Conheça o jogo de boxe brasileiro Cruz Brothers

Já ouviu falar do Cruz Brothers Game? Se você esteve na área indie da BGs 2016 as chances são altas de que tenha visto ou ouvido falar no título da produtora Donut Coffeeshop, mas se não esteve no evento, vamos falar um pouco deste título que possui uma proposta bem bacana. Basicamente é um simulador de boxe baseado em uma história real.

O estúdio Donut Coffeeshop juntou-se à Escola de Boxe Marcus Luz para criar uma web serie de boxe durante uma viagem a Cuba. O projeto deu tão certo que os responsáveis decidiram criar um jogo eletrônico, porém ao invés de simplesmente fazer um game de luta eles decidiram criar um simulador, mostrando como treinar o esporte. Além disso, questões extra-ringue podem interferir na performance dos atletas.

marc_luz-768x512A ideia parece ter sido criar uma homenagem ao mundo do boxe profissional. Os protagonistas são os irmãos Felipe Cruz e Igro Cruz, que são lutadores de boxe. Não por acaso, o modo campanha mostra a trajetória dos atletas para se tornarem campeões mundiais. O macete é que durante a aventura o jogador evolui os personagens  para encarar os desafios de maneira mais eficiente.

Esses pontos personalizáveis são atributos como dureza, força, confiança, agilidade etc. Além disso, alguns itens alterarm a performance do atleta como luvas e tênis melhores. Na fase de treinamento pré-desafio você vai para o centro de treinamento para treinar os golpes e movimentos básicos. Não basta sair esmagando os botões, mas sim esperar o melhor momento para atacar e se defender, tal como em um combate real.

A câmera se posiciona em lateral (side scrolling), lembrando muito jogos da era árcade dos games de luta como Tekken e Virtua Fighter. Porém, a mecânica é mais fiel a um combate real, ou seja, quando você tenta atacar automaticamente está abrindo mão da defesa. Mas não se preocupe: é possível tirar a defesa adversária atingindo áreas mais vulneráveis como o abdômen ou esperar o contragolpe fatal.

Mas fica o aviso: o Cruz Brothers não é totalmente uma simulação. Na verdade ele está num meio termo com o estilo árcade. Os lutadores não se cansam, por exemplo, evitando-se que os combates sejam desacelerados. Existem cinco modos de jogo, incluindo o divertido multiplayer local para até quatro participantes. Há uma versão para testes para PC e MAC. A expectativa é que o título desperte o interesse de jogadores pelo esporte de lutas marciais e pelo trabalho realizado pela Escola de Marcus Luz.

Abaixo você pode conferir um trailer de Cruz Brothers Game:

Breaking Machine relembra clássicos da geração 32 bits

Quem não se lembra dos clássicos do Playstation, Twisted Metal e Vigilante 8, aqueles combates de veículos altamente armados? Pois bem, esses jogos parecem ter sido relegados ao ostracismo, deixando uma legião de fãs espalhados pelo mundo. Felizmente para os órfãos desses títulos, o estúdio indie Xplow buscou referências neles para criar o jogo Breaking Machine.

Basicamente é um duelo de veículos armados até os dentes para decidir quem tem a supremacia das diversas arenas espalhadas pelo mundo. Breaking Machine tem foco no multiplayer (com suporte para 4 jogadores), com diversos modos de jogo. O título estava disponível para teste durante a Brasil Game Show 2016, no pavilhão indie, o que serviu para colocar a Xplow no mapa e chamar as atenções para seu promissor game.

A demo da BGS tinha apenas o modo Deathmatch, mas os desenvolvedores garantem que haverá outros modos como corrida, capture the flag, team deathmatch, entre outros. A ideia do estúdio é apelar para a nostalgia para agarrar os jogadores, inclusive tem todo aquele clima de co-op local. De acordo com os desenvolvedores, a intenção é reunir os amigos em frente a TV para uma partida descontraída. Mais ou menos como era na época do PS1.

Já na demo era possível ver uma variação interessante de veículos e a Xplow promete que haverão ainda mais carros na versão final. Toda a jogabilidade é claramente inspirada nos clássicos retro mencionados, ou seja, espere por explosões insanas, bombas, armas laser, skins alternativos etc. O único problema é que os desenvolvedores ainda não definiram uma data de lançamento para Breaking Machine.

Um fato interessante é que o estúdio adicionou uma mecânica que permite aos jogadores sair dos veículos para plantar armadilhas e pegar os adversários. A princípio a ideia não parece das melhores, pois pode desacelerar o gameplay, porém se bem executada a jogabilidade vai se distanciar um pouco de Vigilante 8 e seus contemporâneos da geração 16 bits. A Xplow ainda está terminando o projeto, então as novidades devem sair em breve.

Abaixo tem o vídeo de Breaking Machine:

Hue Defense: novo jogo da BraveWolf é um defense tower que faz paródia com a política brasileira

O destaque de hoje é outro título indie que fez bastante barulho durante a Brasil Game Show: Hue Defense. Trata-se de um defense tower com uma crítica política singela, porém mordaz. A cortesia é do estúdio indie BraveWolf, que surgiu em 2015 coma intenção de trazer inovação nos jogos eletrônicos.  Estamos na pequena ilha de Hue (sacou a referência?), que está sendo invadida por duas espécies danosas e especialmente perigosas: os azuis e os vermelhos. Cabe ao jogador construir poderosas torres munidas com armamentos pesados para eliminar essas terríveis ameaças.

A jogabilidade lembra bastante o famoso Defense Grid, do Xbox 360, ou seja, os inimigos começam a andar em fila indiana e o jogador deve montar suas torres em pontos estratégicos para deter o avanço dos inimigos e impedir que eles tomem os diversos pontos de interesse da ilha. Para tanto, você tem à sua disposição sete diferentes tipos de torres, cada uma com um tipo de poder de fogo. O desafio vai aumentando à medida que os inimigos surgem em maior número e se tornam mais resistentes.

O grande macete de Hue Defense é que cada torre possui seus próprios poderes e servem a diferentes propósitos. Assim, o jogador deve montar uma estratégia para destruir todos os invasores, não sendo suficiente apenas montar estruturas de defesa a esmo. Você pode montar torres de coxinha, mandioca, entre outras. São mais de 30 habilidades únicas. Inclusive há um sistema de níveis bem estruturado para que o jogador melhore suas defesas ao passo que derrota os inimigos.

Hue Defense faz uma paródia do atual cenário político do Brasil com bastante bom humor e sátiras. Ao longo das 20 fases que compõe o game você vai se deparar com situações facilmente reconhecíveis da política brasileira. Durante a semana da BGS 2016 o estúdio BraveWolf chegou a dar uma amenizada no tema político na página da Steam, porém as características dele permanecem as mesmas. A ideia é fazer os jogadores se divertir, porém sem deixar de lado uma reflexão sobre a política nacional.

Abaixo tem um trailer de Hue Defense: