Criador de Metal Gear Solid aposta na morte dos consoles

Hideo Kojima, cérebro por trás da série Metal Gear, aposta que o console está morrendo. O homem que devotou parte de sua carreira para os aparelhos da Sony acredita que, em um futuro não muito distantes, os jogos não dependerão mais de plataformas.

Metal Gear Solid: Peace Walker, que será lançado no fim de abril para PSP, é parte de um experimento do que funciona ou não em jogos portáteis, algo que auxiliará sua visão do jogo sob demanda pela internet. Aparentemente Kojima acredita que o computação em nuvem, onde um aplicativo roda em um servidor pela internet, premissa utilizada pelo serviço OnLive, dispensará a necessidade da programação de jogos semelhantes para inúmeras plataformas e pode provocar a morte do console como vemos hoje.

No passado, alguns desenvolvedores defendiam o ideal de apenas um console, um sistema de jogo que facilitaria o desenvolvimento de softwares e permitiriam que desenvolvedoras e jogadores se beneficiassem, aproveitando toda a base de games sem mais gastos. Em um breve futuro, serviços como o OnLive podem provocar efeito ainda mais drástico, transformando consoles em um conceito antigo. Será? Em que você aposta, leitor?

Autor: Dolemes

David de Oliveira Lemes | @dolemes | Editor do GameReporter e do GameOZ. Professor da PUC-SP e consultor na área de educação e tecnologia.

2 comentários em “Criador de Metal Gear Solid aposta na morte dos consoles”

  1. A ideia acima parece boa, hem? Acho que pode ser mesmo. Mas… é revolucionária? Sei não: quando li o texto acima, lembrei-me imediatamente te um certo Gameline, criada por um certo visionário chamado Bill von Meister. Também baixava games da… bom… "nuvem" (ou o que se poderia ter na época). Bom, a época era 1983 (!!!), os games eram para o Atari 2600 a empresa era a Control Video Corporation (que depois se transformaria em uma outra certa empresa bem conhecida por todos aqui).
    A CVC fracassou miseravelmente. Com se diz por aí, as planícies estão cheias de cadáveres de pioneiros. Mas, 27 anos depois, talvez o conceito dê certo. Quanto ao fim dos consoles… Nah! Acho que não. Mas acredito que as diferentes máquinas poderão sim passar a beber em uma única fonte (ou pelo menos um único padrão de games). Seria ótimo ter a liberdade de poder escolher o hardware que você quer (e pelo qual se quer pagar) e poder jogar qualquer game nele. Afinal, tem gente que prefere o PS por causa de seus gráficos arrebatadores, enquanto outros preferem o Wii pelo sua interface única. Mas Mario mesmo, só na Nintendo (por enquanto).

Deixe seu comentário