Designer de games acha que games precisam ser feitos com responsabilidade

O site Gamasutra publicou um extenso artigo com Rod Humble, CEO da Linden Labs (do Second Life), participante da série Sims e criador de um game indie chamado The Marriage.

Durante uma convenção, Humble mostrou-se preocupado com a responsabilidade que os games possuem em alterar o comportamento de seus jogadores. É leitura obrigatória, mesmo que esteja em inglês, uma vez que aborda pontos polêmicos dos jogos.

Resumidamente, o designer diz ter ficado preocupado com o feedback sobre seu game The Marriage, que aborda o cenário do casamento, ao ver comentários de alguns jogadores que pensavam em tomar decisões na vida pessoal baseadas no game.

Para ele, os jogos já atingiram status de arte e, como tal, tem impacto e deve receber críticas por isso. Humble condenou a atitude de estúdios e designers que gostam de se afirmar como arte, mas quando convém se defendem de responsabilidade dizendo “mas é só um game”.

“Podemos ser ambos ao mesmo tempo, e levar responsabilidade por isso”, argumentou acrescentando que a estrutura de um game tem significado e a mensagem é passada para o subconsciente dos jogadores.

“Joguei D&D, jogos de guerra e tiro minha vida inteira e não sou violento. Mas joguei títulos que mudaram completamente minha perspectiva, e como vivo minha vida”, comentou Humble.

A questão, quase filosófica de Humble, levanta uma importante questão ética e seguindo a arte, os jogos devem optar por emprestar elementos da “mais nobre arte”, a que “celebra a natureza e a natureza humana”.

O artigo completo é de leitura recomendadíssima. Você concorda com Humble? Por que?

Dica do Prof. Dr. Luís Carlos Petry, da PUC-SP.