Estes são os 25 estúdios nacionais que mais se destacaram em 2017, segundo a Abragames

Que o mercado de games nacionais está em alta não há dúvidas: a cada ano surgem games de alta qualidade e seus produtores logram conquistar prestígio nacional e internacional com cada vez mais frequência. Para celebrar o crescimento da indústria, e revelar o que virá em 2018, a Abragames (Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais) organizou nesta quinta-feira, o evento especial Abragames Apresenta: Jogos de Sucesso, em São Paulo.

Neste evento se reuniram 20 desenvolvedoras associadas à Abragames para expor os 25 maiores casos de sucesso deste ano, para um público composto por empresários, profissionais da indústria criativa, imprensa e representantes do Governo. A intenção foi destacar as grandes e pequenas empresas que fazem o Brasil ser bem visto pelas empresas de games mundial.

“Este ano foi o melhor da nossa indústria, e fruto de muito esforço de empresários que participaram dos mercados internacionais mais competitivos e especializados do mundo, com apoio da Apex-Brasil,” declarou Eliana Russi, gerente executiva do Projeto Brazilian Game Developers. “Em 2018, com o início da implantação de políticas públicas, como os Editais da Ancine e Finep, o talento e garra dos desenvolvedores brasileiros só dá um direcionamento claro:  nossa indústria é forte e veio para ficar.”

Em 2017 pela primeira vez a indústria de games passou a ter financiamentos públicos, somando mais de R$ 30 milhões, e esse investimento gerou os resultados mostrados no evento. Os 25 jogos apresentados foram financiados de diversas formas. A maioria deles (14) foi feita com recursos das próprias empresas, 10 deles foram feitos com financiamento público (através de investimentos e editais); 4 foram produzidos com investimento privado internacional, 2 foram feitos com ajuda de financiamento coletivo, e 1 com financiamento privado nacional.

Entre as empresas destacam-se 11 de São Paulo, 2 do Distrito Federal, 3 do Rio Grande do Sul, e 1 de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais cada. No total, estas empresas mobilizaram quase 170 pessoas na criação de seus jogos, que venceram 28 prêmios e receberam 24 outras nomeações. E um detalhe: quase metade (48,5%) deles ainda não foi lançada oficialmente.

Entre as empresas participantes do evento da Abragames, nota-se que muitas delas já tiveram seus games divulgados aqui no GameReporter e são bastante ovacionadas quando participam de eventos como o BIG Festival ou a Brasil Game Show. Confira a lista de produtores nacionais destacados pela Abragames:

Behold Studios (Distrito Federal), Cat Nigiri (Santa Catarina), Kinship Entertainment (São Paulo), Flux Game Studio (São Paulo), Fableware Narrative Design (Rio de Janeiro), Fira Soft (Distrito Federal), Skullfish Studios (São Paulo), Duaik (São Paulo), Ambize Studio (São Paulo), IMGNation Studios (Rio Grande do Sul), Pocket Trap (São Paulo), Among Giants (São Paulo), Sinergia Studios (São Paulo), Rockhead Games (Rio Grande do Sul), Webcore Games (São Paulo), Monomyto Game Studio (Mato Grosso do Sul), Mad Mimic (São Paulo), Rogue Snail (Minas Gerais), Mukutu Game Studio (São Paulo) e Aquiris Game Studio (Rio Grande do Sul).

Conheça o indie brasileiro Memories of Kami, o primeiro game da Yokai Collective Studio

Hoje vamos falar de um game indie brasileiro bastante promissor: Memories of Kami. Desenvolvido pela Yokai Collective Studio, o jogo é uma aventura de plataforma 2D com elementos de RPG. Aqui os jogadores embarcam no mundo mágico de Kami, habitado por Origamis, onde deve assumir o papel de nove guardiões que devem impedir as forças malignas de uma terrível contaminação que pretende devastar e destruir os seres vivos.

A grande sacada do jogo é sua mecânica baseada na troca de personagens a fim de tomar proveito de suas respectivas habilidades únicas. Estes personagens são caracterizados por nove animais sagrados – os guardiões da glória. Um dos aspectos que mais chamaram as atenções de quem conheceu Memories of Kami durante seu début na BGS 2017 foi o estilo visual, que lembra o consagrado Ori and the Blind Forest, mas a verdade é que o título tem inspirações mais antigas como Donkey Kong Country do Snes.

