Sonae Sierra Brasil quer mostrar como serão os shoppings do futuro com a realidade virtual

O ano é 2033. Sábado à tarde. Um belo dia de sol. Dia perfeito para pegar a esposa e as crianças e fazer aquele passeio pelo shopping. A família toda preparada para uma tarde de pura diversão. Computador ligado. Óculos de realidade virtual conectado. Hora de visitar o shopping e fazer compras sem sair de casa. Achou absurdo? Pois é justamente esse conceito futurista que está sendo criado pela Sonae Sierra Brasil, uma empresa de shopping centers. A empresa se uniu com a empresa de tecnologia sensorial YDreams Global para criar o Shopping do Futuro, basicamente um passeio que mistura realidade virtual e aumentada.

Ainda que a tecnologia sinalize os possíveis novos hábitos do futuro, já é possível conferir este conceito, pois ele será apresentado na Exposhopping 2018, principal feira de shopping centers da América Latina, que ocorre em São Paulo, de 14 a 16 de agosto. De acordo com a Sonae Sierra, em 2033, os shoppings oferecerão ainda mais experiências e opções de lazer e convivência, em ambientes que utilizam a tecnologia para tornar a jornada do consumidor mais prazerosa e completa. São ferramentas como o uso das experiências sensoriais e o oferecimento de vantagens e descontos na utilização de serviços, além da otimização do tempo que garantirão o sucesso do Shopping do Futuro.

A ideia é que o consumidor possa escolher diferentes jornadas no Shopping do Futuro, como fazer um check-up completo ou comprar um produto que esteja precisando. O pagamento pelo serviço ou pelas compras pode ser feito com pontos do Programa de Fidelidade do shopping. Tudo de maneira dinâmica e totalmente real. A jornada apresentada pelo modelo da Sonae é comandada pela assistente virtual Lia, que além de acompanha-lo dando dicas, responde dúvidas específicas e informa as atividades previstas para o dia, entre outras ações.

“Vamos mostrar um espaço mais atrativo e completo, moderno, dinâmico e que seja muito mais que um lugar apenas para consumir. Proporcionaremos uma jornada completa para que o cliente use o espaço com criatividade, passando mais tempo dentro do shopping para usar serviços, trabalhar, cuidar da saúde e vivenciar experiências memoráveis com amigos e familiares”, detalha Laureane Cavalcanti, Diretora de Marketing e Comunicação da Sonae Sierra Brasil.

Depois de passar pela feira Exposhopping 2018, a experiência será apresentada gratuitamente aos visitantes dos 10 centros de compras administrados pela Companhia em todo o Brasil. Se você estiver curioso para ter esse vislumbre do futuro, basta comparecer na feira Exposhopping 2018. O evento vai até a próxima quinta-feira (16 de agosto). Mais informações no site.

 

Serviço: Experiência do Shopping do Futuro – Sonae Sierra Brasil

Local: Exposhopping 2018 – estande Sonae Sierra Brasil #62

Data: de 14 a 16 de agosto

Horário: das 12h às 21h

Endereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Vila Água Funda, São Paulo – SP

Shopping de São Paulo recebe primeira unidade do Voyager, nova casa dedicada à realidade virtual

Na última quinta-feira (09 de agosto) a cidade de São Paulo ganhou um novo centro de entretenimento voltado para os fãs de jogos digitais: o Voyager. Localizado no terceiro andar do Shopping JK Iguatemi, o Voyager foi criado pelo estúdio ARVORE e promete uma experiência pioneira no Brasil, um centro de entretenimento dedicado à realidade virtual. Podemos simplificar o projeto como um fliperama totalmente dedicado à jogos, cinemáticas e demais experiências que fazem uso dos óculos de realidade virtual.

O espaço possui 350 metros (bastante aproveitado ) e comporta jogos e experiências diversificadas, tais como o multiplayer Jousting Time, que tem ambientação medieval; o famoso Beat Saber; a animação Asteroids; e o brasileiro Pixel Ripped 1989. A intenção é oferecer variedade e divertir os jogadores. De acordo om Ricardo Laganaro, Chief Storytelling Officer da ARVORE, o Voyager conta com um catálogo de 20 jogos que serão trocados de tempos em tempos.

Ricardo Laganaro, Chief Storytelling Officer da ARVORE

“Temos cerca de vinte jogos aqui no Voyager, eles devem ser trocados em cerca de quinze a 20 dias para as pessoas conheçam coisas novas”, disse Ricardo Laganaro. Segundo o executivo a ideia é abrir seis unidades até o final do ano, de modo que a Voyager não ficara restrita apenas aos jogadores de São Paulo. Outra ideia para o futuro é abraçar produções nacionais, diz Laganaro. “Os produtores independentes terão sim a oportunidade de colocar seus jogos no Voyager. Temos planos de abrir espaço para a indústria nacional, até porque o mercado de VR ainda é bastante experimental”, conclui o executivo.

Além de a tecnologia VR ainda não ser massificada, um fato destacado por Ricardo Laganaro é que o tempo de jogatina no Voyager é de cerca de uma hora, inviabilizando jogos grandes que já fazem uso do VR, tais como Resident Evil 7 ou Skyrim. Ainda assim, é possível que os jogos estejam em formato de demonstração, tal como Pixel Ripped 1989, da própria ARVORE, que na versão final tem cerca de quatro horas de jogo.

Um dos destaques do Voyager é o viral Beat Saber

A aposta da ARVORE não é injustificada: de acordo com relatório da Goldman Sachs, a realidade virtual movimentou cerca de US$ 2 bilhões apenas em 2017 e a previsão é de alta, principalmente no Brasil. A expectativa é que o público jovem conheça a experiência e passe mais tempo conhecendo a tecnologia.

