui três modos de jogo (clássico, tempo e persistência), assim o jogador encontra desafios diferenciados a cada partida. O melhor é que há suporte para idioma português, assim os jogadores mais jovens podem se divertir sem empecilhos.

“Estou na etapa final de criação de um protótipo feito para um jogo de tabuleiro inspirado em Triangulae, e assim como a versão mobile, eu adoraria fazer uma versão multi-jogador também”, revelou Ricardo Fonseca, criador do game.

Triangulae foi desenvolvido totalmente por apenas uma pessoa (em apenas cinco dias), inclusive a trilha sonora, que persistiu após Ricardo descartar cerca de 19 faixas que ele criou para o game. O game é a prova que trabalho e dedicação e esforço rendem frutos.

O game está disponível para download na App Store com preço de US$ 1,99. Até o momento não há previsão de lançamento para uma versão Android.

Abaixo está o trailer do game Triangulae:

Big Festival 2015 recebe público recorde na terceira edição

O BIG Festival 2015 conseguiu um recorde que nem mesmo os organizadores esperavam: o a terceira edição do evento bateu recorde de público.  De acordo com a organização, o evento atraiu mais de 12.600 visitantes, cerca de 4.600 pessoas a mais que a edição anterior.  Além disso, foram mais de 1.600 participantes no fórum de negócios e mais de 600 reuniões de negócios entre desenvolvedores brasileiros e empresas compradoras do Brasil e exterior.

Estes resultados demonstram interesse crescente por parte da comunidade gamer em relação aos jogos independentes. Durante o evento, foram apresentados 50 jogos independentes para o público que passou pelo Centro Cultural. “Esse foi o ano de consolidação do evento” diz Eliana Russi, organizadora do Festival.

A expectativa é que as próximas edições sejam ainda maiores e recebam um público maior. Vale destacar que neste ano o BIG contou com uma expansão no Rio de Janeiro, na Firjan, onde ocorreram palestras e a participação dos vencedores do Festival. Entre as atrações internacionais estavam David Brevik, criador de Diablo 1, 2 e Marvel Heroes, e Ina Jang, CEO do Cross Fire, jogo de tiro mais jogado no mundo.

Tal como divulgado aqui no GameReporter, o grande vencedor do BIG festival 2015 foi o jogo “This War of Mine”, da desenvolvedora polonesa 11 Bits Studios, que venceu os prêmios de Melhor Jogo do Ano e Escolha Popular. Além, dele, Toren, da Swordtales venceu na categoria Revelação Brasil. Esses jogos já conseguiram a aclamação da crítica, logo é lógico afirmar que o grande público passe a conhece-los mais a fundo.