Conheça e ajude a fundar o AL Project: uma HQ interativa

Al Project

Al Project

De 28 de janeiro à 02 de fevereiro de 2013 aconteceu em São Paulo no Espaço Anhembi a sexta edição da Campus Party e estive novamente acampado por lá.

Ao me sentar para assistir a primeira palestra no palco de games conectei meu computador e acessei um link que um amigo me enviou via GTalk. Ao fazer isso, uma pessoa educadamente me chama para perguntar como fiquei sabendo deste site que tinha acabado de abrir.

E foi assim que conheci Demétrio Dias Soares e sua HQ interativa, o AL Project e aproveitei a oportunidade de estarmos na Campus Party para fazer uma entrevista com ele.

1 – Qual seu nome, idade, formação?

Meu nome é Demetrio Dias Soares, tenho 26 anos e sou formado em Sistemas de Informação.


2  O AL Project é seu primeiro projeto relacionado com games?

Na verdade não. Meu primeiro projeto de game propriamente dito foi meu trabalho de conclusão de curso na faculdade em 2007, desenvolvi um RPG baseado em turnos para a plataforma JME (Java mobile), depois disso criei vários projetos pessoais, alguns sozinho e outros com amigos, e em meados de 2011 publiquei a minha primeira hq/game num formato parecido com o AL Project, a já extinta série Geek Boy.


3  O que te motivou a tirar essa ideia do papel?

A paixão por games é com certeza o maior combustível para publicar algo como o AL Project. No cenário atual um projeto indie como ele ainda tem poucas chances de realmente se destacar no mercado, e gerar lucro de alguma forma. Portanto a principal razão é de realmente fazer algo que eu gostaria de ver publicado. Antes de iniciar qualquer tipo de desenvolvimento, eu já era apaixonado pela idéia, e essa paixão que conta na hora de perseverar diante dos desafios do desenvolvimento independente.


4 – Quais tecnologias (eg. softwares e linguagem de programação) foram usados para fazer o game?

O game foi todo produzido utilizando a plataforma de desenvolvimento Adobe Flash, sem o uso de frameworks específicos e a linguagem utilizada foi o ActionSript 2.


5 – Quais foram suas influências e referências pra fazer a arte e a história deste game?

As influências são muitas, tanto de games como de quadrinhos, filmes e séries, mas as principais que me inspiraram bastante foram Metal Gear Solid, Resident Evil e o recente game da série The Walking Dead.

6 – Você já sabe quantos capítulos terão a história completa?

Para a primeira “temporada” que fecha o primeiro ciclo da história, serão 6 capítulos. O enredo foi concebido para ter três ciclos como esse que fecham a saga por completo. A história já está definida, mas o roteiro dos dois ciclos seguintes ainda não foi escrito. Portanto não dá para afirmar quantos episódios terão cada ciclo (ou “temporada”).

7 – Atualmente, seu trabalho “principal” é desenvolvedor de games?

Mais ou menos. Eu atuo como desenvolvedor de aplicações web empresariais acerca de 5 anos, mas para viabilizar a produção do AL, fiz uma reserva financeira no último ano, e no final de 2012 saí do emprego para me dedicar ao projeto. Finalizado esse primeiro capítulo, estou agora na segunda parte do meu plano que consiste em conseguir apoio coletivo utilizando o sistema de crowdfunding do site catarse, onde o projeto está atualmente cadastrado www.catarse.me/al e dessa forma planejo financiar a produção da primeira temporada completa.


8 – A trilha sonora do AL Project foi feita pelo Thiago Adamo (também conhecido por PXL DJ). Como foi o processo criativo desta trilha?

Eu mostrei o projeto sem som para o Thiago, pedindo dicas de sites onde eu poderia conseguir baixar temas gratuitos para utilizar. E assim que ele conheceu, gostou da idéia do projeto e se ofereceu para criar a trilha sonora (imagine minha alegria nesse momento). Trabalhar com ele foi incrível, ele conseguiu – num curto espaço de tempo – capturar a idéia passada pelas imagens e produzir uma trilha sonora com uma identidade única, e perfeita para criar a atmosfera do game. A experiência dele tem sido crucial para a boa aceitação do projeto.


9 – Como está sendo o recebimento do 1o capítulo do seu game?

Estou tendo feedbacks muito positivos até o momento, apesar da plataforma flash sofrer um certo preconceito por algumas pessoas, a experiência de jogo, o enredo, e a idéia de misturar HQ com games tem sido bem aceitas. Atualmente é difícil chamar atenção para projetos como esse, mas dentro das nossas metas o resultado está sendo positivo.

10 – Você foi na Campus Party desse ano, correto? O que você achou do evento? Como ele te ajudou, tanto em conhecimentos técnicos como na divulgação do seu trabalho e em networking?

Foi minha primeira Campus Party, e agora posso dizer sem dúvida que não falto mais em nenhuma. É um evento obrigatório para todo mundo que trabalha, empreende ou somente curte tecnologia e internet em geral. Me senti dentro de outro universo, extremamente rico em possibilidades. Fiz contatos valiosos, aprendi muito e peguei dicas importantes de estudos e e conselhos sobre rumos a traçar a partir de agora, além de ter feito boas novas amizades. Essa entrevista mesmo é fruto dos bons contatos que fiz no evento. A Campus Party foi realmente incrível.

Conhecendo o AL Project from Demetrio Dias on Vimeo.

Autor: rurounikz

Eduardo @rurounikz Emmerich é estudante de Engenharia Elétrica na PUC-SP, trabalha em consultoria de TI e é apaixonado por videogames desde sempre. Adora jogos que sejam tão imersivos e originais que o façam esquecer de ir ao banheiro. Ele escreve em inglês sobre cultura gamer em seu blog pessoal.

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