Overpaint: um dos destaques do BIG Festival 2015

Hoje vamos falar de um dos jogos mais destacados deste ano no cenário indie. Trata-se de Overpaint, da desenvolvedora Landka, de Portugal. O game concorre ao prêmio de Melhor Jogo de Educação e Aprendizado no BIG Festival 2015 e chama as atenções por seu visual minimalista e fácil de jogar.

O título é um puzzle que visa a simplicidade na jogabilidade, enquanto entrega um estilo artístico diferenciado. A mecânica do jogo são sobre as cores e como elas são interessantes. O objetivo é sobrepor os três painéis de cores primárias para limpar os círculos do tabuleiro. A princípio o jogo é fácil, mas em pouco tempo as coisas vão se complicando, pois o sucesso depende da combinação de cores escolhidas pelo jogador.

Para ter sucesso é primordial observar os padrões de cores apresentados na tela. E não basta sair apertando qualquer coisa na tela, pois o raciocínio é premiado, enquanto que a imprudência penaliza o jogador. Pense duas vezes antes de deslizar as cores! Nas fases mais avançadas surgem vários círculos ao mesmo tempo.

O game prima por um visual limpo, sem poluição na tela. Não há anúncios durante as mais de 225 fases. De tempos e tempos, o game apresenta curiosidades sobre as cores (daí vem o cunho educacional do game). Ou seja, o game tenta ensinar sobre o mundo das cores aos jogadores.

O game tem a opção para desafiar os amigos pelo melhor score. Além disso, há suporte para os idiomas português, espanhol, japonês, mandarim e inglês. Overpaint está disponível gratuitamente no iPad, iPhone, Mac, Android, Windows Phone, Windows 8 e Kindle.

Abaixo está o trailer de Overpaint:

SBGames 2015 confirma participação de Ernest Adams, fundador da IGDA

Mais uma novidade para quem comparecer no SBGames 2015, o Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital: a organização confirmou a presença de Ernest Adams, um dos maiores consultores em game design dos EUA. Para quem não conhece, Ernest é o célebre fundador e primeiro presidente da IGDA (International Game Developers Association).

O convidado está na indústria de jogos desde 1989 e é autor de seis livros, incluindo o livro de nível universitário “Fundamentos do Game Design, Terceira Edição”. Além disso, ele desenvolveu jogos online, para desktos e de consoles desde o IBM 360 até os dias atuais. Ernest dará uma palestra na qual se espera que ele fale sobre sua carreira e a indústria em geral.

Além da presença de Ernest, o SBGames contará com uma mostra de jogos  digitais (enviados por desenvolvedores do Brasil) e outros trabalhos como jogos de tabuleiro. Haverá também espaço para mesas redondas e outras palestras. Esta é a 14º edição do evento acontece em Teresina, Piauí, entre os dias 11 a 13 de novembro de 2015.

Para quem é desenvolvedor indie e pretende levar seu game para a SBGames 2015, basta fazer a inscrição no site e aguardar pela escolha dos jogos quem farão parte da mostra especial do evento. A página oficial contém as regras do Festival de Jogos.

Com estas novidades, o evento deve atrair um grande público e deve ser uma edição imperdível.

Toren chega ao PC e PS4 após quatro anos em desenvolvimento

Após quatro anos em desenvolvimento, por fim a produtora indie brasileira Swordtales, de Porto Alegre, lançou Toren para PC e Playstation 4. O game ganhou destaque na mídia e entre o público graças às aparições em eventos e aos diversos vídeos que mostravam um projeto ambicioso e com ares de superprodução.

O game chegou com o preço de R$ 19,99 na Steam e R$ 29,99 na PSN com a intenção de se tornar um dos jogos brasileiros de maior sucesso já lançado. Para tanto, a equipe aposta na produção do jogo. Os efeitos visuais são de longe o maior destaque do game, seguido da parte sonora e da jogabilidade inspirada em clássicos como Legend of Zelda e ICO.

O game conta a história da garota Moonchild, que cresceu em Toren, a opressiva torre que dá nome ao jogo e é símbolo máximo da decadência humana que tempos atrás almejou tocar os céus – uma clara alusão à Torre de Babel da Bíblia. O problema inicia quando Moonchild dá-se recebe a missão de derrotar um terrível dragão que habita o topo de Toren. O mundo tornou-se um deserto opressor aonde a noite nunca chega. Para restaurar o equilíbrio é necessário subir até os níveis mais altos da torre e destruir o dragão.

Ao longo da aventura, o jogador deve solucionar pequenos puzzles para avançar, mais ou menos como ocorre no já citado ICO. De fato, a desenvolvedora não esconde que buscou inspiração nas obras de Fumito Ueda, inclusive os cenários que parecem algo de Shadow of the Colossus com uma dose de psicodelia. O resultado é dos mais curiosos.

O jogo é o primeiro da indústria a se aproveitar da lei Rouanet para captar recursos financeiros até seu término. De acordo com a Swordtales, o financiamento através de recursos governamentais é um avanço e pode ser o estopim para outros jogos nacionais conseguirem o sonhado lançamento. “Toren não aconteceria de outra forma”, explica Alessandro Martinello, da Swordtales em entrevista ao IGN Brasil.

Claro que após o lançamento, o jogo já recebeu seus primeiros reviews. Das críticas mais citadas está a duração do jogo, que é bastante curta (cerca de 2 horas de jogatina). Ainda assim, tal como ocorreu com Brothers: A Tale of Two Sons, da Starbreeze Studios (que também foi criticado por sua pouca duração), o game da Swordtales está indo bem nas notas e parece ser um dos jogos brasileiros capaz de mostrar um lado da indústria nacional ainda não visto pelos jogadores.

Abaixo está o trailer de Toren: