Documentário mostra o universo dos games independentes

Como uma pessoa extrai de sua mente uma ideia para um videogame e a torna num jogo? Como acontece todo esse processo?

Se você já pensou sobre se tornar um desenvolvedor independente de games, muito provavelmente já se fez as perguntas acima. Ou talvez você simplesmente se questionou como que os jogos eram feitos nos bons e velhos tempos quando não havia um time de designers, músicos e programadores, apenas um cara (muito possivelmente um “nerd”) em sua garagem brincando com placas de circuito integrado…

É um fato que a indústria de jogos está na melhor época de sua existência. Isso pode ser constatado em diversas materias, como o ESRB | Video Game Industry Statistics, onde diz que, em 2009 a indústria de jogos de computadores e consoles vendeu 273 milhões de unidades em todo o mundo levando a uma surpreendente receita de 10,5 bilhões dólares.

Dito isto, é natural que alguns profissionais que possuam as habilidades e paixão necessárias para o desenvolvimento de jogos façam uma escolha, se não A escolha de iniciar o árduo processo para construir um jogo do zero. Se você, pelo menos uma vez em sua vida, transformou uma ideia em algo, seja ela um texto, podcast, site, uma canção, ou mesmo um jogo, você sabe como complicado, cansativo e demorado esse processo criativo pode se tornar.

Então, como seria um documentário que capta esse sentimento? Este filme  épico nos mostrará a viagem de quatro desenvolvedores e três jogos: Fez, Super Meat Boy e Braid.

O site do documentário diz que “com o século XXI surge uma nova raça de artistas independentes: os designer de jogos indie. Recusando-se a se sacrificar para os outros, esses inovadores independentemente concebem, projetam e programam seus jogos nitidamente pessoais na esperança de que eles também possam encontrar o sucesso”. Chega até a emocionar.

A propósito, devido ao seu sucesso, Indie Game: The Movie se tornará uma série na HBO produzida por Scott Rudin. Quando será que poderemos ver o filme completo? Alguém por aqui já viu?

Autor: rurounikz

Eduardo @rurounikz Emmerich é estudante de Engenharia Elétrica na PUC-SP, trabalha em consultoria de TI e é apaixonado por videogames desde sempre. Adora jogos que sejam tão imersivos e originais que o façam esquecer de ir ao banheiro. Ele escreve em inglês sobre cultura gamer em seu blog pessoal.

10 comentários em “Documentário mostra o universo dos games independentes”

  1. Antes de se a HBO comprar os direitos, ele iria estava sendo comercializado, porém, sem data de entrega. Mas o boom foi quando começaram a passar nos cinemas, e ai q entrou a HBO e não confirmação de uma data de entrega (nem a versão digital).

  2. Se os produtores capturarem esse sentimento, essa necessidade de expressão através desse mecanismo (jogos) será realmente um filme épico. Provavelmente ele mostrará não apenas a questão física da construção, mas principalmente o enorme entretenimento embutido nela.

    1. Oi Renato, sou um enorme fã do seu trabalho e passei boa parte da infância jogando Amazônia no MSX, ainda na versão sem gráficos. Tenho acompanhado a sua conversa com o Arthur Protasio, que coordena nosso CTS Game Studies e contamos com você para nossos próximos eventos. No ano passado fiz um programa para a MTV sobre os Indie Games, cujo link segue abaixo. Um grande abraço! http://mtv.uol.com.br/programas/mod/videos/02×05-indie-games

    2. Ronaldo Lemos, legal saber disso. Estou às ordens para o que precisarem. Pena que estou beeemm longe do Rio, senão ia em todos os eventos. Quanto ao seu vídeo, gostei muito. Acho que você acertou em focar o lance dos autores pretenderem transmitir algo, ao invés da simples questão mercadológica dos indies. Muito bom mesmo.

  3. Eu assisti no cinema em um screening que foi feito em Santa Cruz (cidade do Ed McMillen do Super Meat Boy) alguns dias antes da GDC. O filme é excelente, vale muito a pena!!! Além de ser emocionante para o desenvolvedor de jogos, valorizando muito o esforço (até demais…), o trabalho e o talento inerentes à área, também tem uma série de conflitos que fazem com que o filme seja completamente acessível pelo grande público. Em alguns momentos, inclusive, tem umas explicações bem didáticas sobre indie games e em outros o filme apela bastante para a emoção usando bastante a interação com os "coadjuvantes" (por exemplo, a super simpática esposa do Ed McMillen e o ex-sócio do Phil Fish do Fez). A escolha dos desenvolvedores que foram focados no filme também foi ótima. Sem entrar em detalhes da "trama", a trajetória de cada um é única e, tenho certeza que se for usado como base para uma série de ficção vai ser um sucesso! Depois do filme teve um painel com os diretores e com os desenvolvedores, também foi muito legal. Outra coisa bem importante de lembrar é que este filme foi um dos primeiros projetos relacionados a games a ser "fundeado" pelo KickStarter, mostrando que este esquema de crowd funding começa a dar resultados reais e bem sucedidos. Torço para que passe esse filme no Brasil!!!

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