E engana-se quem pensa que só os videogames são afetados pelo VR: as empresas de publicidade, cinema, automobilismo e telecomunicações já sonham com os lucros da realidade virtual. Para se ter ideia, só no Brasil o número de empresas que começaram a trabalhar com o VR subiu de 8 para 150. Até mesmo o Grupo Globo já cresceu os olhos para a tecnologia.

Por que vale a pena o ingresso para o Voyager?

Durante nossa visita pudemos testar vários dos jogos expostos no Voyager. Desses, podemos destacar quatro projetos em especial que merecem uma jogada: Pixel Ripped 1989, Life of Us, Dreams of “O” e o Race FX. Esses quatro são os mais indicados para entender o Voyager e a tecnologia de realidade virtual e todas as suas possibilidades.

 

Pixel Ripped 1989

Pixel Ripped

Já falamos algumas vezes sobre o projeto criado pela Ana Ribeiro, mas vale a pena falar sobre as primeiras impressões. O jogo transportar o jogador para um mundo fantástico em que videogame e vida real se misturam. Você é uma garota no meio da sala de aula que não consegue evitar uma partida de seu Gameboy. O problema é que a professora está atenta e vai fazer de tudo para o jogador largar o console. Em alguns momentos, Pixel Ripped mistura o 2D e o 3D de uma maneira que surpreende bastante. Mesmo nos momentos em que o objetivo é distrair a professora, Pixel Ripped consegue soluções inventivas para não entediar o jogador.

 

Life of Us

Este aqui não é bem um jogo, mas sim uma experiência interativa onde duas pessoas passam por toda a história da vida na Terra, passando por diferentes fases da nossa existência. O jogador vai ter a oportunidade de ser um peixe pré-histórico ou mesmo um dinossauro. O conceito e bastante interessante e os gráficos são bem desenvolvidos.

 

Dreams of “O”

Outra experiência sensorial é o Dreams of O, inspirado no Cirque du Soleil. Basicamente o jogador se torna um expectador de acrobacias e números audaciosos de artistas do circo mais famoso do mundo. A trilha sonora e os efeitos visuais são o ponto alto. Como é uma experiência mais voltada ao visual, Dreams of O pode ser apreciado por pessoas pouco familiarizadas com videogames. É uma experiência bem artística.

 

Race FX

 

Esta experiência é ideal para quem gosta de corrida. Trata-se de um simulador de formula 1, incluindo um cockpit em tamanho real com giroscópio. Ao usar os óculos de realidade virtual, espera-se uma experiência bem próxima de um carro de verdade. Já que o cockpit se move de um lado a outro, o jogador acaba sentindo na pele as colisões e curvas. Mas não se engane: é uma experiência intensa e pode causar estranheza em quem não tem familiaridade com arcades. Já dá para imaginar como as coisas vão ser no futuro quando autoescolas implantarem realidade virtual com gráficos foto realistas.

 

Serviço – Voyager

Onde: Shopping JK Iguatemi – Av. Juscelino Kubitschek, 2041, Vila Olímpia, SP

Quando: Segunda a Domingo das 10hs às 21:30hs

Idade: a partir dos 7 anos

Quanto: R$ 59,90

Abaixo tem fotos do Voyager (autoria de Wolfigang Emiliano)

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Globo anuncia parceria com startup Magic Leap para explorar a realidade virtual

Que a realidade virtual é o futuro do entretenimento audiovisual, disso não temos duvidas. Afinal, a tecnologia é a grande aposta da Sony, da HTC Vive e também do estúdio ARVORE do Brasil. Quem também resolveu entrar na onda foi o Grupo Globo, que se uniu a startup americana Magic Leap para explorar as possibilidades da tecnologia em novas produções. Sim, a gigante da comunicação brasileira quer entrar de cabeça no mundo das três dimensões.

O acordo prevê pesquisa e desenvolvimento de novos formatos de conteúdo com o uso do Magic Leap One Creator Edition, novo dispositivo de computação espacial lançado pela empresa dos Estados Unidos. Ainda é cedo para dizer o que vai surgir dessa parceria, mas é improvável que a Globo passe a desenvolver jogos, já que a empresa está mais interessada em produção de conteúdo para sua programação televisiva e também devido às própria natureza do Magic Leap One.

O equipamento é composto por óculos, controle remoto e acessório que fica preso na cintura, para experiências que inserem elementos virtuais no mundo real. Ele é como a junção do óculos VR (realidade virtual) e do AR (realidade aumentada), sendo chamado de computação espacial, por permitir interações entre o ambiente do usuário e objetos ou ambientes virtuais.

De acordo com a Globo, a parceria com a Magic Leap garante acesso a informações técnicas e apoio à pesquisa de novos formatos de conteúdo. Já pensou ver uma partida de futebol em primeira pessoa, de modo que a sua visão acompanha a visão das câmeras da emissora? Esta é só uma das ideias que podem ser exploradas no futuro.

“Ter acesso às tecnologias mais inovadoras disponíveis sempre foi fundamental para que o Grupo Globo cumprisse sua missão de produzir e distribuir conteúdo de qualidade. As realidades imersivas, que incluem a computação espacial, são uma nova fronteira da indústria de mídia e é natural que nossos esforços de pesquisa e desenvolvimento se voltem para esse campo”, diz Raymundo Barros, diretor de tecnologia da TV Globo.

A emissora, aliás, chegou a fazer uma experiência piloto com a tecnologia do Magic Leap durante o programa “Central da Copa”, que foi ao ar no Brasil durante a Copa do Mundo da Rússia. Com este investimento, pode ser que a tecnologia do VR fique mais acessível a todos no futuro próximo. Vamos ficar de olho.