Review – ToeJam & Earl: Back in the Groove!

Toe Jam

Considerado um clássico “cult” do Mega Drive, ToeJam & Earl teve uma difícil missão na época em que foi lançado: incentivar as vendas do Mega Drive em território americano. O jogo contava com uma trilha sonora marcante e personagens bem doidos que se encaixavam perfeitamente com a proposta. Com uma trama e jogabilidade simples, mas bem desafiadora, seu objetivo era andar pelo mapa cheio de bizarrices atrás de peças da sua nave.

O original teve uma aceitação favorável do público e crítica, apesar de não ter sido um sucesso de vendas. Anos posteriores o título ganhou duas sequências, uma ainda no saudoso Mega Drive, e outra para o primeiro XBOX. Ao longo dos anos um quarto jogo foi pensado, e passou até a ser um projeto para Nintendo DS, contudo não chegou a ver a luz do dia.

Após a ajuda de um financiamento coletivo iniciado em 2015, finalmente temos um quarto jogo que nada mais é do que uma grande e excelente homenagem ao primeiro. A trama é simplória, como tem que ser: a turma de alienígenas vai para a terra na tentativa de acionar uma caixa de som, mas acabam criando um buraco negro que bagunça todo o planeta e destrói a nave. Agora cabe ao jogador escolher entre um dos personagens iniciais e recuperar as peças perdidas.

As diferenças entre o primeiro jogo e este são basicamente três: você joga com até oito personagens, sendo seis deles desbloqueados logo de cara, e entre dois deles são as versões “oldschool” de Toejam e Earl. Outro aspecto que muda é a inclusão de elementos de RPG. Ao longo das fases, por exemplo, você acumula experiência e com isso seu personagem melhora alguns de seus atributos. A adição funciona perfeitamente, pois incentiva o jogador a explorar e prolongar mais ainda a jogatina. Outro detalhe que vale destaque é o visual cell shading, que confere ao título um valor imagético à lá 16 bits, o que funciona perfeitamente, tudo esta bastante vivo, fluído e possui um design estiloso.

Toe Jam: Back in the Groove traz 25 níveis, e existem diversos tipos de jogo, indo desde do tutorial (com incríveis dez níveis básicos para você aprender a jogar), e os modos fixo, aleatório e o aleatório modo difícil, nestes últimos as fases mudam de maneira aleatória dando uma experiencia ainda mais divertida ao jogo.

Os níveis são repletos de inimigos e aliados, cabendo a você explorar e descobrir funções destes, ou jogar o tutorial para aprender. Os mapas trazem diversos tipos de itens e a coleta é de extrema importância, pois eles mudam algumas mecânicas do jogo e dão vantagens ao jogador, vale lembrar que existem os itens maliciosos que também prejudicam.

É impossível não destacar a importância da musica neste jogo, assim como no primeiro, a musica deixa o jogo ainda mais brilhante, sua trilha é composta por muito funk e graças a atual tecnologia a sonoridade esta ainda mais impecável. Se este jogo não tivesse um ritmo musical tão bom, dificilmente funcionaria tão bem.

O jogo tem funcionalidades online que podem gerar uma aceitação maior para o publico atual. Você pode convidar um amigo seu e jogar com ele, também existe o multijogador local, coisa rara hoje em dia, que vem bem a calhar. Como o titulo é quase idêntico ao primeiro, o seu apelo maior vai para o público nostálgico, caso você tenha filhos vai ser bem legal jogar com eles, pois Toe Jam funciona como uma tentativa de inserir um novo público, mas o seu estilo de jogo não tão bem visto como era no passado, talvez as funções online façam ele crescer.

“ToeJam & Earl: Back in the Groove!” é um bom retorno deste clássico dos anos 90. É um título que já possui um preço bacana na steam, esta disponível para PS4, XBOX ONE e Nintendo Switch. A versão testada para esta analise foi a de PC. Durante toda a minha jogatina não encontrei nenhum bug, e performance foi plenamente satisfatória o game possui legendas em português e elas estão muito bem traduzidas o que é ótimo.

Nota: 8

Texto por Victor Cândido

Autor: Luiz Ricardo de Barros Silva

Luiz Silva, jornalista de games formado pela Universidade Paulista. Já escreveu para as revistas da Tambor Digital (EGW, Gameworld), para o site Player 2 entre outras coisas. "Sou um entusiasta por videogames, apesar de jovem já tive até um Atari, minha série favorita é Silent Hill".

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