Riot realiza estudo sobre comportamento dos jogadores de LoL

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Se você tem o costume de jogar online, certamente já vivenciou alguma experiência negativa ocasionada pelo mau comportamento de algum colega, ou talvez tenha até sido o causador de intrigas. Pode parecer que não, mas as grandes empresas geralmente estão de olho nos jogadores que não se comportam na rede, sendo que as punições variam e simples advertência até banimento do jogo. A Riot Games realizou recentemente uma pesquisa para mapear o comportamento dos jogadores de League of Legends e o resultado foi bastante interessante. O estudo foi liderado por Jeffrey Lin, designer de Social Systems da Riot Games, e contou com o apoio de cientistas que analisaram as interações entre os 67 milhões de jogadores regulares de LoL.

De acordo com o estudo, apenas 1% dos jogadores são consistentemente “tóxicos” e essa pequena parcela é responsável por 5% da “toxicidade” no League of Legends. Todo o restante do comportamento negativo é fruto de jogadores que estão em um dia ruim ou em um momento de frustração no jogo ou fora dele. Assim, a Riot entende que a apenas uma minoria tende a realizar e manter comportamentos inadequados durante a jogatina.

Segundo Marcio Orlandi, diretor de Produtos da Riot Games Brasil, promover o comportamento positivo tem sido uma prioridade para a empresa. Por isso a companhia mantém times de especialistas em comportamento dedicados especialmente a esse fim. A ideia é coibir práticas perturbadoras e garantir que ninguém tenha seu jogo estragado por causa de alguns valentões.

Segundo informações da empresa, foram criados modelos de inteligência artificial capazes de dar feedback a jogadores com comportamento negativo em cerca de 20 minutos após o final de uma partida. Além disso, a empresa estaria buscando ajudar os jogadores a reconhecer e valorizar o comportamento positivo e proativo, de modo que a própria comunidade se regule.

Além dessas iniciativas, a Riot também desenvolveu modelos de interação entre jogadores em eventos de fórum, como o Detetive LoL e as Dicas de Comportamento. Também foi criado o Projeto GGWP, composto por quadrinhos e murais que dão destaque a jogadores especialmente positivos. Por fim, há um modelo de podcast que discute temas de comportamento e está em teste. Naturalmente é impossível manter todos os jogadores na linha, mas a Riot entende que essas práticas diminuirão gradativamente a reincidência de mau comportamento por parte de um determinado jogador que está em um mal dia.

A editora entende ainda que mesmo que fossem banidos a maioria dos jogadores considerados tóxicos, o problema de harassment não seria totalmente solucionado visto que os jogadores recorrentemente tóxicos são uma minoria de 1%. Para ajudar os jogadores a mudarem seu comportamento, Lin e sua equipe trabalham com a aplicação de conceitos básicos de psicologia. Uma das ferramentas que desenvolveram exibe mensagens um pouco antes de uma atividade que pode resultar em mau comportamento.

Foram separadas 24 mensagens ou dicas que serão exibidas durante o jogo, incluindo frases que incentivam o bom comportamento, como “Jogadores que cooperam com seus companheiros ganham 31% a mais das partidas.”, e outras que desmotivam o mau comportamento, como “O desempenho de seus companheiros de equipe piora, se você fizer uso de harassment após um equívoco”.

Medidas da Riot para melhorar o comportamento dos jogadores

O aviso sobre o harassment (termo utilizado quando um jogador resolve atormentar outro), que resultaria em mau desempenho dos jogadores, reduziu as atividades negativas em 8,3%, abuso verbal em 6,2% e linguajar ofensivo em 11%. As mensagens positivas sobre cooperação dos jogadores resultaram na redução do linguajar ofensivo em 6,2% e houve benefícios menores em outras categorias.

Apenas algumas análises da pesquisa foram divulgadas, por isso ainda é cedo para fazer generalizações, segundo os especialistas. Ainda assim, se nada disso te convenceu de que se comportar bem online é o melhor caminho, lembre-se que os times mais vitoriosos do e-Sport são adeptos do fair play e todos se tratam como amigos.


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Autor: Luiz Ricardo de Barros Silva

Luiz Silva, jornalista de games formado pela Universidade Paulista. Já escreveu para as revistas da Tambor Digital (EGW, Gameworld), para o site Player 2 entre outras coisas. "Sou um entusiasta por videogames, apesar de jovem já tive até um Atari, minha série favorita é Silent Hill".

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