Gamedevs independentes pirateiam próprio jogo de forma bem humorada

As chatas proteções DRM não são a única solução para a pirataria, já sabemos. Mas o que o pessoal da desenvolvedora independente tinyBuild fez parece inédito.

Junto com o lançamento de No Time To Explain, seu mais recente game, os desenvolvedores Alex Nichiporchik e Tom Brien lançaram também uma versão pirata no site The Pirate Bay.

A versão pirata tenta, logicamente, trazer o jogo para o foco dos comentários. E, como fazer isso? Alterar levemente o game, colocando chapéus de pirata em todos os personagens e rum em todos os lados. A versão pirata, também, não é atualizada com correções de bugs, então acaba servindo como uma “demonstração completa”.

“Estamos usando a pirataria para alavancar as vendas e ganhar divulgação”, explicou Tom Brien ao Gamasutra, acrescentando que o game já seria pirateado de qualquer forma, então foi melhor criar algo divertido em cima disso.

“Então algumas pessoas não comprarão nosso game de qualquer forma, mas se outras gostarem de nosso humor, eles podem apenas apoiar nós desenvolvedores independentes”.

O que você acha da ideia?

[Via IndieGames]

Fundador de estúdio criador de Just Cause diz que DRM é prejudicial

Proteções DRM são muito criticadas por gamers, por desenvolvedores independentes e, vez ou outra, por membros em posições privilegiadas da indústria. Foi o caso das declarações recentes de Christofer Sundberg, fundador da Avalanche, criadora de Just Cause.

Em entrevista ao site da revista Edge, o executivo afirmou que embora a pirataria afete bastante o mercado de games, principalmente para PCs, proteções DRM não são a solução, e apenas punem o consumidor legítimo.

“Se um sistema DRM precisa ser defendido constantemente, algo deve estar errado”, comentou acrescentando que esse tipo de proteção é mostrar ao consumidor baixa confiança.

E, o mais grave, é que o jogador punido é o que paga pelo game, afinal, as cópias pirateadas vem sempre com a proteção quebrada. “Eu conheço pessoas que compram o jogo, mas baixam a versão pirata apenas para se livrar da proteção always-on”, afirmou, se referindo aos jogos cuja proteção DRM exigem que o jogador esteja sempre online.

“Jogos de PC sempre foram e sempre serão pirateados, destravados, modificados e o que você pensar. Essa é a natureza do PC como plataforma; você nunca poderá resolver esse problema”, defendeu acrescentando que acredita que a solução é provar aos clientes que há valor em comprar uma cópia original, ouvindo suas demandas e tentando atendê-las.

É claro que, em muitos casos, o desenvolvedor tem pouca responsabilidade no uso da DRM. “Não temos muita escolha, já que a distribuidora detém os direitos da franquia, mas posso garantir que gritaríamos antes de qualquer coisa assim acontecesse em um título da Avalanche”, disparou.

Criadores de Super Meat Boy não estão nem aí para pirataria

Enquanto a indústria combate a pirataria com ferro e fogo, alguns desenvolvedores não podiam se importar menos. É o caso de Tommy Refenes e Edmund McMillen, criadores do independente – e genial – Super Meat Boy.

Em uma declaração ao podcast DarkZero, eles disseram que o game foi amplamente pirateado e eles não estão nem aí.

“Se tivermos, vamos dizer, 200 mil cópias de Super Meat Boy que estão sendo pirateadas, são 200 mil pessoas que estão jogando o game”, comentaram, concluindo que isso gera publicidade gratuita e indicações para outros amigos que eventualmente comprarão o jogo para testar.

Você concorda?

[Via CVG]