Brasil é um dos cinco países mais responsáveis pela pirataria de games

Um estudo da Entertainment Software Association (ESA), órgão dos EUA que zela pelos interesses da indústria de games, apontou que cinco países são os responsáveis por mais da metade da pirataria mundial. No top 5 está o Brasil.

A lista foi compilada com base em dados coletados pelo compartilhamento de arqquivos em 2010, e além do Brasil, a óbvia China também aparece, junto com Itália, Espanha e França.

Segundo a ESA foram detectados 144 milhões de conexões usadas para fins de compartilhamento ilegal em mais de 200 países, e somados, os países do top 5 foram responsáveis por mais de 78 milhões delas, o equivalente a 54% do volume total.

E você se surpreendeu com a lista dos países mais problemáticos?

[Via CVG]

Autor: Dolemes

David de Oliveira Lemes | @dolemes | Editor do GameReporter e do GameOZ. Professor da PUC-SP e consultor na área de educação e tecnologia.

5 comentários em “Brasil é um dos cinco países mais responsáveis pela pirataria de games”

  1. É engraçado. Acredito, sim, que o Brasil seja um dos grandes responsáveis por esses dados. Em contrapartida, a falta de apoio do governo nas questões envolvendo os games remete diretamente a esse panorama de desespero.

    O que me espante é ver países com uma situação financeira muito melhor, como a França, nesse ranking. Não cabe a nós entendermos esse panorama dos países 'desenvolvidos". Cabe sim procurar entender como as grandes empresas não tentam mudar esse cenário junto ao governo brasileiro. Deve ter uma questão cultural envolvido. Só pode!

  2. cultural ou falta de dinheiro ? Quem é o brasileiro que tem R$ 150,00 pra comprar um jogo pra um filho ?

    eu nao tenho e compro pirata mesmo por R$ 10,00 e olha la.

    Se a populaçao ganhasse acima de 5.000,00 aí tudo bem. mas nao ganham. Entao os produtos piratas sao uma alternativa pra quem nao podem.

  3. Não defendo pirataria, mas a alta taxa de impostos do Brasil (ICMS e outra pancada de "I") faz o consumidor final buscar meios alternativos, já que tanto o produtor quanto o revendedor imbute no valor o que perde com impostos e outras taxas..

    Ironicamente ocorre da mesma forma em muitas empresas (pequenas e grandes – talvez até uma dessas que distribui tais jogos): diante de uma imensidão de impostos a pagar para poder continuar no mercado e querendo um lucro maior optam por sonegar.

    O assunto é polêmico, pois se não paga imposto, não tem arrecadação. Consequentemente não tem regalia pra "alguns".

    Então, isso é coisa que passa de pai pra filho, de geração para geração. É o mesmo desvio de quem está na política e quer ganhar mais (ou pagar menos) por meios ilícitos. Dentro da proporção de cada caso, é tudo a mesma coisa – desde CDzinhos piratas e sonegações até propinas e golpes milionários – resume-se em corrupção: ter a boa índole e os valores corrompidos.

    O dinheiro traz à tona o pior das pessoas. Muita gente quer sonegar, quer pagar uma propina pra ter um documento ou serviço liberado com rapidez e ao mesmo tempo quer ver melhoras em tudo no país. O povo, com toda sua hipocrisia e atenções voltadas para coisas banais, tem o país que merece.

  4. Realmente não é de se estranhar que o Brasil esteja em 5º lugar por pirataria em games.

    O imposto cobrado pelos jogos que chegam no Brasil é um absurdo, recentemente a Globo exibiu uma reportagem sobre isso. Na reportagem mostrava que um jogo de R$ 100 reais vinha do EUA e chegava às lojas por R$ 240 reais, ou seja, é um absurdo ter que pagar tão caro por um jogo, pais compram 1 jogo original e só vão comprar outro sabe lá Deus quando, porque os filhos querem diversos jogos. Quando os pais vêm que podem comprar jogos por R$ 10 reais no camelô, acabam optando pela pirataria, infelizmente.

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