Projeto Grilado: games ensinam sobre o combate às drogas

Projeto Grilado

É sempre bom mostrar para nossas crianças jogos com alguma mensagem educativa, afinal a interatividade dos games torna o aprendizado mais prazeroso. Que maneira melhor de ensinar algo que vale a pena àqueles que tanto gostam de games?

Um dos maiores males de nossa sociedade são as drogas. No meio de tantos entorpecentes, poucos são mais devastadores e perigosos que o Crack, que transforma seus usuários em sombras do que já foram um dia. Pensando em ensinar ao público infanto-juvenil dos perigos dessa droga tão terrível, o pessoal do Curso de Jogos Digitais da Unicap desenvolveram dois games com esse tema.

Batizados de As Aventuras de Biu Biu e Desafios da Vida, os games são produtos do Projeto de Enfrentamento ao Crack da Secretaria de Desenvolvimento Social de Direitos Humanos e fazem parte do Projeto Grilado. Ambos foram apresentados no Games For Change 2012, realizado entre os dias 13 e 15 de dezembro de 2012. O projeto ganhou forma graças a união de professores e alunos do Curso de Tecnologia em Jogos Digitais da Unicap para a web.

O objetivo do game é ser usado como narrativa interativa para trazer informações que visem combater o uso de drogas, principalmente ao crack.

Os jogos foram apresentados no evento Games For Change 2012, em São Paulo, no mês dezembro. O projeto, feito em ActionScript 3, foi desenvolvido por professores e alunos do Curso de Tecnologia em Jogos Digitais da Unicap para ambiente web, com os objetivos de serem usados como narrativas interativas para a informação e prevenção ao não uso às drogas, em especial ao Crack.

O primeiro game, As Aventuras de Biu Biu, conta a história de Biu Biu e seus amigos que precisam ficar longe dos monstros de Pedra. O game conta com três fases em que Biu Biu deve levar um amigo para casa, fazer compras para sua mãe e organizar um encontro com amigos em um parque da cidade, respectivamente. Quanto menos tempo for utilizado nas fases melhor, além disso, é imprescindível ficar longe dos Senhores Cracks. A jogabilidade é à lá Pac-Man, um verdadeiro clássico dos jogos eletrônicos.

Já o segundo game, Desafios da Vida, conta a história dos jovens João e Maria que fazem uma jornada em busca de sucesso na vida. O jogo também conta com três fases que servem de analogia à juventude e crescimento das crianças. Na primeira fase basta brincar no parque, enquanto que na segunda a missão é ajudar nas atividades de casa e na terceira fase é estudar para se formar na profissão escolhida. Os desafios surgem a cada fase, apresentando obstáculos que devem manter o jogador atento em seus objetivos. A jogabilidade lembra o famigerado Labirinto do Terror, ou seja, o jogador conduz o personagem pelo caminho procurando não tocar em nada.

Ambos os jogos estão disponíveis para jogatina, bastando acessá-los no site do Projeto Grilado. Chame seu filho e mostre a ele que o combate às drogas pode ser divertido e educativo!

Educador defende uso de jogos comerciais com conteúdo em sala de aula

A leitora Terciane Alves enviou para o GameReporter um artigo bastante interessante a respeito da dissertação de mestrado do educador Gustavo Nogueira de Paula, do Institudo de Estudos da Linguagem (IEL).

Batizada de “Caracterizando o ato de jogar videogame como um novo letramento” e com o financiamento da Fapesp, a tese propões uma utilização crítica de games populares na escola. Ou seja, que os professores busquem meios inteligentes de explorar games comerciais na sala de aula.

“Videogame está sempre associado a cenas de violência ou algo pernicioso, mas existe uma variedade de jogos bem desenvolvidos com conhecimento útil para o aprendizado”, defende o educador.

Durante o estudo realizado para a tese, Gustavo usou como cenário os episódios do atentado de 11 de setembro, contra o World Trade Center, em Nova York. Depois de elaborar um texto e passar para duas crianças lerem, uma de nove e outra de dez anos, convidou-as para jogar Call of Duty Modern Warfare e 12 de setembro, jogos com abordagens diferentes para o mesmo tema.

Mesmo sem nunca terem jogado os games antes, as duas crianças conseguiram evoluir rapidamente durante as etapas dos jogos, solucionando rapidamente problemas propostos nas partidas. Ainda assim, trataram os jogos como brincadeira, sendo incapazes de perceber a relação entre o texto e os jogos.

“Em vista desses resultados defende-se que a escola se engaje mais diretamente com a educação para este tipo específico de letramento digital”, argumentou.

Curioso, não? O que você acha da ideia do educador?

Universidade americana usará game blockbuster para ensinar habilidades reais aos seus alunos

Jogos educativos não são novidade, mas o que a Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, está fazendo é inédito.

Está oferecendo aos seus estudantes uma aula de StarCraft. A idéia do corpo docente é ensinar, através do game da Blizzard, habilidades em áreas como gestão de recursos, tomadas de decisão, resolução de problemas e pensamento crítico.

Ou seja, usar os aspectos de gerenciamento de unidades e tática aplicado ao mundo real. Essa será a primeira aula completamente online, e nela os estudantes jogarão e assistirão a partidas para tentar analisar como aplicar o que viram no mundo online para o mundo real.

Curioso, não? O que você acha disso?

[Via Joystiq]