Kriaturaz: jogo do estúdio Messier coloca lendas do folclore brasileiro para brigar

Um dos estandes mais bonitos da Brasil Game Show foi o do estúdio independente Messier Games. O estúdio de Santo André, SP, montou um estande todo estilizado com plantas e árvores para chamar a atenção dos jogadores para o game Kriaturaz: O Guardião das Lendas, um título que leva as lendas e folclores brasileiros para o campo de batalha à lá Killer Instinct.

O game retrata as criaturas do folclore nacional, porém com uma estética totalmente nova e agressiva. Deste modo, o Saci-Pererê ganhou traços medonhos e a Cuca deixou de ser uma mulher-jacaré, para se tornar uma criatura saída de pesadelos infantis. O estilo artístico permitiu que as personagens se adequassem ao gênero de combate (que em geral apresenta personagens agressivos e com cara de poucos amigos).

Alguns dos recursos do jogo são bastante tecnológicos e inéditos para produções locais, tais como a geolocalização e o uso de QRcodes para acesso de diferentes conteúdos. Durante a BGS, aliás, o estúdio preparou uma versão especial via Twitter em que os jogadores davam ordens de batalha online para os lutadores e estes golpes eram executados em tempo real.

Tal como funciona em Pokémon, o jogador atuará como um treinador de monstros. Ou seja, irá capturar as criaturas, treiná-las e depois coloca-las para brigar com outros seres míticos. De acordo com o estúdio, a pesquisa das quase 300 criaturas presentes no game levou cerca de 5 meses. Tais criaturas são oriundas de lendas indígenas ou trazidas pelos colonizadores europeus.

Kriaturaz conseguiu financiamento graças à lei Rouanet, que permite que impostos sejam direcionados a projetos culturais. De acordo com os desenvolvedores, o game deve chegar ao mercado em meados de 2016 para as plataformas Android, iOS e Windows Phone em um primeiro momento. Posteriormente haverá lançamentos para PC e consoles.

Veja o teaser de Kriaturaz:

Já estão abertas as inscrições para o 12º IMGA Awards

Já estão abertas as inscrições para o International Mobile Gaming Awards (IMGA), o prestigiado prêmio que reconhece os melhores jogos criados para plataformas mobile. O “IMGA” chega à sua décima segunda edição, fixando-se como o mais antigo e prestigiado evento a contemplar jogos para dispositivos mobile.

As inscrições para o IMGA Awards estão abertas desde o dia 30 de setembro e podem ser efetuadas até o dia 31 de dezembro. Assim que os jogos são recebidos eles são avaliados por um júri de especialistas da indústria. O mais interessante é que o IMGA costuma catapultar alguns dos jogos de maior sucesso da atualidade, tais como Angry Birds, Infinity Blade, Edge, Candy Crush, Monument Valley, Vainglory e The Walking Dead da Telltale.

A premiação é aberta para grandes estúdios, estúdios independentes e desenvolvedores solitários. Vale destacar que as inscrições podem ser feitas de qualquer país ou região. A única ressalva é que os jogos devem ter sido lançados em 2015 ou não ter sido publicado anteriormente em estado jogável.

Além do destaque proporcionado, o IMGA Awards chama as atenções para investidores e jogadores. Não por acaso, muitos games prestigiados por este prêmio conquistam contratos com grandes publishers. Para ter ideia da importância, apenas na edição passada foram mais de mil inscritos em todo o mundo. Apenas quatorze deles receberam os devidos prêmios em março deste ano, em cerimônia realizada em San Francisco. Já pensou se seu jogo é um dos eleitos?

As inscrições devem ser realizadas apenas no site oficial do IMGA até 31 de dezembro de 2015.

Will: game do estúdio Broz alerta para os males do tabagismo

O game de hoje e criação do estúdio independente Broz, criado pelos desenvolvedores Luis Rodrigo, Diego Brandao e Walter Yanko. O game chamado “Will” é uma forma de alertar sobre os males do tabagismo e os males do cigarro na saúde das pessoas. A forma como o jogo aborda o tema é de forma lúdica e bem simples de compreender.

Will apresenta diversos minigames, sendo que cada um deles incentiva o jogador a evitar o fumo, sendo ele ativo ou passivo. Para isso, o jogador deve prestar atenção em como a indústria do tabaco age na surdina para viciar o consumidor, como por exemplo, propaganda enganosa, coerção nos postos de venda, associação ao prazer gustativo etc.

Os minigames são bastante simples, mas a ausência de um tutorial no início das missões podem confundir e atrapalhar o jogador. Entretanto, de acordo com os desenvolvedores, parte do desafio é advinhar a mecânica de cada desafio e enfrentar a dificuldade progressiva. A intenção da equipe Broz parece ter sido justamente fazer o jogador refletir e agir rápido contra o fumo.

De acordo com Luis Rodrigo, o tabagismo é a principal causa de morte evitável do mundo e o principal alvo da indústria tabagista são as crianças e adolescentes. Não por acaso, algumas das missões do jogo até aparecem bebês e adolescentes. Cabe ao jogador evitar que essas pessoas caiam nas garras da indústria do fumo.

São diversos mingames que variam de colocar máscaras de gás em fumantes passivos, retirar maços escondidos nas compras do mercado, fugir de propagandas etc. Ao ter sucesso nas missões o score vai subindo, de modo que ao final você pode publicar seu score para desafiar os amigos nas redes sociais. Conforme avança nas missões, a velocidade vai subindo, tornando o desafio mais divertido e eletrizante.

O título é o primeiro game criado pelo estúdio Broz e é parte do movimento de serious games no Brasil: o ludoativismo. Apesar da falta de tutorial, o game e bem simples após descoberta a mecânica de cada missão. É um jogo que seu filho deve conhecer. O download pode ser feito na Google Play gratuitamente.

Will: jogo brasileiro contra o tabagismo