Além de jogos digitais, também abrimos espaço para jogos de tabuleiro, como é o caso do game de hoje. Chamado de Neutralix, o jogo foi desenvolvido pelo biomédico e ilustrador Shinai Gregório que idealizou o game como um referencial para os estudos de química.
O objetivo do game é ensinar química, mas de maneira simples e divertida. Assim, o criador do game espera alcançar alunos e professores espalhados pelo país. De acordo com o professor Shinai, o game em breve deve ganhar maior alcance. “Esta é uma versão para jogar em mesa mas em breve estarei terminando ele para ser jogado em forma digital, pelo pc ou celular”.
Como Neutralix foi desenvolvido a princípio como um jogo de tabuleiro, o jogador não encontra grandes complicações para acessá-lo, bastando baixá-lo, imprimi-lo e recortá-lo. Para isso, basta ir até a página Deviant Art do professor Shinai, onde se encontra as informações e links para o jogo. O board game promete muita diversão em família e é recomendado para jogar com os filhos, sendo que o modo “Super Cientista” é o grande destaque, de acordo com o criador.
Para além de Neutralix, o professor Shinai ainda trabalha em dois outros jogos de tabuleiro com viés científico: um modelo para dissecação de rã e outro sobre constelações. O intuito, é claro, ensinar de uma maneira mais interativa.
Quando a Nvidia anunciou o Shield muita gente torceu o nariz, afinal este seria o primeiro portátil lançado pela empresa. Além disso, muitas outras empresas investiram no mercado portátil antes da Nvidia e se deram muito mal, como a Nokia, a Sega, a Atari, entre outras. O consenso geral é de que se a NVidia quisesse fazer sucesso no mercado de portáteis seria necessário lançar um produto muito bom no mercado e sem pretensões de encarar de frente a Nintendo, que domina o setor há anos.
Durante a BGS a NVidia montou um estande cheio de pompa para apresentar suas principais placas de vídeo, como de costume. As novidades no estande da empresa ficaram por conta do tablet Tegra Note e do portátil Nvidia Shield, exibidos pela primeira vez na América Latina. O Shield foi de longe a grande sensação da empresa, chamando as atenções dos muitos visitantes do estande.
À primeira vista o Shield parece desengonçado e grande demais para ser considerado um portátil (dificilmente ele poderá ser carregado no bolso do jogador tal qual o 3DS e o PS Vita). Como se não bastasse, ele é pesado em comparação com outros dispositivos móveis. A melhor forma de descrevê-lo é dizendo que ele é a fusão do controle do Xbox 360 com um Nintendo DS. Porém toda esta robustez e peso tem um motivo: o Shield guarda em seu interior um hardware muito poderoso. Em seu interior está guardado um processador Tegra 4 de quatro núcleos de clock 1,9 GHz, 2GB de RAM e Android versão 4.2.1. É uma combinação e tanto.
Os jogos que estavam instalados no aparelho e que testamos na feira foram GTA III, Borderlands II e Sonic. Todos eles rodaram sem engasgos ou problemas e estavam otimizados. Além disso, a resolução dos games é digno de nota. Sim, a resolução de imagem do Shield deixa muito tablet no chinelo: ela é brilhante e tem resolução de 720p (mais do que se espera para um portátil). Os controles ao melhor estilo X360 garantem o conforto e a precisão que todo gamer espera: provavelmente o Shield é o portátil mais confortável que já surgiu. O áudio também não é nada mal: as caixas de som são bem potentes e definidas: dava para ouvir bem os sons dos games apesar do barulho incessante da feira.
Mais importante que o design vale mencionar que o Shield é rápido na hora de se alternar entre uma tarefa e outra. Experimente trocar de game no meio de uma partida para ver que não há irritantes segundos de loading – cortesia do Tegra 4 que coloca os jogos em stand-by sem miséria.
Outra função bem legal é o streaming direto de PCs para a telinha do Shield que funciona melhor do que se espera. Em outras palavras, você poderá continuar os seus games de PC no conforto da cama, do sofá ou no banheiro. Mas o melhor mesmo é a conexão HDMI do Shield que possibilita jogar seus games favoritos do Android, PCs e Tegra Zone direto na TV em alta resolução. Com isto, você acaba ganhando um console tradicional.
Mas o Shield não é só pontos positivos. Por ser um portátil dedicado a um nicho muito específico (hardcore gamers de PC), ele será caro. Ainda que a empresa não tenha divulgado preço e data de lançamento no Brasil, podemos levar em consideração que o preço será alto visto que nos EUA ele custa US$ 300.
Uma boa dica de leitura envolvendo os videogames é o livro Videogames e Mitologia: a poética do imaginário e dos mitos gregos nos jogos eletrônicos da Marsupial Editora. A obra sai do forno no dia 24 de outubro e tem como autora a jornalista de games Flávia Gasi, que fez carreira trabalhando em veículos de fama como a revista EGW, Nintendo World, Scrap MTV, Revista Oficial do Xbox, Rolling Stone, Omelete, entre outros.
O livro estuda o processo de criação das narrativas e mecânicas dos games e como tal processo se relaciona com a Mitologia, em especial a mitologia grega. Além disso, o livro aborda as bases teóricas, que apresentam o conceito de “Imaginário” no universo dos games. Alguns dos games que fizeram parte do estudo estão God of war, Bioshock e Eternal Sonata que, segundo Flávia Gasi, apresentam diferentes características ligadas ao estudo do imaginário.
De acordo com Gasi, esta é a primeira vez que é publicada uma obra dedicada a pesquisa deste tema, não havendo nada parecido em qualquer outro país. Quem já leu qualquer texto ou assistiu palestras da Flávia já sabe o que esperar: o Imaginário e Mitologia aplicados aos videogames e como as referências podem ser das mais sutis às mais descaradas possíveis. É um tema bastante interessante, afinal de contas.
O lançamento de Videogames e Mitologia ocorre no dia 24 de outubro, em São Paulo, na Livraria Geek e depois no dia 12 de novembro no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa do Barra Shopping. O livro possui 128 páginas e tem preço definido em R$ 35,00.
Ficha técnica:
Videogames e Mitologia: a poética do imaginário e dos mitos gregos nos jogos eletrônicos