A trama: Kami é um mundo mágico habitado por criaturinhas de papel chamadas Origami. Esse mundo de luz e bençãos, onde todas as coisas boas do universo fluem abundantemente é, de tempos em tempos, atacado pela energia negativa de outros mundos. Os ataques de energia escura são chamados pelos habitantes de Kami de Incidentes. Quando a magia negra adentra Kami, ocorrem várias manifestações como doenças, acidentes, e qualquer tipo de desordem ou desgraça. Mas os Incidentes, geralmente não são nada demais, pois logo que surgem são combatidos e derrotados pelos nove famosos Sagrados Guardiões da Glória de Kami.

Os Guardiões da Glória são poderosos animais escolhidos pelo Destino e têm como dever eliminar toda e qualquer energia ruim que surge no belo paraíso de Kami. Não é preciso de todos os noves Guardiões para acabar com os Incidentes comuns. Mas a cada mil anos, um Incidente poderoso invade Kami, e esse sim, representa uma ameaça que necessita do poder de todos os Guardiões, juntos, para ser eliminado. Este Incidente grave é chamado de A Contaminação dos Mil Anos. E dessa vez, a Vigésima Sétima Contaminação dos Mil Anos veio muito mais feroz e irresistível, determinada a destruir de uma vez por todas o fantástico mundo dos nossos Guardiões.

Sua missão é guiar estes guardiões em uma busca pelos resquícios de energia que podem restabelecer Kami. Para tanto você adquire habilidades e poderes que lhe conferem novas transformações. Tal como num jogo de RPG, o jogo gratifica o jogador de acordo com seu estilo de jogo, graças a árvore de habilidades, ou seja, se você for do tipo defensivo, vai se tornar um grande defensor ao final da jornada.

Memories of Kami tem previsão de lançamento para 2018, sendo que uma demo deve ser lançada oficialmente em algum momento de maio do mesmo ano. Por enquanto o jogo é apenas para PC, mas os desenvolvedores esperam conseguir portar o título para Xbox One e Playstation 4. Mais informações no site oficial.

Abaixo você confere o trailer de Memories of Kami:

“É Arte” – Jogo indie embarca na maior discussão do momento

Em Porto Alegre uma exposição de “arte” patrocinada por um grande banco choca as pessoas: imagens representam crianças assumindo sua orientação sexual, enquanto que outro quadro mostra Cristo crucificado empunhando objetos nada santos e em outra sala um quadro representa um homem praticando sexo com um animal. Em São Paulo uma performance “artística” coloca uma criança tocando os pés e mãos de um homem deitado no chão totalmente nú.

As redes sociais entram em polvorosa e um debate acalorado tem espaço: afinal o que é arte? Essas apresentações podem ser consideradas formas de arte? Aproveitando o gancho criado nestas semanas o estúdio indie Icon Games lançou o game “É Arte”, que coloca em evidência a discussão sobre o que é, ou não é arte, botando o jogador para avaliar algumas obras, bastando responder se a imagem informada é ou não uma obra de arte. Caso ele erre a resposta um maluco irá dar facadas no jogador.

É Arte” é na verdade um experimento: sua opinião é comparada com a de todos os outros jogadores que vieram antes, e se ela for contrária à opinião da maioria, o maluco irá atacar. A ideia é trazer à luz a discussão sobre o mérito da arte, sobre o que se acredita ser aceitável ou não. E sobre como “o diferente” não deve ser descriminado.

O jogo é gratuito, e roda direto no navegador, funcionando da mesma forma que o aplicativo “Tinder“, ou o jogo “Reigns“, onde você move a imagem apresentada (com as setas no teclado, ou com o mouse) para uma direção para dizer “Sim” ou para outra, para dizer “Não”. Se você quer participar da discussão mais quente do momento, eis aqui uma oportunidade de deixar sua opinião.

O jogo “É Arte” pode ser acessado diretamente no site da empresa: http://www.icongames.com.br/eharte/index.html