Behive anuncia jogadores que integram novos times profissionais

Após um processo que perdurou meses, a Behive enfim anunciou os jogadores que passam a integrar os dois times profissionais que disputarão torneios de League of Legends pela startup. O processo iniciado no início do ano reuniu mais de mil candidatos em busca do sonho de ser um jogador profissional de LoL, sendo treinado e remunerado como se fosse um emprego convencional.

Os dez cyberatletas escolhidos são Adailton Mota, Anna Carolina Aurili, Bruno Di Franco, Daniel Lontra, Derick Lima, Fábio Coda, Gabriel Leite, Livia Rodrigues, Raphaela Laet e Ruan Ramos. Estes jovens foram escolhidos após analise de habilidades e comportamental como se fosse um processo seletivo rotineiro de RH, afinal a Behive pretende levar a estrutura empresarial e gestão profissional para os e-Sports.

“Foi uma seleção com alto nível de competidores. Para a decisão final, levamos em consideração a possibilidade de desenvolvimento de cada jogador, análise comportamental da equipe composta e habilidades de jogo”, disse Miriam Tsugawa, a master coach da Behive e coidealizadora do projeto. “Não queríamos jogadores prontos, mas sim jogadores que permitissem uma interação e uma dinâmica com respeito e competitividade e com um potencial de vitória dentro de uma organização em conjunto e em equipe”, completou.

O processo de escolha foi bastante criterioso e na última etapa restaram apenas 60 candidatos no chamado tryout. Esses passaram por uma bateria de testes psicológicos e físicos, além de entrevistas pessoais. Os dez selecionados começam a ‘trabalhar’ em 2015 em locais e horários a serem definidos pela Behive. Inicialmente, os dez jogadores irão compor dois times de LoL e a expectativa é que, em 2015, disputem o Campeonato Brasileiro de League of Legends e, em 2016, vençam alguma competição.

Se o projeto da Behive for bem sucedido, espera-se que outras empresas adotem o formato empresarial para formar times profissionais, afinal as competições de e-Sports movimentam milhões de dólares ao redor do mundo.

Behive: startup cria novo time brasileiro de e-Sports para competições mundiais

Imagine um processo seletivo em que o cargo pleiteado é ser um jogador de videogame profissional, com direito a salário e tudo o mais. Essa é a ideia da Behive, startup criada com o intuito de formar equipes profissionais de e-sports e competir no cenário mundial de e-sports.

A ideia é ambiciosa e o processo seletivo está a todo vapor, na verdade a última etapa ocorre neste final de semana na Unidade Guarulhos da Escola Saga. No local, 60 candidatos concorrem as 10 vagas de emprego como cyber atleta. Tudo o que eles devem fazer é jogar League of Legends em condições intensas do ponto de vista técnico e emocional, e uma entrevista individual. Os escolhidos integram os dois times criados pela Behive.

“O tryout é só mais uma etapa de um modelo absolutamente inovador de montagem de time de e-Sports no Brasil, e abre um novo capítulo na história dos cyber atletas”, diz Anderson Lourenço, um dos idealizadores da Behive.

A Behive deve agir como uma instituição esportiva, como os times de futebol profissional. Ou seja, eles contratam talentos, dão treinamento, firmam contratos com os atletas e passam a gerir a carreira profissional, além de inscrever os membros do time em competições mundiais e nacionais dos games que estiverem treinando. A meta é vencer os milionários torneios que surgem ao redor do mundo.

Parte do trabalho da Behive já está pronto: já existe o técnico do time, no caso o experiente cyber atleta Guilherme “Necro” da Silva, que já foi técnico da equipe paiN Gaming, que também jogo LoL profissionalmente. “Vou fazer o trabalho de um verdadeiro treinador: pegar talentos da base e transformá-los em campeões. Esse é o meu desafio pelos próximos anos na Behive”, afirma.

Os 60 candidatos saíram de um processo que perdura desde o mês de abril e contava com cerca de mil candidatos inscritos pela página da Behive no Facebook. Para chegar nesta fase os candidatos precisavam ser maiores de idade até janeiro de 2015 e passar por uma avaliação de perfil comportamental.

“A ideia é de trabalho e cooperação, como acontece numa colmeia (hive, em inglês) onde as abelhas trabalham de forma organizada e harmônica para o bem-estar comum. Por isso também a junção com be, do verbo ser em inglês”, explica Miriam, master coach da Behive.

Evidentemente, a Behive está de olho nas gordas premiações que campeonatos de e-sports oferecem aos vencedores. Este ano, a final do Campeonato Mundial de LoL foi no Sagam, um dos estádios da Copa do Mundo de Futebol de 2002, na Coréia do Sul, e a equipe vencedora faturou US$1 milhão. Ocorreram outros campeonatos semelhantes ao redor do mundo. Imagine quanto dinheiro uma equipe bem estruturada e capacitada pode lucrar, se vencer diversos campeonatos?

A Behive pretende ainda que o centro de treinamento seja diferente das chamadas gaming houses. No caso, o que vai ser feito é uma gaming office, ou seja, um escritório montado de maneira lúdica, mas que não lembra um ambiente doméstico. A intenção é transformar uma equipe de e-sports em negócio mesmo.

“Inspiramos-nos nas outras modalidades esportivas, em que os atletas vão para seus clubes treinar, mas voltam para suas casas e levam uma vida social como qualquer outra pessoa”, explica Lourenço. “Dessa forma, também estimulamos nossos atletas a continuarem seus estudos”, acrescenta Miriam.

Os dez selecionados pelo tryout começam a ‘trabalhar’ em janeiro de 2015, quando será anunciada a localização do escritório e outras informações sobre o espaço, horários de treinamento etc. Os jogadores da Behive também terão remuneração mensal e outros direitos comuns aos trabalhadores brasileiros. Inicialmente, os dez jogadores irão compor dois times de LoL e a expectativa é de, em 2015, disputarem o Campeonato Brasileiro de League of Legends e, em 2016, vencerem alguma competição.

A fase final de seleção – o Tryout – aconteceu no último final de semana (15 e 16 de novembro), na Saga Guarulhos, às 8h30, com uma apresentação da master coach Miriam Tsugawa, e um briefing do técnico Necro.  Os dez selecionados serão conhecidos na semana de 17 a 21 de novembro.