Ubisoft cria estúdio em São Paulo

Expandindo o número de estúdios em sua rede, a desenvolvedora francesa criará agora o primeiro estúdio da América do Sul, em São Paulo.

O Ubisoft São Paulo será aberto em julho e mostra mais sinais de amadurecimento da indústria de games brasileira. Inicialmente o estúdio possuirá 20 desenvolvedores, coisa pequena, mas a empresa planeja que em quatro anos o número seja ampliado para 400 e, aí sim, é vaga para muito programador.

A explicação dos franceses para escolher São Paulo é a riqueza cultural da cidade e a rede universitária, que eles acreditam que ajudará a dar uma renovada na criatividade empregada nos jogos.

Há muito tempo esperávamos ver o Brasil parar de ser ignorado pela indústria de games. Em menos de dez anos vimos um encolhimento de distribuidoras de games, mas parece que agora as coisas começam a entrar nos eixos de novo.

A Ubisoft São Paulo será aberta no fim de julho e cuidará do desenvolvimento de jogos para portáteis e consoles domésticos. Mais informações podem ser lidas no UOL Jogos, que publicou uma longa nota e também uma entrevista com a companhia.

[Via Guilherme Tsubota]

Mais uma universidade oferece design em games

Recebemos do leitor Tiago a notícia de que mais um curso universitário dedicado ao design de games foi aberto, desta vez em Balneário Camboriú, Santa Catarina.

A Univali está abrindo o curso (bacharelado) de design que tem previsão de conclusão em 7 semestres (4 anos). Na descrição do curso a universidade explica que serão abordadas técnicas de estética, roteirização, ergonomia, modelagem computadorizada e multimídia na criação de jogos, bem como formas de inovação e gestão.

Com o cada vez maior popularidade dos advergames e o crescimento do mercado de jogos no Brasil, que felizmente está deixando de ser encarado como “coisa de criança”, pipocam cursos de design em nível universitário.

Isso quer dizer que em breve poderemos ver a solificação de uma indústria importante e, quem sabe, de uma importância ainda maior do Brasil no cenário mundial de games.

Catarinenses interessados no curso podem obter informações, também, pelo email design.jogos@univali.br.

Excelência em gráficos pode atrasar games, diz professor

Recebemos em nosso email uma mensagem do leitor Natanael Rabelo, que escreve para os blogs Sem rare candy e Nukesports.

Natanael entrevistou o professor Roger Tavares, do Senac, game designer e especialista em games que palestrou durante a ESWC. A entrevista foi publicada em seu blog e com certeza vale a leitura.

Nela, Roger aborda alguns aspectos importantes do mercado de games no Brasil e diz, sabiamente, que tudo que acontece por aqui é reflexo das ações dos próprios jogadores, fala um pouco sobre a proibição de games, os esportes eletrônicos e uma parte que nos chamou bastante atenção aqui no GameReporter: a busca incessante por excelência em gráficos.

Partilhamos da opinião do professor de que a busca extrema por gráficos pode ser problemática para a criatividade em jogos e a evolução dos games. “Essa evolução só dos gráficos é uma coisa que ajuda muito a indústria, em especial a de hardware, mas traz pouco benefício ao jogo”, afirmou o professor, que critica também a tentativa da indústria de seguir um caminho complementar ao cinema.

Roger Tavares cita, é claro, exceções à regra, de jogos que conseguiram excelência em gráficos sem abandonar uma evolução real na mecânica de jogo ou na maneira de contar a história, como Crysis e F.E.A.R.

Agora perguntamos, você acha que a busca por gráficos cada vez melhor deveria ser prioridade nos games?

[Via Sem rare candy]