O mercado brasileiro na opinião de um game designer americano

O mercado brasileiro de games está em crescimento, tecla que a gente vive apertando aqui. Nunca se teve tanto estúdio, as grandes fabricantes começam a retornar e lentamente o investimento vai aumentando.

Mas é sempre interessante poder ver o mercado da perspectiva internacional, de alguém inserido em um mercado já maduro e forte. James Portnow, game designer americano, que trabalhou na Activision e hoje lidera a Divide by Zero Games explica sua visão sobre nosso mercado.

O artigo, publicado pelo Gamasutra, comenta pontos importantes como o mundo acadêmico, projetos, distribuição, desenvolvimento e, é claro, a pedra no sapato que atrasou bastante a indústria por aqui: a pirataria.

É claro que, infelizmente, o artigo está em inglês. Mas é leitura obrigatória para quem quer investir nessa carreira e precisa de uma opinião de quem já está no mercado, em posição extremamente favorável.

:: Leia o artigo no Gamasutra agora

Autor: Dolemes

David de Oliveira Lemes | @dolemes | Editor do GameReporter e do GameOZ. Professor da PUC-SP e consultor na área de educação e tecnologia.

3 comentários em “O mercado brasileiro na opinião de um game designer americano”

  1. Sem dúvida uma das melhores análises do mercado brasileiro. Apesar de ser um estrangeiro ele conseguiu retratar bem os pontos positivos e os pontos negativos, só acho que ele deveria ter enfatizado ainda mais o problema das leis brasileiras que no fundo é justamente o que acarreta toda a pirataria, mas um ótimo artigo.

    Que o grande boom da indústria do game design aconteça logo e que as instituições de ensino sejam sua espinha dorsal!

  2. Apesar do artigo ser beeeem grande, não deixa de ser bastante interessante também. Pra começar, gostei de como o autor apesar de jogar as pedras em vários pontos negativos do mercado de games aqui no Brasil, ele também ao mesmo tempo que defende, apresenta os motivos aos quais as coisas por aqui andam mais devagar.

    E mesmo sendo uma coisa que ouvimos e percebemos todos os dias, a forma que ele cita a pirataria e as perguntas que ele mesmo nos faz para nós leitores refletirmos, são bastante curiosas. A pirataria se torna algo quase que “obrigatório” para nós Brasileiros, diante de tudo que passamos em relação aos valores que nos são cobrados em tudo relacionado aos Games por aqui no Brasil.

    De modo geral, o artigo incentiva e desanima nós Brasileiros. Desanima porque percebemos que o país ainda tem muito no que se modificar, para que possamos chegar perto de um desenvolvimento mais apropriado. Mas também nos anima por saber que estamos começando a seguir pelo caminho certo. Ao menos, no campo dos games educacionais, o autor cita que os “nossos jogos” são superiores aos dos Estados Unidos.

    Bom, gostei muito do artigo. E como você mesmo já disse Dolemes, acho que todos deveriam ler para se informarem mais e mais no assunto. Valew! ;D

  3. Li o artigo original e posso dizer que as percepções de uma pessoa de fora são cruciais para o crescimento do mercado nacional.
    Os desenvolvedores de jogos daqui deveriam ler e decorar as opiniões mais do certas de James Portnow não porque ele é americano, não porque o mercado deles está mais a frente, mas porque ele diz de forma imparcial o que todo mundo por aqui cansa de repetir mas ninguém se habilita em escutar.
    Já passou da hora do mercado valorizar os profissionais criativos e capazes que tem. Escolas e cursos vem surgindo mas na minha humilde opinião, é a falta de fé dos investidores bitolados (desculmpe-me o termo, mas é o que eu acho mesmo) que impede a disseminação dos jogos como mídia por exemplo.
    Já está comprovado que funciona, já existem pesquisas, mas se ninguém levar a sério, só umas poucas marcas audaciosas que optam por investir neste segmento.
    O Brasil tem tudo pra produzir jogos de qualidade e entrar de vez no mercado de games mundial, esta análise prova que já tem gente lá fora de olho no que está sendo feito por aqui…

Deixe seu comentário