Pai do Pac-Man conta que criou jogo para meninas e fala sobre design

Pai do Pac-man

Toru Iwatani é um nome que poucos devem conhecer assim, de bate pronto. Mas se falarmos que é o pai do Pac-Man, qualquer gamer vai saber que o cara merece respeito.

O designer deu uma declaração a respeito dos games atuais e do processo de criação durante a GDC 2011. Primeiro, Iwatani disse que criou Pac-Man na tentativa de atrair garotas gamers.

“Antigamente, não existiam videogames domésticos e as pessoas precisavam ir para os fliperamas para jogar. Era um playground para garotos. Sujo e fedido. Então quisemos incluir garotas ou jogadoras para que se tornasse mais brilhante”, comentou.

Aí vem o bizarro. Pensando no que atrairia garotas, Iwatani pensou que elas adoravam sobremesa, a exemplo de sua esposa: “O verbo comer me deu a idéia de criar o jogo”.

Tudo então girou em torno do que poderia agradar as garotas, inclusive personagens bonitinhos em vez de carrancas nos inimigos. Por mais estranho que tudo isso possa parecer, é tudo muito simples e, sabendo disso agora, faz certo sentido.

Para nós foi como um mistério resolvido. Na mesma palestra, Iwatani comentou que acha os games de hoje muito complexos, sem objetivos claros de imediato. “Nos jogos de hoje você não ve sobre o que eles são, quais são os objetivos, e os controles talvez sejam muito complicados”, criticou acrescentando que os jogadores querem desafio, mas que a diversão devia ser o ponto primordial de qualquer game.

O que você acha da opinião?

[Via GamesIndustry]

Autor: Dolemes

David de Oliveira Lemes | @dolemes | Editor do GameReporter e do GameOZ. Professor da PUC-SP e consultor na área de educação e tecnologia.

2 comentários em “Pai do Pac-Man conta que criou jogo para meninas e fala sobre design”

  1. Primeiro, não chamaria "automaticamente" um criador de jogos de designer, exceto se notoriamente soubéssemos que ele estudou design. Quem cria jogos, não é um designer por osmose, embora possa ter noções gerais com interfaces, que é basicamente do que se trata design de jogos. Se preferir, o chame de projetista (o que não é sinonimo para designer!).

    Segundo, também acho um pouco tendencioso e cômodo que autores de clássicos do passado critiquem como complexos os jogos atuais. Não concordo que não há clareza nos objetivos: há mais alternativas, há mais riqueza, há mais elementos. Acho que há espaço para produtos simples e para produtos mais complexos, da mesma forma que há para jogos mais superficiais como também para mais profundos e densos. Os jogos evoluíram, o usuário evoluiu. O ponto é que antigamente só era possível aquele nível de "complexidade" (simplicidade), mas duvido que se os autores tivessem mais recuros, não usariam! rs

    Abraço

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